Mas quais “expetativas”?!
«Mesmo sem sinais claros da parte de Marcelo, que tem mantido uma atitude ambígua em relação ao tema, há quem queira trazer o novo Presidente para a discussão ortográfica.»
Será isto uma “expetativa“?
Parafraseando o próprio, “Bom!”, eu cá não quero ser desmancha-prazeres, salvo seja, mas, sinceramente, não me parece que existam grandes ou sequer alguns motivos para que se gerem (quaisquer) expectativas positivas nesta matéria quanto ao novo Presidente.
Existem “sinais claros da parte de Marcelo”, sim: “Portugal tem de lutar para dar a supremacia ao Brasil”. E Marcelo NÃO “tem mantido uma atitude ambígua em relação ao tema”, não, de todo: “Lusofonia exige ‘acordo militante’ em Portugal”.
E isto para usar apenas duas citações do recém-eleito Presidente; há por aí outras e qual delas a mais militantemente acordista.
A não ser que as tais “expetativas” se baseiem, de repente, nisto:
«O i sabe, aliás, que já foi pedida uma audiência a Marcelo sobre o tema por um conjunto de activistas anti-acordo, que gostavam de o alertar para o tema. Contudo, o pedido ainda não teve resposta.»
Ah, está bem, então boa sorte.
Margarida Davim | 08/03/2016 08:17
O Presidente eleito optou por não usar a nova ortografia e reabriu o debate sobre uma forma de escrever que ainda é polémica
———–
Marcelo Rebelo de Sousa escreveu um artigo de opinião para o “Expresso” com a antiga ortografia e abriu o debate. Pode um Presidente eleito não seguir as regras do acordo ortográfico? As opiniões dividem-se entre os prós e os anti-acordistas. Mas o gesto abriu a esperança de que o debate sobre o tema possa ser reaberto.
“Há esse debate e há essa expectativa”, reconhece ao i Pedro Mexia, que será o assessor cultural do novo Presidente da República. Mexia, que está entre os que mais têm criticado a nova ortografia, sublinha, porém, que “não há nada de novo” no sentido de que não há notícia de que venha a haver uma iniciativa presidencial sobre o acordo ortográfico. “A minha posição pessoal não é, nem tem de ser, a do Presidente”, frisa Pedro Mexia, que já deixou claro em artigos de opinião que “este acordo não serve, não presta, é preciso denunciá-lo ou, no mínimo, revê-lo em profundidade”.
Mesmo sem sinais claros da parte de Marcelo, que tem mantido uma atitude ambígua em relação ao tema, há quem queira trazer o novo Presidente para a discussão ortográfica.
O i sabe, aliás, que já foi pedida uma audiência a Marcelo sobre o tema por um conjunto de activistas anti-acordo, que gostavam de o alertar para o tema. Contudo, o pedido ainda não teve resposta.