Reforma ortográfica em reportagem especial na Rádio Senado (Brasil)

Uma “reportagem especial” que, oh, grande “surpresa”, não passa de pura propaganda acordista… brasileira. Neste programa fala-se da “reforma ortográfica” como se isso dissesse exclusivamente respeito aos brasileiros e afectasse a “língua portuguesa”, algo  que (presume-se) existe apenas no Brasil. Claro que também há menções a uma coisa vaga chamada “países africanos” e a outra coisa ainda mais vaga que, pelos vistos, dá pelo nome de “Portugal”, mas tais referências são mínimas, colaterais, meras notas de rodapé.

Até o cromo Pimentel, apresentado não como um simples “excêntrico” (digamos assim) mas como uma sumidade em matéria de ortografia, bota faladura nesta “curiosa” peça radiofónica. E não é aquele o único cromo, evidentemente, coleccionado na reportagem. Tinha de ser, lá sacam também do “cromo ruim”, Bechara de sua graça. Há mesmo quem garanta na dita peça que o Senado Brasileiro “pode, sim, fazer qualquer tipo de alteração” ao AO90  porque, pasme-se, “é um Tratado internacional“.

Espantoso.

O Dia da Língua Portuguesa é comemorado nesta sexta-feira, 10 de junho, data da morte do poeta lusitano Luiz Vaz de Camões.  E, para marcar a data, a Rádio Senado apresenta a reportagem especial “Tirando de letra”, com as idas e vindas da reforma ortográfica, que começou a valer no início deste ano. Nos 30 minutos do programa, que vai ao ar nesta sexta-feira (10), às 18h, serão destacadas as principais modificações feitas na grafia da língua portuguesa ao longo de mais de um século.

A reportagem aborda o Acordo Ortográfico de 1990 e os passos que percorreu até o início de sua validade, em 2009. Toca também na dificuldade em se adotar a grafia em todos os países de língua portuguesa e, para isso, ouve linguistas, professores e outros especialistas no tema, além de senadores.

As principais críticas são de que muitas das novas regras acabaram complicando o uso da língua, em vez de simplificar. É o caso do fim do acento diferencial em palavras com a mesma grafia, como para, do verbo parar, e a preposição para. A reforma também acabou com o trema e com acentos em palavras como heroico, ideia, voo e enjoo. E provocou profundas mudanças no uso do hífen, alvo das maiores reclamações.

“Tirando de letra”, que tem produção e reportagem do jornalista Roberto Fragoso, mostra ainda as polêmicas sugestões de mudanças, como a simplificação da escrita com ideias como o fim do uso do ch e a adoção definitiva do x em palavras como chácara e chefe; além da eliminação do h mudo em palavras em torno da reforma de 1990 e das novas propostas.

Source: Reforma ortográfica é tema de reportagem especial na Rádio Senado — Senado Federal – Portal de Notícias

Tirando de Letra: As idas e vindas da Reforma Ortográfica

O Dia da Língua Portuguesa é comemorado em 10 de junho, data da morte do poeta lusitano Luiz Vaz de Camões. E para marcar a data a Rádio Senado apresenta a reportagem especial Tirando de Letra, com as idas e vindas da Reforma Ortográfica, que começou a valer no início deste ano. Nos 30 minutos do programa, são destacadas as principais modificações feitas na grafia da língua portuguesa ao longo de mais de um século.

A reportagem aborda o acordo ortográfico de 1990 e os passos que percorreu até o início de sua validade, em 2009. Toca também na dificuldade em se adotar a grafia em todos os países de língua portuguesa e, para isso, ouve linguistas, professores e outros especialistas no tema, além de senadores.

As principais críticas são de que muitas das novas regras acabaram complicando o uso da língua, em vez de simplificar. É o caso do fim do acento diferencial em palavras com a mesma grafia, como “para”, do verbo parar, e a preposição “para”. A reforma também acabou com o trema e com acentos em palavras com “heroico”, “ideia”, “voo” e “enjoo”. E provocou profundas mudanças no uso do hífen, alvo das maiores reclamações.

“Tirando de letra”, que tem produção e reportagem do jornalista Roberto Fragoso, mostra ainda as polêmicas sugestões de mudanças, como a simplificação da escrita com ideias como o fim do uso do “CH” e a adoção definitiva do “X” em palavras como “chácara” e “chefe”; além da eliminação do “H” mudo em palavras em torno da reforma de 1990 e das novas propostas.

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ouvir 2.ª parte

 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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Updated: 11/06/2016 — 18:45