Casa da “cidadania” da língua brasileira


José Manuel Diogo

Estudou Engenharia Mecânica e é licenciado em Jornalismo, ambos pela Universidade de Coimbra. Completou o PADE, Programa de Alta Direcção de Empresas da AESE, em 2009, do qual é vice-presidente. Em 2014, fez pós-graduação em Gestão da Informação e Segurança na Escola de Gestão da Informação da Universidade Nova de Lisboa.
Tanto em Portugal como no Brasil, estabeleceu as parcerias internacionais da Global Media, trabalho foi a força motriz que levou à criação da primeira mídia global, em língua portuguesa – a Plataforma. (…)
Fundou o Instituto Cultural “Associação Portugal Brasil 200 anos” (APBRA), do qual é o presidente da direção. É ainda diretor da Câmara Luso Brasileira de Comércio e Indústria, onde dirige o comitê de Trade Finance. (…)
Desde 2018 vive quotidianamente no Brasil, onde é um dos portugueses a ter uma coluna semanal da Folha de São Paulo, às quartas-feiras. (…)
Atua, atualmente, como produtor cultural e consultor, envolvido no desenvolvimento de projetos e negócios nas áreas da cultura, comércio e tecnologia.

[Transcrição parcial (extractos) do “curriculum” publicado pelo próprio no seu “site” pessoal.
A cacografia brasileira do original não foi (deliberadamente) corrigida automaticamente,
visto ser a brasileira a língua que o senhor utiliza (não muito bem, digo eu).
Destaques, sublinhados e “links” meus. A fotografia “tipo passe”
do indivíduo é do pasquim brasileiro “Folha de S. Paulo”.]

«Portugal precisa de boa imigração e de investimento, do Brasil e dos países de língua portuguesa, da mesma forma que o Brasil e os outros países precisam de uma porta de entrada para um mercado europeu.»
«O primeiro-ministro português sabe isso e vai lutar na União Europeia por um regime especial para os cidadãos dos países de língua portuguesa, tentando aprovar – ou pelo menos permitir – a criação de uma primeira “cidadania da língua” na história universal.»
«Os dois países parecem interessados nesse movimento: a língua portuguesa sendo instrumento de cidadania. Será que a União Europeia vai permitir?»
«Portugal se apresenta cada vez mais como um Estado brasileiro na Europa.»
[post «Portugal, um Estado brasileiro na Europa»]

«Sem exageros, aplicando apenas cautelosas matemáticas, poderíamos afirmar sem medo que a “turma” que fala brasileiro nas ruas das cidades e vilas portuguesas representa hoje mais de 10% dos falantes totais.»
«A história mostrou-nos que, nas movimentações demográficas, sempre foi a hegemonia dos falantes por unidade geográfica que definiu idiomas, acentos e sotaques. A exponencialidade do aumento da “demografia brasileira” em Portugal antecipa uma nova era normativa para a língua portuguesa.»
«“O futuro da língua portuguesa e a sua grande potência é o Brasil”. Precisará de Portugal?»
[postA língua brasileira é «língua oficial de Portugal»”]

[José Manuel Diogo, Presidente da Associação Portugal Brasil 200 anos, director da Câmara Luso Brasileira de Comércio e Indústria e “curador” (?) da Casa da Cidadania da Língua]

Conforme previsto no Acordo de Mobilidade (2021), esta mais recente e alucinantemente rápida sucessão de golpadas serve apenas para que brasileiros obtenham a nacionalidade portuguesa. Uma parte ficará por cá mas a maioria poderá emigrar (com passaporte europeu, logo, livre-trânsito) para qualquer dos outros 26 países da União Europeia.
[postA lógica instrumental do #AO90″]

Casa da Escrita em Coimbra passa a ser da Cidadania da Língua sob críticas da oposição

A mudança foi concretizada após aprovação de protocolo na reunião da Câmara Municipal de Coimbra desta segunda-feira, que foi criticado pela oposição por falta de transparência no processo.

O presidente da Câmara, José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (liderada pelo PSD), esteve ausente da votação e discussão do protocolo com a Associação Portugal Brasil 200 Anos (APBRA), que rebaptiza aquele espaço municipal na Alta da cidade, por o seu irmão e antigo reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, ser um dos fundadores da instituição e, segundo o ‘site’ da mesma, presidente da mesa da assembleia geral.

Para a aprovação do protocolo, o vice-presidente do município, Francisco Veiga, teve de manifestar o voto de qualidade, face aos cinco votos contra do PS e da CDU, contra os também cinco votos favoráveis da coligação Juntos Somos Coimbra.

O protocolo determina que a APBRA, presidida por José Manuel Diogo, passa a programar aquele espaço, com o município a suportar até 75 mil euros das despesas anuais no funcionamento da Casa, sem transferência de verba directa para a associação, esclareceu, antes de se ausentar, José Manuel Silva.

Apesar de a votação sobre o acordo ter sido realizada esta segunda-feira, os vereadores receberam uma semana antes da reunião um convite, por parte do Gabinete de Protocolo da Câmara de Coimbra, para a inauguração da Casa da Cidadania da Língua, a que a agência Lusa teve acesso.

“Depois de meses sem respostas esclarecedoras, eis que somos confrontados com o convite para a inauguração da Casa da Cidadania da Língua, convite que nos chega antes da deliberação do órgão”, criticou o vereador da CDU, Francisco Queirós, recordando ainda que aquele espaço, também ainda antes da votação desta segunda-feira, já tinha ‘site’, morada e uma equipa de curadoria escolhida.

Antes da discussão, as declarações do presidente da Câmara foram “evasivas e contraditórias”, criticou Francisco Queirós, salientando que o protocolo não é apenas um “rebaptizar do espaço”, mas também uma redefinição dos seus objectivos, trocando-se uma “missão concreta” por outras onde cabem conceitos como “marca” — marca essa já cedida até à Câmara de Coimbra, notou.

Já o vereador do PS Hernâni Caniço notou que a APBRA é “uma associação recente, constituída em Novembro de 2021, menos de um mês do presidente da Câmara tomar posse no cargo”, considerando ainda que o executivo está a demitir-se de uma estratégia para a Casa da Escrita, passando-a para uma associação de direito privado.

O vice-presidente da Câmara de Coimbra, Francisco Veiga, referiu que estava a presidir à votação por haver “um potencial conflito” por o irmão do presidente da Câmara ser presidente da assembleia geral da APBRA.

“O que tenho aqui é um compromisso para 24 meses [o protocolo é para dois anos]. Deixa-me confortável”, referiu, salientando que será ele a supervisionar a execução do acordo ao longo dos 24 meses, apelando ainda à oposição que faça o seu papel de fiscalização nos próximos dois anos.

A Casa da Escrita foi inaugurada em 2010, pela mão do então presidente da Câmara, Carlos Encarnação (PSD), tendo na altura como curador o professor universitário José Carlos Seabra Pereira.

Posteriormente, já com Manuel Machado (PS) a presidir à Câmara de Coimbra, o poeta António Vilhena (que integrou as listas do PS à Assembleia Municipal nas últimas autárquicas) passou a ser o curador da Casa da Escrita, cargo do qual foi dispensado por José Manuel Silva, eleito em 2021 pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS/Nós/Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt).

[Transcrição integral. Destaques e “links” meus.
Cacografia brasileirófona da agência Brasilusa corrigida automaticamente.]

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