Dia: 9 de Julho, 2015

“Ninguém é dono da língua portuguesa”? Mas parece…

Insuportável paleio neo-colonialista, ridículo paternalismo de um fulano qualquer que se julga, pelos vistos, uma espécie de “bwana” linguístico rodeado de indígenas analfabetos. Não resisti, desta vez tive mesmo de adicionar, além dos “links”, destaques e  sublinhados do costume, também algumas anotações e ainda umas quantas gargalhadas. Infelizmente o riso, e em especial o sarcástico, não pode ser transposto para a escrita. 


Ninguém é dono da língua portuguesa

Arnaldo Niskier, Especial para Opinião Pública
08/07/2015

Está em discussão, na Academia de Ciências de Lisboa, o projeto de reedição do seu Dicionário, cuja primeira edição data de 2001.  Foi organizado pelo competente filólogo [?] Malaca Casteleiro, um grande amigo do nosso saudoso imortal Antônio Houaiss, a quem se deve o esforço maior pela sonhada unificação ortográfica da língua portuguesa [dream on, mate, dream on].

Segundo o presidente da ACL, escritor Artur Anselmo, que nos  recebeu com muita fidalguia, o dicionário deverá estar pronto, com 100 mil verbetes, na primavera de 2016.  Entre suas inovações, como informou a professora Ana Salgado, figuram  as palavras selfie e sustentabilidade [?], além de cerca de 800 termos do lexical [?] galego [???]. A sua plataforma digital pertence à Universidade do Minho, que se tornou parceira da ACL, nesse importante projeto.

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“O português brasileiro” [Simião Mendes, “Diário da Manhã” (Brasil)]

É realmente necessária uma reforma ortográfica?

Simião Mendes, Especial para DM Revista

 

O português brasileiro, é uma língua pluricêntrica, de centros diferentes, cuja a origem vem do indo-europeu, passando pelo itálico, latim e português, que se dividiu entre português europeu e africano. O PB vem do português europeu e hoje é a variante mais falada e escrita do mundo. Antes da chegada dos portugueses na nossa terra, eram faladas cerca de 1.500 línguas diferentes. Durante a história do PB é possível ver quantas mudanças e influências ele passou para ser o que “conhecemos” hoje em dia.

Essa historicidade é importante para que possamos entender porque nossa língua é uma das que mais carregam variedades fonológicas e diferenças regionais. Essas distinções que são heranças das já citadas mudanças e influencias que a língua teve em sua história, resultam em dificuldades no seu ensino e aprendizado.

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