“Ganhem coragem”!

O que se segue é transcrição de (parte de) uma “conversa” na caixa de comentários do “blog” Aventar. Acrescentei alguns destaques e “links”.


 

ThreadAventar_OdS1ThreadAventar_OdS2MJoão says:
26/02/2016 às 22:55
Há dias num teste tinha os alunos a olhar para a palavra “conceção” sem perceberem nada da questão. “Professora, a palavra concessão está mal escrita!” 🙁 🙁 Pois , eu não tenho culpa, mas sou obrigada a utilizar o AO.

Octávio dos Santos says:
26/02/2016 às 23:17
A senhora, ou seja quem for neste país, não tem qualquer obrigação de utilizar o AO.

MJoão says:
28/02/2016 às 14:17
Engana-se e demasiado. É obrigatório. E nem faltava mais nada que, por eu discordar, os meus alunos fossem prejudicados pelos erros que dão se não escreverem de acordo com o AO num exame .

Octávio dos Santos says:
28/02/2016 às 20:16
Não, não me engano. O AO90 não é obrigatório porque é ilegal; a sua imposição tem sido feita através da violação de uma série de normas nacionais e internacionais. Portanto, o que a senhora pode fazer é juntar-se aos seus colegas – da sua escola, do seu agrupamento, do seu distrito, do país – e recusarem-se a aplicá-lo. Se vos ameaçarem com sanções… recorram aos serviços jurídicos do vosso sindicato. Ganhem coragem. Tantas greves, tantas manifestações, que os professores têm feito ao longo dos anos para defenderem os seus direitos e as suas regalias… que tal, finalmente, se mexerem em prol dos alunos e da qualidade no ensino? E da cidadania e da democracia?

Maria Martins says:
28/02/2016 às 22:17
Pôs o dedo na ferida, Octávio dos Santos! Também já passei pelo ensino, cheguei a ser sindicalizada, e dei-me conta de que os sindicatos só se interessam pelo que ganham e por outras regalias dos professores, mas NUNCA pelo ensino. E os professores não são uma classe muito unida. Uma grande parte faz o seu melhor, mas estas coisas não se conseguem agindo individualmente. Os professores precisavam de uma associação que fosse muito para além dos objectivos dos sindicatos, pois é difícil lutar individualmente. Para já, não conheço nenhuma associação que se interesse realmente pelos problemas do ensino. Infelizmente!

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