Este debate promovido pela “Guerra e Paz Editores”, com o apoio da “Editora Gradiva”, teve o condão de — em estreia absoluta — reunir quatro anti-acordistas, incluindo o anfitrião do evento, que fez (aliás muito bem) o papel de moderador. Tal unanimidade significa, portanto, para desgosto de um elemento da assistência que se escamou com a ausência de acordistas no painel, não ter o estimável público presente no evento, bem como todas as pessoas normais que assistirem à gravação aqui reproduzida, de levar com as baboseiras habituais de cérebrozinhos de minhoca, agentes ao serviço dos interesses do “gigante brasileiro”, mercenários, traidores e vendidos tugas.
Bem entendido, não carecendo a dedução de qualquer esforço de compreensão, a julgar — por exemplo — pela adjectivação (substantiva) que acabo de (mais uma vez) formular, neste particular (a cretinice, a desonestidade intelectual, a gatunagem infecciosa) não estou absolutamente nada em sintonia com a maviosidade dos três oradores convidados, a sua algo displicente complacência para com os neo-imperialistas em geral e para com os vendedores de banha-da-cobra em particular. Mas isso ainda é o menos. Questão de feitio, lá diz o povo, síndroma alérgica decorrente daquilo a que se chama vulgarmente ossos do ofício, ou seja, não são eles quem tem de levar com toda a sorte de insultos e ofensas que tugas e zucas (ela por ela, em número e em boçalidade) cuspilham, regurgitam, atiram com raiva e desprezo para cima de Portugal e dos portugueses como “vingança” pela sua História e por aquilo que os define — a começar pela Língua.
De facto, não há nada para “discutir” com acordistas. Muito menos as tretas do costume, todas a pedir desmentido imediato com inúmeros exemplos, as “novas duplas grafias“, os “casos flagrantes” (de absurdo, claro, como se o resto fosse impecável), a necessidade de “despiorar” o AO90, como se tal fosse possível, como se o “acordo” tivesse alguma coisinha de ortográfico, as patranhas pseudo-jurídicas (“o acordo não está em vigor” e outras alucinações semelhantes, ou a anunciada “revisão” — para repor “cá” as consoantes que no Brasil são articuladas. Enfim, quanto a debates desastres estamos todos mais do que fartos (menos uns quantos patuscos) e, basta constatar o óbvio, verificar a triste realidade, já demos para esse peditório.
Não será com certeza à custa de um inexplicável (para não dizer cobarde) temor reverencial que este horror terá fim. Não com tibieza, não com hesitações e dúvidas, jamais cavalgando a onda politicamente correcta cavaleiros zarolhos de ambas as vistas, veneradores, atentos e obrigados.
Obrigados a quê, afinal? A dizer ad aeternum que nim?
Guerra e Paz Editores
Partilhamos com os nossos caros leitores a filmagem integral do debate «Português do Brasil e de Portugal. Que Acordo?» que decorreu no último Sábado, dia 10 de Setembro, na 91ª Feira do Livro de Lisboa.
Agradecemos a Roberto Moreno, criador da «Fundação Geolíngua», o envio do vídeo e a presença no evento. Tratou-se de uma iniciativa conjunta da Gradiva e da Guerra e Paz Editores que juntou à mesa, no Auditório Sul, os linguistas, e autores da Guerra e Paz Editores, Fernando Venâncio e Marco Neves e o jornalista Nuno Pacheco, autor da Gradiva, moderados pelo editor Manuel S. Fonseca.
Posted by Guerra e Paz Editores on Monday, September 13, 2021
[Imagem de topo de: SIC Notícias.]