Depois da visita a Portugal, primeiro, a Cabo Verde de seguida, e ainda antes da viagem a Luanda, prevista para este mês de Agosto, o marido da Janja foi a Bruxelas tratar dos negócios “lusôfonos”.
Para que se compreenda o alcance daquilo que está agora em processo de execução, é conveniente que esta espécie de périplo de Estado negocial seja lida em conjunto, seguindo a respectiva cronologia: Lula veio à “terrinha” discursar no último 25 de Abril e, depois de acertar os negócios com a União Europeia, usando membros do “executivo” tuga como papagaios, foi a Cabo Verde agradecer “350 anos de escravatura”, ou seja, na prática, a colaboração daquele pequeno país africano na institucionalização da língua “universau” brasileira.
De enfiada, logo após a tomada de posse como soba supremo da CPLB (Portugal, Cabo Verde, São Tomé, Guiné-Bissau, Moçambique, Macau, Timor e Angola), numa vergonhosa cerimónia realizada em pleno parlamento “português”, soma-se agora a simulação de “negociações” com o eixo franco-alemão e, para fechar com chave de ouro (literalmente) a peregrinação do “metalúrgico”, seguir-se-á a “visita de Estado” a Angola, cuja resistência à pax brasiliensis e à sua colonização linguística poderá fazer subir exponencialmente os valores envolvidos para que o preço certo mais uma vez possibilite o aperto de mãos que marca o negócio fechado.
Como facilmente se vê, de tal forma descarado é o “apoio” dos fantoches tugas (vulgo, governantes) envolvidos na tramóia, vale tudo para encapotar com uma fábula pseudo-linguística uma colossal fraude político-económica — ou saque, o substantivo é indiferente, ao contrário da substância.
Lula diz que proposta do Mercosul para acordo com a União Europeia foi enviada, mas não será definida em Bruxelas
“Nós concluímos a pauta do Mercosul e já enviamos para os presidentes do Mercosul. Ela não vai ser discutida aqui porque não é a CELAC que tem que fazer o acordo, é só o Mercosul”, disse Lula.
Agência Lusa
observador.ptO Presidente do Brasil disse esta terça-feira que a proposta do Mercosul para um acordo comercial com a União Europeia (UE) já foi enviada, mas não será concluída na cimeira entre europeus e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Bruxelas.
“Aqui você [o Brasil] está numa reunião que participam todos os presidente da Europa e todos os presidentes da América Latina e Caribe. É a oportunidade não apenas para fazer acordos, discutir acções conjuntas dos dois continentes, discutir investimentos, como é extremamente importante fazer reuniões bilaterais para que se discuta a aproximação do Brasil com o mundo”, declarou o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, numa transmissão ao vivo online.
“Nós concluímos a pauta do Mercosul [bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai] e já enviamos para os presidentes do Mercosul. Ela não vai ser discutida aqui porque não é a CELAC que tem que fazer o acordo, é só o Mercosul, mas estou achando a reunião extraordinária”, acrescentou.
Na transmissão, Lula da Silva também afirmou que terá um encontro com o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, e com o Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, país onde o avião presidencial do governante brasileiro deve pousar antes de regressar ao país sul-americano.
“Ainda tenho uma reunião hoje à tarde com a primeira-ministra da Dinamarca, tenho uma reunião com o chanceler da Alemanha, tenho um encontro com o primeiro-ministro de Portugal. Amanhã [quarta-feira] vou embora e vou passar em Cabo Verde porque o avião não chega directamente. Vou aproveitar para passar em Praia, que é a capital de Cabo Verde, para conversar um pouco com o Presidente de Cabo Verde, e depois eu regresso ao Brasil”, concluiu Lula da Silva.
Antes das declarações do Presidente brasileiro, o primeiro-ministro português, António Costa, defendeu a importância de Portugal e do Brasil aproximarem a UE e os países do Mercosul e considerou que Lula da Silva é “o campeão da luta contra as alterações climáticas”.
“Falei várias vezes, ao longo destas intensas horas, com o Presidente do Brasil sobre o Mercosul […] e a forma como quer Portugal, quer o Brasil podem ajudar a que o Mercosul e a UE se aproximem”, considerou António Costa, em conferência de imprensa ainda antes do final dos trabalhos da cimeira entre a UE e a CELAC, em Bruxelas.
Questionado sobre o acordo comercial com a Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, que falhou em 2019, o primeiro-ministro recordou que o quadro político do Brasil era diferente na altura e que o então Presidente Jair Bolsonaro “não tinha nenhum compromisso com as alterações climáticas, cuja existência negava”.
António Costa reconheceu que “há avanços entre os países do Mercosul” e que, em princípio, já está preparada a resposta que vai ser apresentada à União Europeia.
O objectivo, acrescentou, é que o acordo seja possível até ao final do ano, ainda sob a presidência espanhola do Conselho da UE.
O protocolo UE-Mercosul abrange 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população do mundo.
O acordo comercial foi estabelecido pelas partes em 2019, altura em que foram concluídas as negociações, mas a sua ratificação está paralisada por causa das reservas ambientais e também por receios comerciais de alguns países europeus.
No seu todo, a região da América Latina e Caraíbas é responsável por mais de 50% da biodiversidade do planeta, representando também 14% da produção mundial de alimentos e 45% do comércio agro-alimentar internacional líquido. É ainda uma potência para energias renováveis, com as fontes alternativas a serem responsáveis por cerca de 60% do cabaz energético da região.
[Transcrição integral, incluindo “links” e destaques a “bold”.
Os destaques e “links” a verde são meus.
Cacografia da agência BrasiLusa corrigido automaticamente.]
Portugal e Brasil devem aproximar a União Europeia e o Mercosul
[fotografia]
Primeiro-Ministro António Costa com o Presidente da República do Brasil, Lula da Silva, num intervalo da cimeira UE-CELAC, Bruxelas, 18 Julho 2023
Portugal e Brasil devem ajudar a aproximar a União Europeia e os países do Mercosul, disse o Primeiro-Ministro António Costa em conferência de imprensa sobre a cimeira entre a União Europeia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, que decorreu a 17 e 18 de Julho em Bruxelas.
O acordo comercial entre a União Europeia e o mercado comum formado pela Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela falhou em 2019, devido a falta de empenho de alguns dos países sul-americanos nas políticas ambientais – António Costa referiu nomeadamente o Brasil, então governado pelo Presidente Jair Bolsonaro.
António Costa disse que «há avanços entre os países do Mercosul» e que já está preparada a resposta que vai ser apresentada à União Europeia nesta negociação, sendo o objectivo alcançar um acordo até ao final do ano, ainda sob a presidência espanhola do Conselho da UE.
O acordo comercial UE-Mercosul abrange 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população do mundo. Com a negociação praticamente fechada em 2019, não foi ratificado devido a reservas sobre políticas ambientais e receios comerciais de países europeus.
A região da América Latina e das Antilhas (ou Caraíbas) é responsável por mais de 50% da biodiversidade do planeta, representando também 14% da produção mundial de alimentos e 45% do comércio agro-alimentar internacional líquido.
Trabalhar em conjunto
António Costa afirmou também que as duas comunidades podem trabalhar em conjunto, nomeadamente nas áreas económica e energética: «Quando uma das regiões tem a maior reserva de lítio e a outra a maior indústria automóvel, todos temos de trabalhar em conjunto em vez de ficar a depender de terceiros», disse.
«Do ponto de vista geopolítico e económico, é muito importante que duas regiões, que partilham valores comuns, possam estreitar laços e reforçar a sua cooperação. Espero que desta nova dinâmica resulte uma relação ainda mais sólida», escreveu o Primeiro-Ministro na sua conta no Twitter.
[Brasileirês do Governo português corrigido automaticamente,
Destaques meus]