Encanar a perna ao cagado*

Augusto Santos Silva: Alterações ao Acordo Ortográfico? “Cada coisa a seu tempo”

Augusto Santos Silva reafirma que este não é o momento para mexer no Acordo Ortográfico.

Na Manhã TSF, o ministro dos Negócios Estrangeiros voltou a sublinhar que o acordo está em vigor em Portugal e que é preciso esperar que todos os países o ratifiquem. Augusto Santos Silva admite discutir eventuais melhoramentos, mas esse momento ainda não chegou.

Na terça-feira, Manuel Alegre acusou Augusto Santos Silva de autoritarismo. Alegre defende que o Acordo Ortográfico deve ser melhorado, porque há situações que estão a gerar grande confusão. O ministro dos Negócios Estrangeiros repetiu que este não é o momento para pensar em alterações.

Augusto Santos Silva está de partida para Angola. Uma visita de três dias em que Luanda vai ocupar apenas o primeiro. Sexta-feira, na capital Angola, o responsável pela diplomacia portuguesa tem encontro marcado com empresários portugueses para tomar o pulso ao momento, depois da crise económica.

O ministro dos Negócios Estrangeiros admite que as empresas portuguesas em Angola e os portugueses que lá trabalham enfrentaram grandes problemas, mas está convencido de que o pior já passou.

Sobre as relações entre Portugal e Angola, Augusto Santos Silva diz que, neste momento, reina a tranquilidade, bastando para isso que exista respeito pela soberania de ambos os países.

Em Angola, Augusto Santos Silva vai também preparar a visita de António Costa. A viagem do primeiro-ministro ainda não tem data, mas o governo gostava que acontecesse o mais breve possível.

Fonte: Augusto Santos Silva: Alterações ao Acordo Ortográfico? “Cada coisa a seu tempo”, TSF; 09.02.17

*O título é propositado. Convém esclarecer, antes de que me venham cá chatear os fundamentalistas do costume, que a treta do “cagado de fato na praia” não é para aqui chamada. Refiro-me a um cagado mesmo. E isto porque não há rã, note-se, porque nesse caso, como manda a tradição, o título deste “post” seria “encanar a perna à rã”.