Dia: 13 de Dezembro, 2023

Novas ordens da União

«A decisão do STF, neste momento, não prejudica o debate sobre o tema, só define que apenas a União pode alterar as regras da Língua Portuguesa»
[jornal “Cruzeiro do Sul” (Brasil), 11 de Fevereiro de 2023]

A afirmação do Supremo Tribunal Federal brasileiro é lapidar e mais uma vez se confirma: «apenas a União pode alterar as regras da Língua Portuguesa». Referindo-se “União”, como é evidente, à designação que institucionalmente naquele país se utiliza para referir a República Federativa do Brasil. No que respeita à expressão “língua portuguesa”, na mesma frase, é igualmente evidente que se trata de apropriação abusiva da designação para fins de promoção política da língua brasileira.
[post Brasileiro foi língua líder em exame de acesso a universidades dos EUA em 2023]

  • total de caracteres: 5.535
  • total de palavras: 860
  • “linguagem simples”: 8 ocorrências
  • “fácil, facilitar, facilmente, facilitação”: 7 ocorrências

A obsessão brasileira pela “simplificação”, uma das “justificações” básicas dos acordistas para tentar impingir o #AO90 às pessoas normais, revela-se cada vez mais sistemática, repetitiva e monocórdica, como aliás é característico daquela patologia mental.

O texto seguidamente transcrito, emitido pela folha-de-couve do parlamento brasileiro, portanto oficial, governamental e institucional, acabará fatalmente, mais cedo do que tarde, por ser transposto pelas subservientes “autoridades” portuguesas para vigorar na ordem interna tuga, a começar pela administração pública, com o sistema de ensino do 28.º Estado à cabeça.

As ordens vindas de Brasília não deixam quaisquer margem para dúvidas: a língua “universau” (a que chamam “portuguesa” por motivos exclusivamente políticos) é a brasileira, logo, é deles, eles fazem com ela tudo aquilo que lhes der na real gana e, por conseguinte, ao tugazinho cabe apenas baixar as orelhinhas, amochar, obedecer.

Bem, ordens são ordens, dirão — certamente muito contentes consigo mesmos — os lacaios políticos portugueses que ofereceram de mão beijada a Língua Portuguesa ao Itamaraty.

Câmara aprova uso de linguagem simples na comunicação de órgãos públicos

Municípios com menos de 50 mil habitantes não precisarão seguir a lei se isso implicar aumento de despesas

“Câmara dos Deputados” (Brasil), 05/12/2023

Fonte: Agência Câmara de Notícias (Brasil)

A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que institui uma política nacional de linguagem simples, com procedimentos a serem adotados pelos órgãos e entidades da administração pública em suas comunicações com a população. A matéria será enviada ao Senado.

De autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), o Projeto de Lei 6256/19 foi aprovado na forma do substitutivo do deputado Pedro Campos (PSB-PE). Pelo texto, os órgãos e entidades da administração pública direta e indireta de todos os entes federativos deverão definir, depois de 90 dias da publicação da futura lei, um encarregado pelo tratamento da informação em linguagem simples.

Ele terá as atribuições de fazer o treinamento dos comunicadores do órgão sobre as técnicas da linguagem simples e supervisionar a aplicação da futura lei em seu órgão. Suas informações de contato deverão ser divulgadas preferencialmente no site do órgão.

Municípios com menos de 50 mil habitantes não precisarão seguir a lei se isso implicar aumento de despesas e a regulamentação caberá aos poderes de cada ente da federação.

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