Línguas de trabalho na ONU: brasileiro não consta

United Nations – Official Languages

«There are six official languages of the UN. These are Arabic, Chinese, English, French, Russian and Spanish. The correct interpretation and translation of these six languages, in both spoken and written form, is very important to the work of the Organization, because this enables clear and concise communication on issues of global importance.»

Language Days at the UN

«The Translation Services translate all official United Nations documents, meeting records and correspondence at Headquarters from and into Arabic, Chinese, English, French, Russian, and Spanish.  Some official documents are also translated into German


«A questão de fundo a reflectir/refletir é a seguinte: porque é que o Português não é língua de trabalho nas Nações Unidas? Porque os critérios de selecção/seleção foram de natureza essencialmente política, não reflectindo/refletindo a importância das línguas no contexto do mundo de hoje. As Nações Unidas e o Conselho de Segurança surgem na sequência da geopolítica saída da II Guerra Mundial. Os seus vencedores, a China, os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e a antiga URSS, hoje Rússia, integraram, como membros permanentes, o Conselho de Segurança. As suas línguas, isto é, o idioma de cada um dos vencedores, prevaleceram como as línguas de trabalho na então nascente ONU. O Alemão e o Japonês nunca poderiam ter sido escolhidas. Estes países – espanto dos espantos – ainda hoje são designados como países inimigos pela Carta das Nações Unidas…

A par das línguas dos países vencedores do último grande conflito mundial, foram ainda escolhidos o Espanhol e o Árabe. É sempre bom ter países árabes no leque de países amigos. O petróleo era essencial para alimentar as indústrias norte-americanas e europeias/européias e, por outro lado, era de bom tom dar voz aos países emergentes do chamado Terceiro Mundo. O Árabe era língua de uma série de países nestas circunstâncias. Quanto ao Espanhol pesou a sua própria relevância e, também, o empenho nesse sentido das autoridades de Madrid.

Este cenário geopolítico e linguístico está ultrapassado. As línguas, hoje, têm de valer pelo que representam no mundo da ciência, da cultura, da arte e da economia. E, não restam quaisquer dúvidas, a Língua Portuguesa tem hoje mais expressão nestes domínios do que algumas línguas de trabalho das Nações Unidas.»

[in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/aberturas/sobre-as-linguas-de-trabalho-na-onu/22 [consultado em 12-02-2021]


Já em 2008 Malaca Casteleiro  babujava uma das suas mentiras favoritas: «A língua portuguesa é a única com duas variantes que têm que ser traduzidas nas Nações Unidas

Esta é uma das patranhas favoritas dos acordistas. Pretendem, se bem que vagamente, para disfarçar, porque sabem que semelhante coisa está fora de cogitação, promover a língua brasileira, a pretexto do AO90 e de uma alegada “unificação”, à aparentemente suprema condição de língua de trabalho da ONU. A realidade, por mais que os acordistas encenem a esse respeito uma rapsódia delirante, é que as línguas de trabalho da ONU são aquelas que fazem sentido o sejam: o Inglês, como língua franca e por acréscimo sendo a oficial em inúmeros países, e outras cinco línguas que, de certa forma, incluindo a componente política, representam a esmagadora maioria dos 193 países que fazem parte da Organização. Do brasileiro, nada, nem pio, não consta nem conta coisa nenhuma; ninguém na ONU sequer refere a questão, que afinal não existe de todo; a Organização das Nações Unidas trata de assuntos sérios, não de brincadeiras de mau gosto.

Outra patranha de igual calibre é a do número de falantes de “português”. Nesta espécie de “copa” brasileira para apurar a língua campeã do mundo, para fingir que a língua brasileira ocupa um lugar “honroso”, os brasileiros torcem a realidade e torturam os números por forma a que o seu cadinho linguístico apareça na 5.ª posição ou, quando muito, classificado na 6.ª posição. Isto no pressuposto de que tal campeonato, mais uma invenção absurda, interessa a alguém com um mínimo de tino. Apenas os ultra-competitivos brasileiros (e alguns imbecis portugueses) se entretêm com este tipo de onanismo desportivo-linguístico e, reiteremos, tentam assim justificar o injustificável (o brasileiro como língua de trabalho da ONU) e se calhar impressionar sabe-se lá bem que tipo de labregos deslumbrados. Sob a capa rota da CPLP, montam uma ficção ao estilo do Teatro do Absurdo que nem Ionescu desdenharia.

Dos mencionados labregos deslumbrados podemos ler, por exemplo, no texto parcialmente citado acima, contendo as mentirolas do costume as suas deles “perplexidades” (digamos assim) por a ONU ignorar olimpicamente a sua amada língua brasileira. Pois parece que não estão com sorte nenhuma…

É isso mesmo o que vemos e lemos, na citação de topo, no extracto da página respectiva do site das Nações Unidas: aquelas são as línguas de trabalho e não lembraria nem ao careca introduzir nas 6 línguas oficiais um corpo estranho.

Em baixo, como contraponto (o enésimo, visto que há no Apartado 53 bastantes conteúdos sobre o tema), um texto em Inglês que mais uma vez repõe os números correctos, os factos, a verdade: o brasileiro (na figura diz “Portuguese” mas é gralha) é a 9.ª (nona) língua mais utilizada no mundo

 

thelanguagenerds.com

The 10 Oldest Languages That Are Still Spoken Today.

 

As of today, the world has 7111 languages according to Ethnologue. A staggering third of these languages are endangered and only spoken by very few people, 1000 speakers at best. what’s even more serious is that more than 50% of the world’s population is covered by 23 major languages.

Top 10 most spoken languages, 2019. By Ethnologue.

 

Languages appeared about 100.000 years ago and have been evolving ever since. Languages are always in a state of flux; some die out and some branch out and give us more languages. Exceptionally, some languages have survived long periods of time and erosion and made it to the modern world. Here are 10 of the most ancient languages that are still spoken today:

1. Hebrew:

  • Year: 10th century BCE.
  • Country: Israel.
  • Number of speakers: 9 M.

2. Basque:

  • Year: Unknown.
  • Country/region: Basque.
  • Number of speakers: ~750,000 people.

3. Arabic:

  • Year: 1000 BCE.
  • Country: Countries of the Arab League.
  • Number of speakers: 310 M.

4. Tamil:

  • Year: 300 BCE.
  • Country: India and Sri Lanka.
  • Number of speakers: ~80 M.

5. Persian/Farsi:

  • Year: 600 BCE.
  • Country: Iran.
  • Number of speakers: ~110 M.

6. Greek:

  • Year: 1450-1350 BCE.
  • Country: Greece.
  • Number of speakers: 13 M.

7. Chinese:

  • Year: 1250 BCE.
  • Country: China and parts of Southeast Asia.
  • Number of speakers: 1.2 Billion.

8. Lithuanian:

  • Year: 1500 AD.
  • Country: Baltic region.
  • Number of speakers: ~ 3 M.

9. Icelandic:

  • Year: 1100 AD.
  • Country: Iceland.
  • Number of speakers: 358,000 people.

10. Irish Gaelic:

  • Year: 4 Century AD.
  • Country: Ireland.
  • Number of speakers: 1.2 M.

Language is the archive of history.

Ralph Waldo Emerson 


Author The Nerd Posted on  September 10, 2019 act. February 11, 2021
Language History
Tags ancientlanguagesoldest

Print Friendly, PDF & Email