P.A.O.

Esta (honrada) editora passaria a constar do 71.º “post” mas a série “Em Português” fica-se, pelo menos até ver, no número 70.

Em princípio, a dita série equivaleria a (70X3=) 210 “entradas”, no total. Porém, desde que a lancei, tenho notado um estranhíssimo fenómeno: 28 anos depois da assinatura do AO90 e 8 anos após a entrada em vigor dessa asquerosa mentira de Estado, eis que — de repente — algumas das entidades aqui referidas “decidem” roer a corda. Não é pelo menos um pouco estranho que se tenham “lembrado” de acordizar os seus “sites” ou a respectiva página do Facebook poucos dias depois de terem passado a constar desta lista? Mas que tremenda coincidência!

Fui contando os abates ao efectivo e, evidentemente, retirei as respectivas “entradas”: menos 1, menos 2, menos 3, menos 4…

Mau. E se afinal isto não for mera coincidência? Será que existe mesmo uma espécie de PIDE acordista? Dar-se-á o caso de os frenéticos agentes dessa novel polícia política darem-se à maçada de vir aqui, a este microscópico, insignificante, geralmente ignorado “blog”, para espiolhar quais as empresas, companhias ou entidades financiadas pelo Estado que devem ser reprimidas por andarem a mijar fora do penico malaquenho-becharino?

Podemos tentar rir à conta da bófia, num qualquer “sketch” de televisão, mas a realidade não tem piada alguma porque não é feita em vídeo.

A coisa — isto é, o rasto dos bófias da escrita que andam por aqui a farejar — pode ser detectada através, por exemplo, do contador de acessos e de “pageviews”: quando existem “picos” assinaláveis (muito mais “pageviews” do que acessos), isso significa, por regra, que andou por cá a PIDE (ou assimilados) a abrir páginas em série.

 

Ora bem, então, mesmo que a hipótese seja remota, ainda que na verdade não se verifique esta espécie de teoria da conspiração, não serei eu quem fornecerá pistas aos acordistas, não será por mim que eles terão uma lista exaustiva de nomes e endereços que facilite a sua campanha repressiva.

Fica aqui então apenas uma pequena amostra da imensa resistência — após oito anos de acordização forçada, violenta e com efeitos retroactivos — que perdura em todo o tecido cultural, empresarial, comunicacional e institucional: Em Português.

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