Ofereça livros em Português | ||
As editoras portuguesas indicadas neste “post” são apenas algumas das que publicam obras em Português correcto, passe a redundância. Evidentemente, o Apartado 53 não tem absolutamente nada a ver com quaisquer editoras (à excepção de ser cliente das que publicam exclusivamente em Português de lei, bem entendido), como, de resto, não tem o mais ínfimo vínculo, compromisso ou está sujeito sequer a influências de qualquer entidade, organismo ou organização pública ou privada.
Presumindo que para algumas pessoas se torne um pouco incómodo verificar previamente se determinado livro está em Português, aqui fica uma sugestão.
Para todos os efeitos — e nunca fiando — é recomendável que, antes de comprar, mesmo em publicações das editoras recomendadas, verifique rapidamente se por acaso a obra não terá sido publicada em língua brasileira ou, nos casos de reedições e colecções, se os livros não terão sido assassinados com efeitos retroactivos pela cacografia brasileira. Pode folhear e ler uns quantos parágrafos, é claro, porque se tal marosca tiver sucedido vai tropeçar fatalmente em bacoradas brasileiras, mas existe um método mais rápido e igualmente eficaz: encontre nas primeiras páginas do livro a da ficha técnica (onde aparece o código de registo ISBN – International Standard Book Number) e veja o mês da data de publicação; se esse mês estiver com inicial minúscula, pronto, está visto, não compre aquela brasileirada.
Boas compras, bons presentes, bom Natal com bons livros.
[Não foi possível determinar a autoria das imagens de topo e de rodapé.]
Ladainha dos Póstumos Natais
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que se veja à mesa o meu lugar vazio
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que hão-de me lembrar de modo menos nítido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que só uma voz me evoque a sós consigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que não viva já ninguém meu conhecido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem vivo esteja um verso deste livro
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que terei de novo o Nada a sós comigo
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que nem o Natal terá qualquer sentido
Há-de vir um Natal e será o primeiro
em que o Nada retome a cor do Infinito