A língua dos “servidores” tugas

O Ministro da Administração Interna (do governo português). Na posição protocolar correspondente à bandeira da União Europeia, e em vez desta, o que lá está e aparece na imagem é a bandeira da República Federativa do Brasil, ao lado da do 28.º Estado.

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A importância da ortografia em língua portuguesa

A ortografia, como um sistema de regras e convenções, desempenha um papel crucial na representação escrita das palavras em uma língua específica. Nesse sentido, ao estudar a ortografia, os linguistas buscam compreender as convenções e padrões que governam a relação entre a linguagem oral e escrita.

A ortografia está intrinsecamente ligada à correspondência entre os sons da fala e os símbolos gráficos que os representam. Dessa forma, a ortografia está relacionada à fonologia, à morfologia e à estrutura das palavras de uma determinada língua.

A relevância da ortografia na linguística também se estende ao desenvolvimento da alfabetização e da aquisição da linguagem. A ortografia correta é fundamental para o desenvolvimento da competência de leitura e escrita em crianças e adultos. Ela permite que as palavras sejam escritas de forma uniforme e compreensível para todos os falantes, contribuindo para uma comunicação clara e precisa.

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Países de língua portuguesa firmaram acordo para padronizar a ortografia da língua. Imagem: Grupo Escolar

Padronização da língua

Além de todos os aspectos mencionados acima, a ortografia desempenha um papel importante na padronização da língua. Ela estabelece um padrão comum que possibilita a compreensão entre falantes de diferentes regiões ou países que utilizam a língua. Isso é especialmente relevante considerando as variações regionais existentes, nas quais a pronúncia pode variar, mas a ortografia permanece como uma referência consistente.

Outro aspecto relevante é que a ortografia é uma ferramenta que permite a preservação da língua ao longo do tempo. Portanto, ela assegura que as palavras sejam registradas de forma consistente, funcionando como uma “memória escrita” que garante a compreensão das gerações futuras. Através da ortografia, a língua mantém a sua identidade e sua evolução histórica.

No âmbito prático, a ortografia possui implicações educacionais e profissionais. O domínio correto da escrita é fundamental em diversas situações, como provas, exames, redações acadêmicas, relatórios e correspondências profissionais. A habilidade de escrever corretamente é considerada um indicador de competência linguística e pode influenciar na avaliação e percepção do indivíduo.

Como melhorar a sua ortografia?

É importante ressaltar que a ortografia não é uma barreira rígida e inflexível. Como as línguas naturais estão em constante evolução, as regras ortográficas também podem passar por mudanças ao longo do tempo. Um exemplo disso é o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que introduziu modificações nas regras ortográficas utilizadas em países lusófonos.

Para aprimorar a ortografia, é necessário dedicar tempo ao estudo e prática das regras ortográficas. Pratique regularmente a escrita, seja por meio de redações, pequenos textos ou mesmo mensagens escritas. Ao colocar em prática o que você aprendeu sobre ortografia, estará reforçando seu conhecimento e identificando possíveis erros.

Além das regras de grafia, dedique-se também ao estudo da acentuação e pontuação. Domine as regras de uso dos acentos, como acento agudo, circunflexo, til e grave, bem como as normas de pontuação, incluindo vírgula, ponto, ponto e vírgula e outros sinais.

Consulte dicionários, manuais de redação e guias de ortografia pode ser de grande auxílio para esclarecer dúvidas e aprofundar o conhecimento. Além disso, cultivar o hábito da leitura é fundamental, pois proporciona um contato constante com palavras corretamente escritas e contribui para o desenvolvimento da familiaridade com a ortografia adequada. Quando possível, peça a alguém para revisar os seus textos e fornecer feedback sobre a ortografia, pois outra pessoa pode identificar erros que você possa ter deixado passar.

Caso você ainda esteja em período escolar, pode recorrer ao seu professor ou professora de Língua Portuguesa. Há também plataformas e aplicativos que fornecem esse tipo de feedback.

[Transcrição integral. Destaques, sublinhados e “links” (a verde) meus.
A cacografia brasileira do original não foi corrigida automaticamente.]

Valerá a pena chamar a atenção para o tom chocantemente infantil do texto transcrito? Aquilo é material oficial, note-se, destinado aos funcionários públicos (“servidores”, em língua brasileira), com a finalidade de orientar os candidatos a vagas na Administração federal (e nos departamentos estaduais?).

Bem, talvez não valha mesmo a pena perder tempo (e feitio) com semelhante miséria.

Será, no entanto, curial assinalar o tom descaradamente imperialista do “discurso” — todo ele, de cabo a rabo, fundamentado em premissas pseudo-técnicas ao nível de qualquer cábula com o diploma da antiga 4.ª Classe no Portugal anterior a Veiga Simão.

Dispensam-se perfeitamente, de tal forma básico (e evidente) é o arrazoado do texto, quaisquer citações de linguistas ou da inúmera documentação atinente às relações epistemológicas entre ortografia e fonética — as quais, unanimamente, pouco ou nada têm a ver uma com a outra; a ortografia, por mais que a língua brasileira não passe de uma espécie de transcrição fonética mas… sem símbolos. Pretendem eles utilizar o alfabeto comum para o mesmo efeito; porém, evidentemente, o resultado não é mais do que uma caótica macaqueação do “fálá” brasileiro.

Note-se, por exemplo, a representação fonética do “som d africado”. Só existe em Brasileiro. E em Portugal, “pódji? Naum, naum pódji”.

E é isto mesmo o que o governo do 28.º Estado brasileiro pretende impor, cavalgando a rapsódia da “língua universau”, a todos os portugueses e, à laia de apetitoso brinde, aos PALOP.

Sinais de obediência ao (deles) patronato brasileiro não faltam. A asquerosa bajulação ao “gigante” brasileiro — cada vez mais ostensiva — é publicamente exposta, com perversa e pervertida galhardia, pelos governantes portugueses (primeiro-ministro incluído), pelos homens-de-mão, agentes e idiotas úteis dos negócios faraónicos dos “caras” e até pelo “mais alto magistrado da nação”, um brasileirista convicto.

Começa a tornar-se “normal” que o Brasil — dono da língua — imponha à “terrinha” as “regras” da língua brasileira. Nisso consistiu, basicamente, o #AO90, mas ao que parece essa insuportável humilhação nacional ainda não chega aos brasileiristas portadores de passaporte português. Comparando com, por exemplo, os ditames brasileiros sobre a “linguagem inclusiva”, estas orientações dos novos “servidores” do Itamaraty em Portugal deveriam ao menos fazer soar alguma espécie de sinal de alarme, algures, num campus universitário, num qualquer campanário, como toque a rebate, ou, vá lá, num dos inúmeros grupos, grupinhos e grupelhos das redes anti-sociais que se dizem “contra” o estropício.

Mas parece que nem assim. Estupro deve ser menos do que estropício. Não há vagar. Está tudo a banhos.


[Agradecimentos a Paulo Martins pelo envio da imagem que está no topo deste “post”.]