Segundo alegam os que o inventaram, o “acordo ortográfico” seria uma forma de “unificar” a Língua Portuguesa fundindo as duas variantes numa só — uma espécie de “Português universal”. Redonda mentira.
O AO90, que ninguém pediu e que não serve para nada, é uma manobra política, com intuitos não apenas políticos mas também economicistas, impingida sob aparente cobertura técnica de “linguistas”, que consiste basicamente em impor a ortografia brasileira a todos os países da CPLP (outra invenção neo-imperialista brasileira). [FAQ AO90]

“A nossa comunidade deve corresponder aos sinais dos tempos, a CPLP pode deixar de se ocupar muito da língua e de poemas, e partir para coisas mais concretas que correspondam às expectativas dos nossos povos”, vincou o diplomata, acrescentando que “existe um potencial de cooperação económica entre países da CPLP que deve ser explorado nessa dimensão”.

Ribeiro Telles inicia funções em 01 de Janeiro, para o biénio 2018/2019, dia em que assistirá à cerimónia de posse do próximo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
(nota de JPG: Francisco Ribeiro Telles é (ainda, até 31.12.18) o embaixador de Portugal no Brasil desde Janeiro de 2012. Ver AQUI a dança das cadeiras ocorrida na altura.)

Também hoje, em entrevista à Lusa, Francisco Ribeiro Telles tinha afirmado que a mobilidade académica e cultural deve ser o ponto de partida de um processo “difícil” de facilitação da livre circulação de pessoas no espaço lusófono. O diplomata considerou que o início da livre-circulação de pessoas é “a proposta conjunta de Portugal e Cabo Verde para a criação de um regime de autorizações de residência válido para todos os países da CPLP, fundado no critério da nacionalidade, mas que pressupõe o reconhecimento recíproco de habilitações académicas e qualificações profissionais e a portabilidade dos direitos sociais”.
- «iniciativas no tema da mobilidade»
- «projecção internacional da CPLP»
- «associar a CPLP a outras organizações internacionais»
- «financiamentos de projectos»
- «expansão da língua»
- «que o IILP seja dotado com os meios financeiros suficientes»
- «normas de Estado de Direito na Guiné-Equatorial»