«Truth, the greatest enemy of the State» – Goebbels

If you tell a lie big enough and keep repeating it, people will eventually come to believe it. The lie can be maintained only for such time as the State can shield the people from the political, economic and/or military consequences of the lie. It thus becomes vitally important for the State to use all of its powers to repress dissent, for the truth is the mortal enemy of the lie, and thus by extension, the truth is the greatest enemy of the State.[Joseph Goebbels]

«Os homens são tão ingénuos e tão conformados com as necessidades do momento, que quem engana encontrará sempre quem se deixe enganar.» [Nicolau Maquiavel]

A “confusão” entre publicidade e propaganda é apenas uma das muitas e variadas formas utilizadas pelos acordistas em geral e os brasileiristas em particular para terraplanar a Língua Portuguesa, substituindo esta, compulsivamente, pela transcrição fonética do “fálá” brasileiro.

Ao contrário daquilo que repetem até à exaustão os jagunços da “língua universau” brasileira — o matraquear de mentiras é uma das técnicas de propaganda política mais comuns –, a liquidação sumária do Português não se limita a quaisquer questões ortográficas (a ortografia é mero pretexto); enquanto decorre a dita terraplanagem, logo atrás dos rolos compressores a Língua está já a ser alcatroada, recoberta por sucessivas camadas de aculturação com a finalidade última de não deixar o mais ínfimo vestígio da Língua e da Cultura portuguesas, sendo aquela o sustentáculo desta.

Tal aculturação politicamente promovida, difundida e (altamente) vigiada implica não apenas o abate feroz de todas as sequências consonânticas não pronunciadas pelos brasileiros, como também a “adoção” compulsiva de todas as marcas identitárias características do tal “fálá”: expressões (idiomáticas e outras), construção frásica em concreto e estrutura sintáctica por junto, para além do próprio léxico e até do… sutáki!

Como sempre sem adentrar os áridos terrenos da Gramática, de forma a que toda a gente entenda o essencial, deve referir-se que a “adoção” intensiva da língua brasileira inclui — obviamente, por vezes violentamente, sempre abjectamente — o próprio léxico. De facto, o instinto bajulador e subserviente de alguns tugas — o PM António Costa e o PR Marcelo são amostras significativas dessa degeneração — leva-os a, com manifesta alegria, macaquear o “jeitchinhu” e a “musicálidádji” (como diz Tony) do “tau fálá”.

Continua intocada a tradução de livros, técnicos ou literários, de textos, jornalísticos ou nem tanto, de suportes, letreiros, avisos, comunicados ou, em suma, seja do que for. Continua a haver duas edições de obras originais em qualquer outra Língua — uma para Português, outra para brasileiro; aliás, lá por aquelas bandas continuam a traduzir de Português para brasileiro e continuam também a legendar (“subitchitulá”) o que diz o “tugázinhu” na TV ou em filmes.

É por tudo isto que vão agora surgindo em Portugal, cada vez mais frequentemente, queixas de profissionais das mais diversas áreas, em especial daqueles que conduzem alguma coisa. A terraplanagem, como seria de antecipar, ficou cheia de buracos; o alcatroamento começa a revelar que por baixo há imensos vazios e portanto abrem-se nas faixas de rodagem crateras imensas.

O léxico é uma delas. Os portugueses têm uma tendência inata para engolir propaganda sem pestanejar, adoram reclamar mas apreciam pouco os reclamos e agora ainda têm de levar com o “marrkitem”, o que é um bocadinho demasiado muito.

A bem do Marketing: Publicidade vs Propaganda

Carlos Manuel de Oliveira CEO Marketingmania Consulting www.imagensdemarca.pt, 30.09.22

Não obstante se ter querido impor um dito “novo acordo ortográfico”, as várias línguas dos países lusófonos, expressam idiossincrasias, expressões, significados, diferentes, em cada país.

Em meu entender – embora não seja um linguista – este dito “desacordo” nada trouxe de bom à língua portuguesa, a não ser a confusão e não resolução de nada. Afinal, o português continua a assumir a sua vitalidade e culturas diferentes, consoante as regiões e os países em que se fala.

Embora não totalmente ligada a esta questão, mas tendo em atenção as diversas idiossincrasias introduzidas pelas diversas culturas referiria, a propósito, os termos “marketing/publicidade” e “propaganda”, no uso comum em Portugal e no Brasil.

Sob pena de estar a dizer o que todos saberão, “Propaganda” é a difusão unilateral de uma ideia, de uma ideologia, normalmente sem fins lucrativos, tendo a sua expressão na política, no campo eleitoral e institucional; “Publicidade” é a comunicação/difusão de um produto, serviço ou marca, normalmente com fins lucrativos, como resposta a uma necessidade do consumidor.

Os governos e os partidos usam a “Propaganda” para tentar atingir os seus objectivos próprios políticos, prometendo muitas vezes o que nunca poderão ou irão executar.

Contudo, em Portugal e no Brasil estes termos assumem significados diferentes. Propaganda no Brasil é o equivalente a publicidade em Portugal. A confusão é que quando, inusitadamente, por desconhecimento, ou propositadamente, no sentido de denegrir o sentido da “publicidade”, em Portugal se utiliza o termo Propaganda para denegrir o sentido do Marketing, que também é confundido com publicidade.

Isto não se trata de uma questão de linguística, caso contrário não seria a pessoa mais indicada para tratar este assunto, mas de uma questão assertiva de alguns, no sentido que referi.

Na terrível situação em que vivemos actualmente, em particular os cidadãos ucranianos, a propaganda do governo russo assume tudo o que de mau é possível, negando a verdade aos seus cidadãos, não reconhecendo a sua atitude invasora destruidora de seres humanos, usando propaganda mentirosa para tentar suster a opinião pública interna, que desconhece a verdade num país onde não existe liberdade de informação e onde qualquer oposição é imediatamente aniquilada.

É vulgar ouvir várias pessoas, inclusivamente políticos, referirem-se a promessas supostamente falsas de outros – em particular nas campanhas eleitorais – como se tratasse “de marketing”, quando o que deveriam dizer seria “propaganda”.

Não há muito tempo ouvi um reputado e competente político, que até estimo, referir-se ao seu adversário como este devesse ser um óptimo director de marketing, querendo na essência referir-se a ele como “propagandista”, provavelmente floreando o que, no se[u] entender, não seria verdade ou promessas falsas.

Sempre me bati pelo enaltecimento do marketing enquanto área central da gestão empresarial e das organizações, numa base séria e construtiva, no sentido de conciliar os interesses dos consumidores/pessoas e das empresas, pelo que sempre me choca ouvir, mais do que seria aceitável, referências negativas ao marketing como se de “propaganda” se tratasse.

[Transcrição integral de artigo, da autoria de Carlos Manuel de Oliveira, publicado em www.imagensdemarca.pt (30.09.22). Texto corrigido automaticamente. Inseri “links”.]

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(ver/consultar/pesquisar quadros/listas/resultados: “O AO90 em números“)