QUE GENTE É ESTA, em 1945, com o mundo em guerra a contar os cadáveres da barbárie nazi e das bombas atómicas de Hiroxima e Nagasaki, que se entretém, entre Lisboa e o Rio de Janeiro, a cortar umas consoantes aqui, e uns acentos ali?

QUE GENTE É ESTA, em 1986, com o mundo em profunda mudança, Portugal e a Espanha a aderir à CEE, Duvalier a ser corrido do Haiti, Marcos a ser expulso das Filipinas, os mortos a gritar em Bhopal e em Chernobyl, que continua a entreter-se com as consoantes “mudas” portuguesas, incómodas para o Brasil? E cujo entretenimento foi rejeitado pela reacção da opinião pública portuguesa?

QUE GENTE É ESTA, em 1990, com Noriega a render-se na Nicarágua, os comunistas jugoslavos a ficarem sem o seu poder de 45 anos, a União Soviética a desmembrar-se a passo acelerado, Nelson Mandela a ser libertado na África do Sul, Saddam Hussein a invadir o Kuwait, as Alemanhas a reunificarem-se e Lech Walesa a ser eleito presidente da Polónia, que prepara afadigadamente as bases de um acordo “multilateral” para eliminar as “teimosas” consoantes “mudas” portuguesas, histórico empecilho à afirmação internacional da ortografia brasileira, agora incomodada pela entrada do português euro-afro-asiático-oceânico pela porta grande da Comunidade Europeia e logo com estatuto de língua oficial?

QUE GENTE É ESTA, em 1990, a 12 de Outubro, na Academia das Ciências de Lisboa, que insiste em ser assinado um acordo ortográfico da língua portuguesa (AO) que, do lado português, congregou apenas ferozes críticas por todas as instituições e especialistas científicos?

QUE GENTE É ESTA, em 1990, a 16 de Dezembro, em São Bento, que manda um alegre secretário de estado da Cultura, sem qualquer tutela sobre a língua portuguesa, assinar o AO? O mesmo que, mais tarde, manda felicitar o maior autor das Letras brasileiras pela edição de uma das suas principais obras em Portugal, desconhecendo que o senhor tinha morrido havia 83 anos…

QUE GENTE É ESTA, em 1991, a 4 de Junho, na Assembleia da República, que aprova com APENAS 19 votos contra o texto de um acordo, em que uma das características fundamentais da ortografia portuguesa (as consoantes “mudas”) é declarada uma “teimosia” e outra, também fundamental da ortografia brasileira (o trema) é suavemente descrita como um simples “factor que perturba a unificação da língua portuguesa”? E que aprova, sem pudor, que o texto do acordo diga que “resulta de um aprofundado debate nos países signatários”, devendo ESTA GENTE saber que tal era mentira? E que ignorou os pareceres, TODOS negativos, sobre o tratado assinado por Portugal em 1991? E sabe ESTA GENTE que o ÚNICO parecer favorável ao tratado assinado por Portugal em 1991 foi assinado por um dos seus co-autores, em nome da entidade portuguesa que o patrocinou? E leu ESTA GENTE o texto que aprovou? Ou votou-o de cruz?

QUE GENTE É ESTA, em 1991, em São Bento, onde se utilizavam amiúde palavras como “rigor” e “transparência”, que ousa assinar, sem pestanejar, sem uma dúvida sequer, um documento baseado em fantásticas afirmações nunca documentadas e jamais comprovadas, sem qualquer estudo sobre as suas reais e quantificadas implicações na língua portuguesa, e sem uma simples análise do custo-benefício da sua implementação. QUE GENTE É ESTA que, ao invés do que pretende fazer com a língua portuguesa – arrematá-la a interesses estrangeiros –, exige infindáveis estudos técnicos e científicos e análises de impacto para a construção de quaisquer 3 km de estrada e usa tais estudos e análises para justificar o dispêndio de dezenas de milhões de euros para justificar a preservação de pegadas de dinossauro, gravuras pré-históricas, montados de sobreiros ou ninhos de cegonhas? ESTA GENTE, que preserva, com avultados custos para o orçamento de Estado, gravuras pré-históricas e sobreiros (sentando no banco dos réus quem os abater…), acha que a língua portuguesa deve ser cuidada ao sabor dos interesses geoestratégicos de estrangeiros?

QUE GENTE É ESTA, em 1993, data estipulada pelo art.º 2.º do acordo que assinou em 1991 para a entrada em vigor de um vocabulário ortográfico comum, que nada fez, desde 1991, para que tal vocabulário visse a luz do dia, como obrigação para a entrada em vigor, em 2004, do acordo assinado em 2001?

QUE GENTE É ESTA, em 1994, que deixou passar a data da entrada em vigor do tratado que assinou em 1991? Sem uma declaração de horror pela perda “incalculável” ou, então, de pesar, em solene cerimónia fúnebre, para enterrar definitivamente o AO?

QUE GENTE É ESTA, em 1995, em todos os países que assinaram o tal tratado em 2001, que, perante a aprovação do acordo pelo Congresso do Brasil, não festejou com foguetes, mas que também insiste em não enterrar definitivamente o AO?

QUE GENTE É ESTA, em 1998, a de 17 de Julho, que, derrotada pela sua própria incompetência ou má-fé, se apressa a assinar um Protocolo Modificativo ao acordo que assinou 7 anos antes, retirando do seu texto a data (e até qualquer data) para a sua entrada em vigor (tal era a fé que tinham no Indesejado…) e que, dando o dito por não dito, declara que o tal vocabulário ortográfico comum – tão importante, outrora, que até deveria estar pronto UM ANO antes da entrada em vigor do tratado de que dependia – era agora, apenas, um vocabulário científico e técnico? Mas, ESTA GENTE, miseravelmente, porque a falta de vergonha tem limites, teve ainda que deixar escrito no tal Protocolo que o “vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa deverá ainda ser concluído”…

QUE GENTE É ESTA, em 2000, a 28 de Janeiro, na Assembleia da República, que, apenas 2 anos depois, entende aprovar o Protocolo Modificativo (1.º) de 1998? Falta de tempo? Ou de vontade?

QUE GENTE É ESTA, em 2004, a 27 de Julho, que, mais uma vez derrotada pela sua própria incompetência, má-fé e soberba sem limites, é obrigada a ditar a si mesma um auto-ultimato – o nome oficial é Segundo Protocolo Modificativo – declarando que bastariam 3 ratificações (em 7) para o tratado entrar em vigor a nível internacional (questão juridicamente ridícula, equivalente a dizer que, sem a ratificação de 3 dos 6 signatários originais do Tratado de Roma, a Comunidade Económica Europeia teria, mesmo assim, sido oficialmente criada…).

QUE GENTE É ESTA, em 2008, em São Bento, agachada, de cócoras e a rastejar, cega perante a História, que não arranja melhor argumento para “vender” a ortografia brasileira do AO ao Povo português do que dizer-lhe que a “língua não é só nossa” e que “quando o Brasil for para o Conselho de Segurança da ONU, leva a língua deles e não a nossa”? QUE GENTE É ESTA que vende por um prato de lentilhas virtual o que nem sequer é seu?

QUE GENTE É ESTA, em 2008, a 16 de Maio, na Assembleia da República e com o beneplácito de Belém, que aprova, por quase unanimidade, o auto-ultimato do Segundo Protocolo Modificativo, depois de encenar uma inenarrável conferência internacional, em que espanhóis, angolanos, são-tomenses e brasileiros são arrolados para “esclarecer” os deputados portugueses sobre a matéria que teriam que votar, sem nunca, sequer, se darem ao trabalho de saber o que em Portugal tinha sido escrito por gente especializada e sabedora sobre o tratado assinado por Portugal em 1991? E que, sabendo, tudo ignorou e desprezou? Exigiu ESTA GENTE a presença de entidades dos países europeus na Assembleia da República, quando teve que se pronunciar sobre TODOS os tratados europeus? Ou entidades americanas, quando teve que aprovar o chamado Acordo das Lajes? Ou quaisquer outras entidades estrangeiras, quando se tratou de aprovar quaisquer outros tratados? E alguém chamou ESTA GENTE quando a Guiné-Bissau e o Brasil ratificaram o tratado assinado em 2001?

QUE GENTE É ESTA, em 2008, na Assembleia da República, que se deu ao luxo de “rectificar” diversas “imprecisões” no Anexo II do tratado assinado em 2001, modificando o seu título e acrescentando, até, um parágrafo ao texto de um tratado internacional, sem a concorrência ou anuência das outras partes contratantes? ESTA GENTE não conhece a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados? «Deve ler-se» um título diferente e «Falta um terceiro parágrafo», disse ESTA GENTE. Como pode ESTA GENTE dizer isso, se no texto do tratado publicado no Brasil não falta terceiro parágrafo nenhum e o título do ponto 8 é o original do AO (mas, mesmo assim, diferente do texto publicado em Portugal)!

QUE GENTE É ESTA, em 2009, a 19 de Março, que ouviu Godofredo de Oliveira Neto, presidente do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) declarar que «o VOLP é a contribuição brasileira para a construção de um vocabulário ortográfico comum, previsto no acordo», e que nada disse, e antes se recusou a esclarecer, de uma vez por todas, esta questão? Afinal, o VOLP brasileiro é uma “contribuição”, é apenas o “deles” e cada um faz o seu, ou tudo isto não passa de uma valente trapalhada a que ESTA GENTE, com responsabilidades sobre a res publica e o património nacional, não liga nenhuma?

QUE GENTE É ESTA, em 2009, em Belém, em São Bento, na Assembleia da República e na Academia das Ciências de Lisboa (ACL), que não se insurgiu contra a prepotente e ilegal publicação, no Brasil, de um Vocabulário Ortográfico da Língua Brasileira – sob o disfarçado argumento de o AO não exigir um vocabulário comum, mas apenas um formidável, completo e absolutamente normalizador vocabulário ortográfico científico e técnico, NUNCA elaborado. E sabe ESTA GENTE que o VOLP brasileiro alterava ortografias definidas expressamente no tratado internacional assinado com Portugal em 2001? E que, mesmo assim, ESTA GENTE, em Belém e na ACL, a 14 de Abril de 2009, recebeu com pompa e circunstância, das mãos da delegação da Academia Brasileira de Letras, a prova impressa da violação do tratado que assinou em 2001?

QUE GENTE É ESTA, em 2009, a 13 de Maio, em São Bento, que faz junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros o depósito do instrumento da ratificação portuguesa do AO, 9 MESES E 14 DIAS após a publicação do decreto de ratificação pelo Presidente da República, e que, do facto, NÃO dá conhecimento aos seus cidadãos?

QUE GENTE É ESTA, em 2009, em São Bento, que, sabendo ter sido entregue na Assembleia da República, a 8 de Maio de 2008, uma Petição contra o AO subscrita por 113 206 cidadãos, nem sequer se digna esperar pelo seu desfecho e faz a 13 de Maio de 2009, de modo sorrateiro e talvez com má consciência, o depósito da ratificação portuguesa do AO, 7 dias antes do debate da Petição em plenário da AR?

QUE GENTE É ESTA, em 2009, na Assembleia da República, que aprova por UNANIMIDADE na Comissão de Ética, Sociedade e Cultura o relatório sobre a Petição contra o AO subscrita por 113 206 cidadãos, dando razão ao conteúdo e ao significado da Petição, praticamente em todos os pontos de fundo suscitados pelos peticionários e que, depois, mesmo com vozes de “muito bem” durante o debate em plenário da AR (a 20 de Maio), continuou a nada fazer…

QUE GENTE É ESTA, em 2009, a 25 de Junho, em Belém, em São Bento e na Assembleia da República, que tomou conhecimento, pela boca do “consultor do Governo português em matéria linguística”, i.e., a Academia das Ciências de Lisboa, de que até ao final desse ano, seria publicado um vocabulário da língua portuguesa? Nestes termos: «O vocabulário será realizado nos termos do Acordo Ortográfico subscrito pelos países lusófonos, o qual, na sua Base II, prevê a publicação de um Vocabulário Comum da Lusofonia, com as contribuições de todos os países signatários e da Galiza». ESTA GENTE deveria saber que a Base II do AO não refere qualquer vocabulário, que o vocabulário da “Lusofonia” é um mirabolante neologismo da ACL e que a Galiza não foi, não é nem poderá ser signatária do tratado do AO…

QUE GENTE É ESTA, em 2010, a 31 de Março, que assina, no Brasil, um documento em que declara que «o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa não prevê a elaboração de [um] vocabulário ortográfico comum, mas apenas de um vocabulário comum das terminologias científicas e técnicas, cuja existência, nos termos do Acordo, não está posta como condição prévia à sua aplicação» e não defende a demissão do presidente do IILP por evidente incompetência? ESTA GENTE não percebeu que este fantasioso expediente foi apenas uma justificação ardilosa para se ter avançado sem o vocabulário exigido pelo AO e para dar cobertura à publicação unilateral, prepotente e ilegal do VOLP brasileiro? ESTA GENTE é cega?

QUE GENTE É ESTA, em 2010, a 31 de Março, que depois de ter assinado e aprovado um tratado internacional que decreta a existência de facultatividades ortográficas irrestritas, dá o dito por não dito, através de um documento assinado no Brasil e que, agora, diz que «Nos pontos em que o Acordo admite grafias facultativas, é recomendável que a opção por uma delas, a ser feita pelos órgãos nacionais competentes, siga a tradição ortográfica vigente em cada Estado Membro, a qual deve ser reconhecida e considerada válida em todos os contextos de utilização da língua, em particular nos sistemas educativos»? Mas afinal, como dizem os signatários da carta aberta ao Governo publicada no “Público” de 25 de Junho de 2011, como pode ESTA GENTE defender simultaneamente um acordo que pretende unificar as tradições ortográficas vigentes nos Estados signatários através de facultatividades gráficas, e, ao mesmo tempo, propor que o problema das grafias facultativas se resolva pelo reconhecimento oficial de tradições ortográficas divergentes, logo, não unificadas?

QUE GENTE É ESTA, em 2010, que APENAS a 17 de Setembro se digna informar os cidadãos portugueses de que o AO teria entrado em vigor a 13 de Maio de 2009, i.e., 1 ANO, 4 MESES E 4 DIAS ANTES? Poderá ESTA GENTE explicar a razão para 1 ANO, 4 MESES E 4 DIAS de silêncio?

QUE GENTE É ESTA que assiste alegremente à mais despudorada violação diária do tratado que assinou em 2001 por parte de organismos públicos, universidades e órgãos de comunicação social, por via de uma utilização ignorante e inconsistente da “nova ortografia”, e nada diz e por nada se responsabiliza? Em nome de que interesses defende ESTA GENTE a choldra ortográfica que grassa actualmente em Portugal?

QUE GENTE É ESTA, no Ministério da Educação, que insiste em impingir o AO aos nossos professores e estudantes, sem qualquer formação dos professores e prévia formação dos formadores, excepto se a pagarem do seu bolso? Apenas com o texto de um tratado com erros, gralhas e imprecisões (NUNCA corrigidos oficialmente), com vocabulários e dicionários que violam o texto do AO e desdizendo-se intra e entre si e uns filmes na Internet, como pode ESTA GENTE continuar a defender, nestas condições, a adopção do AO no sistema escolar? Com um sítio na Internet também cheio de erros e sempre em mudança (e que ninguém sabe quanto custou…) e uma miraculosa máquina de apagar consoante (nem de propósito, com o nome de um bicho extinto em Portugal)? E sem um cêntimo declaradamente cativado para reapetrechar TODAS as bibliotecas escolares com os “novos” dicionários? ESTA GENTE está doida?

QUE GENTE É ESTA que continua a insistir em acreditar e impor uma extensa lista de mentiras: uma “unificação ortográfica” que o próprio AO diz não ser possível, uma desnecessária unificação ortográfica como o caminho para uma cada vez mais impossível compreensão entre Portugal e os PALOP de um lado e o Brasil do outro, a criação de um fosso ortográfico até aqui não existente (por via das facultatividades ortográficas) e a MENTIRA do português-língua-oficial-da-ONU, rapidamente desgraduado para “língua documental”, a pagar, evidentemente, e para a qual os estudos económicos e de custo-benefício (agora tão necessários…) pedidos e iniciados em 2008 ainda não viram a luz do dia? De desgraduação em desgraduação, a língua portuguesa “muito grande” (por causa do Brasil), sempre em “expansão”, “universal” e até “oficial” propõe-se agora, por sugestão da CPLP, traduzir uns sites de organizações internacionais…

QUE GENTE É ESTA que hesita em suspender, revogar e incinerar um tratado que, 21 anos depois da sua assinatura, ainda hoje não recolhe a aprovação de todos os seus signatários, com Angola em “avaliação técnica” (após 21 anos?) e a pedir, a 10 de Março de 2010, uma moratória de 3 anos e a fazer exigências de intervenção no vocabulário ortográfico “comum” ou até a fazer o seu próprio vocabulário e Moçambique (também em avaliação técnica: após 21 anos?), pela boca do seu ministro da Educação, a dizer que a “brincadeira” custa, NO MÍNIMO, 100 milhões de dólares?

QUE GENTE É ESTA, em Belém, em São Bento e na Assembleia da República, que não se envergonha com o exemplo de um país com as fragilidades de Moçambique ter declarado um preço para a adopção do tratado que assinou em 2001 e, ela mesma – ESTA GENTE – nunca ter dito a ninguém quanto custaria, em Portugal, a adopção da miraculosa ortografia da expansão?

QUE GENTE É ESTA, em 2010, em São Bento e na Assembleia da República, que, depois de nos querer impingir um inútil e mentiroso acordo ortográfico como panaceia para a “expansão” e “afirmação” da língua portuguesa, resolve aderir ao Acordo de Londres, substituindo quase integralmente o português pelo inglês na validação em Portugal do registo europeu de patentes, abrindo assim as portas para o afastamento do português das novas terminologias da ciência e da tecnologia? ESTA GENTE, que até declarou que a decisão permitiria promover o investimento estrangeiro em Portugal! E, como desta vez, afinal, a “língua é só nossa”, ESTA GENTE nem sequer discutiu o assunto com os demais países que usam a língua portuguesa.

QUE GENTE É ESTA, em 2011, na secretaria de Estado da Cultura, que insiste que o AO é um “caminho sem retorno” e que se esquece que, por duas vezes, o Brasil revogou reformas ortográficas por si adoptadas (1911 e 1945), sem que nada de catastrófico tivesse acontecido à língua portuguesa em Portugal?

QUE GENTE É ESTA?

Lisboa, 4 de Julho de 2011

João Roque Dias

Versão PDF:http://www.jrdias.com/PDF/JRD_QUE_GENTE_E_ESTA.pdf

[Transcrição integral de texto da autoria de João Roque Dias. A imagem de propaganda à ILC que ilustra este “post” é também de sua autoria.]

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