«O Acordo Ortográfico visa dois objectivos: reforçar o papel da língua portuguesa como língua de comunicação internacional e garantir uma maior harmonização ortográfica entre os oito países que fazem parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Em primeiro lugar, a aplicação do Acordo Ortográfico e a definição de uma base ortográfica comum aos oito países que partilham este património linguístico permitem reforçar o papel da língua portuguesa como língua de comunicação internacional.»
Resolução do Conselho de Ministros n.º 8/2011, de 25 de Janeiro de 2011
«“Seria bem importante, porque o português tem uma expressão grande na vida da Igreja”, salientou aos jornalistas Manuel Clemente, à saída de um encontro de trabalho que reuniu 164 cardeais e futuros cardeais com o Papa Francisco.
Após realçar que “ainda não se fala português como língua oficial” nestes encontros e noutros similares, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sublinhou que a língua permite uma aproximação entre os vários cardeais lusófonos, que vão passar a ser 13 a partir de domingo, sete dos quais com direito a voto num eventual conclave.
Manuel Clemente confessa que a língua materna “ajuda muito” nos encontros entre prelados de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique e Cabo Verde, os países de língua portuguesa com representação no novo Colégio Cardinalício da Igreja Católica.
“Quando falamos em português há muitas coisas que vêm ao de cima e que têm a ver com o nosso património comum”, acrescentou o patriarca de Lisboa, que vai ser criado cardeal este sábado pelo Papa Francisco.»
RTP – Rádio Televisão Portuguesa, 13 de Fevereiro de 2015
«“Na Europa somos apenas dez milhões, mas tendo em atenção a realidade católica na América Latina e em África, o português tem uma outra utilização”, afirmou ao CM D. Manuel Clemente, à margem da apresentação da obra ‘O julgamento de Jesus’, na segunda-feira em Lisboa.
No Mundo existem 1254 milhões de católicos, dos quais 315 milhões vivem em países onde o castelhano é a língua oficial. Depois vem o português, falado por 160 milhões de católicos.
“Desejamos que haja uma outra consideração pela língua portuguesa na vida internacional, num futuro tão próximo quanto o possamos apressar”, referiu D. Manuel Clemente, sublinhando que a decisão da Cúria será analisada na Conferência Episcopal Portuguesa .
A Cúria Romana afasta o português por ser muito complicado e aconselha a que a redacção das sínteses dos processos de futuros santos sejam redigidas só em italiano, espanhol, inglês, francês e latim. Reconhece, ainda, que “o país tem apenas 20 dioceses, muito menos do que no Brasil“.»