«Essa expressão de “caos” estaria mais relacionada com o ensino da língua portuguesa agora usando o acordo ortográfico.»
«Foi a sensação que eu tive de que o ensino se estava a tornar num negócio. Tornou-se num negócio com esta implementação do acordo ortográfico.»
«Porque eu reformei-me, e reformei-me por não querer cumprir o acordo ortográfico, porque não o cumpria.»
«Não interessa que o ser-humano pense. O que interessa é que fique indiferente às coisas e que se torne um escravo e também, às vezes, um selvagem em relação aos outros.»
«Séneca tem uma frase: “errar é próprio dos homens, persistir no erro é próprio de loucos”. »
«Se o critério fundamental é a pronúncia, então cada qual escreve como quer.»
«Dizem que as crianças, se tirassem as consoantes mudas, era tudo tão mais fácil, ora, eu sou professora e nunca foi nas consoantes — nos C e nos P — que os alunos faziam os seus erros.»
«O acordo, o Tratado internacional é uma perfeita fraude.»
«Nenhuma Língua evolui por decreto. Esta língua, que é uma mixórdia em que eu não reconheço o Português, não evoluiu nada, isto não é evolução, isto é o contrário da etimologia da palavra ‘evolução’. Por isso, se a estupidez quiser vingar, e é estupidez se nada se fizer para recuar.»
Maria do Carmo Vieira
Da Capa à Contracapa
Andamos a tratar bem a Língua Portuguesa?
Os professores Maria do Carmo Vieira, Adelino Calado e Rui Afonso Mateus juntam-se a José Pedro Frazão para discutir o ensino do português e a forma como tratamos a Língua Portuguesa na nossa sociedade.
Esta semana no “Da Capa à Contracapa” fala-se do ensino do português e a forma como tratamos a Língua Portuguesa na nossa sociedade.
Professores do Ensino Secundário, Maria do Carmo Vieira, Adelino Calado e Rui Afonso Mateus têm leituras muito próprias e críticas do sistema e do ensino, também das pedagogias aplicadas. Em particular no ensino do Português.
O Professor Adelino Calado, não sendo professor da mesma área, pois leciona Educação Física, é diretor do Agrupamento de Escolas de Carcavelos onde tem implementado medidas inovadoras como acabar com os TPC convencionais, os exames ou os toques de entrada. Com a sua ajuda lançamos também um olhar sobre a escola de hoje, trazendo ainda algumas ideias para a escola do futuro.
E recomendamos a leitura dos ensaios da fundação Francisco Manuel dos Santos sobre o tema: nomeadamente os dos autores que convidamos: o Ensino do Português e Literatura e Ensino do português.
O da Capa à Contracapa é uma parceria da Renascença com a Fundação Francisco Manuel dos Santos. A moderação como sempre é do jornalista José Pedro Frazão.