De acordo com dados de 2010,[4] o desempenho do Brasil em participação política é comparável ao de Malauí e Uganda, considerados “regimes híbridos”, enquanto o desempenho em cultura política é comparável ao de Cuba, considerado um regime autoritário.[4] No entanto, a média geral do país é inferior somente à do Uruguai (nota 8,17), do Chile (nota 7,84) e da Argentina (nota 7,02) na América do Sul.[4] Dentre os BRICS, a Índia (nota 7,74) e a África do Sul (nota 7,56) possuem desempenho melhor.[4] [Wikipedia brasileira]
Com as devidas desculpas pela auto-citação, devo rectificar uma afirmação nela contida:
Esta campanha, utilizando as mais modernas tácticas (a CPLP), ferramentas (o AO90) e armamento (os OCS), foi lançada em 1986 por um “sindicato” de políticos brasileiros e portugueses que, em 1990, congeminaram um “acordo” político garantindo ao Brasil a tomada de posse administrativa da Língua Portuguesa e, re-baptizando-a como “língua universal”, outorgando àquele país o direito de se imiscuir (ou mandar) nos assuntos internos (ensino, diplomacia, exploração de recursos) de Portugal e dos ex-PALOP (agora PALOB). [post “Assinar de cruz”]
De facto, a frase “outorgando àquele país o direito de se imiscuir nos assuntos internos de Portugal” peca por defeito. Conforme noticia o portal oficial da República Federativa do Brasil (em baixo, texto e áudio), o plano de anexação política em curso de execução desde 2008 tem agora o respaldo não apenas do Governo brasileiro como também do Congresso de Brasília, ou seja, literalmente, do poder executivo e do poder legislativo (mais ou menos) instituídos naquela federação.
O que significa, portanto, no que diz respeito a Portugal (e restante CPLP), que o Brasil já pode dispensar os acordos leoninos de bastidores, as conversações secretas, as negociatas e os “cambalachos” com os seus comparsas portugueses. Doravante, estribados na mesma “lógica” do “acordo ortográfico” (eles são 210 milhões e nós apenas 10 milhões), o Brasil está “legalmente” autorizado (por si mesmo e pelos vendidos portugueses) a não apenas ditar como a legislar sobre quaisquer matérias (literal ou metaforicamente) que sirvam os seus interesses.
O mais natural é que em Portugal ninguém sequer se aperceba de ter sido cumprida mais esta etapa do plano, como anteriormente ninguém se apercebeu da substituição de uma organização supra-nacional (os PALOP) por outra integralmente fabricada pelo Brasil (a CPLP), ninguém se apercebeu de que o objectivo principal sempre foi o esbulho das riquezas naturais de Angola e de Moçambique (Angola especialmente, claro), ninguém se apercebeu do golpe diplomático-político-económico a que os envolvidos chamam Acordo de Mobilidade e ninguém se apercebeu de que o Acordo Ortográfico representa a eliminação sumária da Língua Portuguesa substituindo-a pela brasileira. Muito menos a alguém passou sequer pela cabeça o maquiavelismo da montagem e encenação desta espécie de peça em três Actos:
Acto I: imposição a Portugal e PALOP, com a “assinatura” protocolar de dois pequenos Estados da CPLP, de uma cacografia alienígena a pretexto de uma pretensa “unificação” da língua brasileira, para o efeito re-baptizada como “língua universal”.
Acto II: brasileirização intensiva com a cobertura política de uma organização internacional fictícia (a CPLP), abarcando primeiramente os sectores educativo, editorial, comercial e de tradução, e posteriormente invadir — com participações directas ou através de assalariados de fachada — as mais diversas áreas industriais.
Acto III: a deformação das crianças e dos jovens de Portugal através de intensos “banhos” com insistentes “mergulhos” no caldo cultural brasileiro, não apenas a língua mas também os costumes e tradições, como as escolas de samba, abarcando já todos os níveis de educação escolar, incluindo as escolas portuguesas nas ex-colónias e ainda os centros culturais e de ensino (mesmo os destinados a PLE – Português Língua Estrangeira), em especial nas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.
É este o guião da peça. Como envolve imenso ilusionismo e toda a sorte de truques, ninguém acredita no que os seus olhos vêem.
Pois bem, há novidades sobre o feérico espectáculo: enquanto o respeitável público está muito entretido ou imensamente distraído, as portas do teatro estão a fechar-se para sempre. Em breve ninguém poderá sair, escapar dali.
E dessa sorte eles não devolvem o custo dos bilhetes, nem em espécie de embrutecimento nem em contado de convulsões.
- Presidente da Câmara defende participação maior do parlamento brasileiro na CPLP
O presidente da Câmara participa de evento internacional em Portugal. Durante o encontro, Arthur Lira (PP-AL) anunciou a criação de comissão mista e encontro de países de língua portuguesa na Câmara. Mais informações na matéria do repórter Antonio Vital.
Na abertura do seminário sobre os 25 anos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, defendeu uma maior participação do parlamento brasileiro no fortalecimento da instituição, que reúne nove países e 260 milhões de pessoas em quatro continentes.
Lira anunciou apoio à criação de uma comissão mista do Congresso Nacional para tratar dos temas e propostas relativos à CPLP, entidade que busca reunir e viabilizar interesses comuns dos países do bloco na economia e na cultura.
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