Aqui está mais um panfleto de propaganda acordista mas este com a inovação absoluta de veicular uma notícia em primeiríssima mão: diz que o tal referendo ao “acordo ortográfico”, lançado em Junho de 2015, afinal “não viria a suceder”, ou seja, deu em nada, extinguiu-se, finou-se, desapareceu sem deixar rasto… e sem ter produzido o mais ínfimo resultado, bem entendido.
Pois, que diabo, já lá vai quase um ano, o que «é muiiiiito tempo», se calhar nesse tempo todo poderiam ter recolhido assinaturas suficientes, já não digo «para umas 5 ou 6 ILC» mas para 2 ou 3 referendos, vá. Então não era “fácil”?!
De facto não deixa de ser curioso, digamos assim, que esta “bombástica” notícia tenha sido divulgada em rigoroso exclusivo por um órgão de propaganda acordista, redigida por acordistas e em “perfeito” acordês.
Já domina o acordo ortográfico?
Amado por uns e odiado por outros desde que começou a ser negociado, tem alimentado discussões e polémicas. A sua aprovação obriga a uma nova forma de escrever. Já se habituou?
Elogiado por uns (poucos) e criticado por outros (muitos), o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 é um tratado internacional firmado nesse mesmo ano com o objetivo de criar uma ortografia unificada para o português, a ser usada por todos os países de língua oficial portuguesa. Foi assinado por representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa a 16 de dezembro de 1990.
Depois de recuperar a independência, Timor-Leste aderiu ao acordo em 2004. Em junho de 2015, um mês depois da obrigatoriedade da utilização das novas regras, foi lançada uma petição pública para referendar o documento, algo que não viria a suceder. A nova grafia é usada desde 1 de janeiro de 2012 nos documentos estatais, em todos os serviços, organismos e entidades na tutela do Governo e no Diário da República. Está a par das mudanças? Faça o teste!
Embora tenha sido elaborado e revisto por especialistas em língua portuguesa, este teste tem um caráter meramente lúdico.
«Cumprimos a nossa parte e assumimos as nossas responsabilidades, desde sempre e também agora mesmo, com esta derradeira atitude. Que outros cumpram a sua e assumam as suas.»
ILC-AO, “Fim”, 19.06.15