Dia: 4 de Setembro, 2015

Uma história (muito) mal contada [XII]

Os meus agradecimentos

Estamos cronologicamente mais ou menos a meio desta história (muito) mal contada, é boa ocasião para ir já agradecendo umas coisas, não vá de repente dar-me por exemplo uma travadinha, longe vá o agoiro.

Começo, portanto, por daqui enviar os meus mais sinceros agradecimentos ao James, pelo fantástico Mercedes que disponibilizou ao 1.º subscritor da ILC-AO, que por mero acaso, como sabemos, calhou ser este vosso criado, salvo seja.

É de facto uma bela máquina, este “série C” (ou lá o que é), e à conta dela, com aquela matrícula personalizada e tudo, tenho eu feito um sucesso tremendo aqui pela Costa do Estoril e arredores. Aliás, costumo passear imenso ao volante desta extraordinária viatura, vou ali à Boca do Inferno, por exemplo, amiúde, ou a Sintra ou ao Guincho ou a Manique ou à Buraca, e até oiço os aplausos da multidão que se apinha à borda da estrada para me ver passar, os “ah” e os “oh” de espanto, “olha, lá vai o gajo da ILC-AO, ena, mas que pinta”, e assim, mas que gente simpática, isto por aqui é tudo malta do melhorio.

Escusado será dizer que não há nada como manter um certo estatuto, vá, e portanto não poderia um bacano assim como eu, em tão destacada quanto mediática posição, além de regiamente remunerada (estou podre de rico, pois claro), circular por aí montado numa caranguejola qualquer. Pode ser que agora outra alminha caridosa me arranje uma viatura decente, que isto de andar apeado (e quem diz apeado diz montado num Corsa ou num Saxo, por exemplo, que horror) é desprestigiante à brava, lá diz o aforismo dos cámones, “tu és o que conduzes” (ou, no original em língua ianque, “you are what you drive“).

Deus te pague, James, ok, por conseguinte, és um tipo munta fixe.

Pronto, do carro e do guito já estou despachado, venha outra dose de encómios, e tal, vamos lá a mais uns quantos obrigadinhos.

Primeiros as entidades oficiais, as mais assim para o abstracto.

Portantos.

Os meus agradecimentos à CNPD, por ali me terem “ensinado” que não é pública a correspondência oficial entre um cidadão e uma entidade pública. Recebido por email: «O direito de informação aos visitante e subscritores deve ser feito nos termos do art. 10º da Lei 67/98 de 26 de Outubro, e não pela divulgação da correspondência trocada com a CNPD.»

É no que dá alguém armar-se em pessoa bem educada, peço imensa desculpa pelo meu “erro”, caríssima CNPD, em vez de ter perguntado previamente se podia transcrever as minhas mensagens e respectivas respostas, para com isso esclarecer os subscritores da ILC-AO, devia ter reproduzido e publicado logo tudo, pronto, não se falava mais nisso. Mas assim, não, fiquei “ciente”, e por isso agradeço penhoradamente àqueles serviços do Estado, toca a tomar nota, quando pedirem informações à CNPD não podem publicar as respostas da dita CNPD, oh, que maravilha, as respostas são pelos vistos “pessoais”, estão sujeitas a “reserva da vida privada” (dos estatais funcionários, presumo), é como se aquelas perguntas e respostas fossem bilhetinhos entre namorados ou coisa do género.

Ora bem, e a seguir? A quem mais devo agradecer?

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