Acordo Ortográfico, a saga
Não sei o que está acontecendo, mas, não bastasse a confusão na política e economia, questões relacionadas ao Acordo Ortográfico também prometem desentendimentos.
O novo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, informou que pedirá uma revisão e discussão das novas normas do Acordo Ortográfico.
Lembrando que o Acordo é um projeto dos países que fazem parte da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP) e só tem peso de Acordo se todos os países o ratificarem.
Angola e Moçambique não ratificaram o Acordo sob a justificativa que as variações destes países não foram consideradas e que algumas regras não fazem sentido.
Acho que são válidas as reclamações e sou obrigada a concordar que algumas regras precisariam ser revistas.
Desde a divulgação do Acordo, na década de 90, há a menção de que este seria uma imposição do Brasil e que o ‘dialeto’ usado pelos brasileiros se sobrepôs aos dos demais países lusófonos na elaboração da novas regras ortográficas.
Alguns jornais ingleses e franceses zombaram, na época, pois a relação metrópole e colônia teria voltado de forma invertida: Portugal estaria fazendo a vez de mandado e o Brasil, de mandante.
Ora, pois, como assim?
Por aí, vê-se que a questão é mais complexa do que se imaginava. Mexer com uma língua é mexer com o brio de um povo. E isso é coisa séria.
Quanto a possibilidade de novas alterações no Acordo, acho pouco provável.
Aguardemos os próximos acontecimentos!
Abraço.
Source: Acordo Ortográfico, a saga – Correio de Uberlândia Online