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Reciprocidade na CPLB? “Tem, não”

Tendo em atenção os antecedentes, torna-se de novo perfeitamente clara a relação de causa e efeito entre o súbito surto de “queixas” por “xenofobia” e as consequentes “medidas” governamentais destinadas a, conforme diz a própria titular dos serviços que despacham leis, «facilitação da passagem de vistos de residência».
[A vitimização como arma política – 1]

Haverá de facto uma relação directa — ou de causa e consequência — entre a “ponte aérea” em curso e a imposição manu militari da cacografia brasileira? Haverá mesmo um nexo de causalidade, um continuum (planeado até ao mais ínfimo detalhe, será?) entre o #AO90, a invenção da CPLP (1996), o “Estatuto de Igualdade” (ano 2000) e o “Acordo de Mobilidade” de 2021?
[As “contas certas” da desinformação]

«Eles [brasileiros] vêm sem visto. Mas nós, cabo-verdianos, temos de ter visto. É um problema para chegar a Portugal.»
«A gente para vir de Cabo Verde tem de ter visto, o que é muito complicado, para a gente conseguir um visto para vir para aqui. Mas os brasileiros não! O brasileiro é só arranjar o dinheiro da passagem, compra a passagem e já vem!»
«Os brasileiros vêm sem visto para Portugal. Mas nós, os cabo-verdianos, africanos, temos de arranjar visto; e aquele visto, na nossa terra, é muito difícil; tem que pagar muito dinheiro, muito dinheiro para vir para Portugal; menos do que 700 euros não há hipótese; às vezes é mais; mais a viagem, aí uns 400 euros ou 500 ouros.» [CPLP à pressão]

Para que se entenda toda a tramóia oficialmente designada como CPLP é necessário começar pela simples constatação de um facto evidente: trata-se de uma imposição da República Federativa do Brasil a Portugal — promovida por agentes portugueses ao serviço do Itamaraty — e, por intermédio do 28.º Estado daquela federação, o mesmo draconiano “acordo” é igualmente imposto a todos os PALOP (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé) e também às ex-colónias portuguesas na Ásia (Timor-Leste, Macau, Goa). A evidência deste facto e, desde logo, o gigantismo da fraude resultam da ainda mais simples constatação de que não existe qualquer espécie de reciprocidade entre o Brasil e os outros sete Estados signatários.

Ou seja, assim como sucede quanto ao #AO90, em que 100% das alterações são imposições brasileiras, ou quanto ao “Estatuto de Igualdade” entre Portugal e Brasil, em que todos os benefícios revertem para os brasileiros, sem a mais ínfima contrapartida, e ainda quanto ao “Acordo de Mobilidade“, que funciona apenas do Brasil para os outros países e nunca o contrário, a Comunidade dos Países de Língua Brasileira (CPLB) tem de comunidade apenas a designação — serve exclusivamente os interesses brasileiros, o serôdio neo-imperialismo brasileiro, a “expansão” comercial e empresarial brasileira, a atávica brutalidade do seu putativo “gigantismo”.

Para juntar à “colecção” de exemplos já aqui publicados, ficam mais estes dois ecos da golpada de Estado: os angolanos em geral não têm direito a visto para o Brasil — nem como turistas! — e os estudantes em particular não só não têm direito a visto como, ainda por cima, têm de pagar o extraordinário favor que o Brasil lhes faz. Tudo com acréscimos, e extras e alcavalas, isto é, subornos, “conhecimentos” e máfias várias metidas ao barulho

Das entidades tuguesas, Governo, Presidência da República, Parlamento, é claro, nem uma palavra sobre isto. Não é esta “a verdade a que temos direito”.

Embaixada do Brasil diz que angolanos não devem fazer pressão para obtenção de vistos e assegura que matrículas nas universidades brasileiras não conferem direito a visto

Fernando Calueto
novojornal.co.ao, 12.09.23

A representação diplomática do Brasil em Luanda alerta ainda para o facto de os estudantes estarem matriculados e a pagarem propinas nas universidades brasileiras não lhes confere automaticamente o direito a visto.

Segundo a embaixada, os requerentes não devem exercer pressão sobre as autoridades consulares, pois entende que tal postura apenas atrasa o processo.

Em declarações ao Novo Jornal, após a manifestação dos estudantes angolanos, o embaixador do Brasil, Rafael de Mello Vidal, explicou que dois representantes dos estudantes foram recebidos por representantes do consulado, quando de repente um deles começou a gravar a conversa, facto que levou a interrupção da reunião, visto que no interior das embaixadas não se poder fotografar nem gravar áudios.

Conforme o embaixador, a Polícia Nacional só dispersou a manifestação dos estudantes porque estes bloquearam o acesso à Embaixada do Brasil. O que os estudantes negam.

Os estudantes pensam que ao serem aceites nas faculdades do Brasil, e por que pagam matrícula, têm direito automático de visto. E isto não é bem assim. Querem os vistos em tempo de iniciar aulas, mas isto demora. Muitas vezes não podem ser concedidos porque apresentam documentos fraudulentos de renda, entre outros”, explicou o diplomata.

Segundo Rafael de Mello Vidal, o processo destes estudantes vai continuar a merecer o seu tratamento normal junto da embaixada e aqueles que forem autorizados serão emitidos os vistos.

“As universidades dão matriculas para quem quiserem, mas não emitem vistos. Uma das exigências para atribuição de visto de estudante não bolseiro são as condições financeiras. E muitos não conseguem comprovar as condições de renda necessárias e outras vezes falsificam documentos e nestes casos o visto é rejeitados”, contou.

O embaixador explicou que o visto de estudante não é atribuído pela embaixada, mas sim pelas autoridades brasileiras, no Brasil, existindo vários requisitos para o efeito.

“A embaixada apenas tem competência para emitir visto de turista. Os outros são autorizados pelas autoridades migratórias do Brasil”, explicou.

Ao Novo Jornal o diplomata referiu que anualmente são mais de 600 pedidos de vistos de estudantes, e que desse número, a média de rejeição por documento irregular é de 25 por cento.

Continuam detidos alguns dos estudantes que protestaram em frente à embaixada

Apesar de maioria ter sido postos em liberdade pela Polícia Nacional na noite de segunda-feira, continuam detidos cinco dos 15 estudantes levados pelos efectivos da polícia durante a dispersão da manifestação em frente à embaixada, protagonizada por dezenas de estudantes que há meses esperam pelo visto.

Segundo os estudantes, o Consulado obrigou-os a fazerem o pagamento das propinas nas universidades onde estão inscritos, mas não há sinais da emissão dos vistos e exigem uma solução, daí a manifestação.

Ao Novo Jornal asseguram que a Polícia Nacional procedeu ainda à apreensão dos telemóveis de todos e que até agora não os entregou.

Estão a exigir que apaguemos os vídeos e as filmagens que fizemos na manifestação como condição de devolverem os telemóveis“, descreveu um estudante.

Sobre o assunto, o Novo Jornal tentou sem sucesso o contacto com o comando municipal de Luanda da Polícia Nacional.

[Transcrição integral. Destaques meus.]

Emissão de vistos para o Brasil está a demorar oito meses — Embaixada diz receber mais de 40 mil pedidos por ano e que solicitações vão continuar a demorar

Fernando Calueto
novojornal.co.ao, 15.06.23

O Consulado do Brasil, através do seu Centro de Tratamento de Vistos, pede aos utentes, que reclamem e enviem para um endereço electrónico, mas, segundo os utentes, este canal não tem surtido efeito.

A Embaixada do Brasil diz que iniciou há três meses um processo de pedido de vistos por agendamento, depois de muitas reflexões para melhorar o serviço, mas admite que este processo é demorado. E que os utentes podem esperar até seis meses. (mais…)

“Sem um tostão no bolso” e outras maçadas

  • Tendo em atenção os antecedentes, torna-se de novo perfeitamente clara a relação de causa e efeito entre o súbito surto de “queixas” por “xenofobia” e as consequentes “medidas” governamentais destinadas a, conforme diz a própria titular dos serviços que despacham leis, «facilitação da passagem de vistos de residência».
    Os “queixosos”, os que se dizem “vítimas” de “racismo” e de “xenofobia, não são angolanos, moçambicanos, guineenses, cabo-verdianos, santomenses ou timorenses; segunda, que as “razões” aduzidas pela senhora Mendes não passam de mero exercício de verborreia; a uma tão previsível colecção de chavões e expressões “consagradas pelo uso” (como previsto no acordo cacográfico) não se costuma chamar argumentação, coerência, substância, conteúdo político ou sequer honestidade intelectual.
    [
    A vitimização como arma política – 1]
  • Os acontecimentos mais recentes envolvendo diversos episódios de supostos “racismo, preconceito e xenofobia”, dos quais vão resultando cada vez mais “queixas” que os media exploram até à náusea, servem na perfeição os fins em vista, ou seja, a cada vez mais descarada discriminação selectiva (dita “positiva”, em jargão politiqueiro), privilegiando com prerrogativas exclusivas os imigrantes de uma única proveniência em detrimento de todos os outros e das suas origens geográficas, culturais e identitárias — a começar pelos próprios portugueses, aos quais tais privilégios estão também vedados.
    Estribado na pretensa língua “universau” brasileira (via AO90), o plano de erradicação da Língua e da Cultura portuguesas compreende a táctica de vitimização sistemática como forma de pressão acrescida para “agilizar” e “simplificar” — ou seja, abreviar — o esmagamento da soberania nacional. Esta táctica vai apresentando torções e contorções cada mais imaginativas e chocantemente óbvias, incluindo a vitimização por proxy e sempre contando com o precioso auxílio do chamado coitadismo militante: brasileiros queixam-se imenso de “racismo e xenofobia” e alguns portugueses correm a “solidarizar-se” com eles, coitadinhos, que são tão perseguidos, coitadinhos, e que até não são eles mesmos racistas e xenófobos nem nada, que ideia.
    [
    A vitimização como arma política – 2]
  • «O poder das palavras ainda é subestimado por muitos de nós, mas, historicamente, as palavras têm sido uma estratégia bastante eficaz para normalizar estereótipos e discursos de ódio destinados a determinados grupos de pessoas, e também para banalizar processos de exploração que foram projectos de Estado.»
    Não deve em circunstância alguma passar incólume nem esta nem qualquer outra manifestação de ódio, de xenofobia de sentido único, isto é, de lusofobia feroz (passe a redundância), de raiva alucinada contra Portugal e os portugueses. Mesmo tratando-se de um case study, algo mais calhado para profissionais de bata branca, que não seja por abstenção ou indiferença (que alguns “pacifistas” fingem ser menosprezo), que não seja pela cobardia instituída (sistemática ou esporádica, tanto faz), enfim, que não seja por falta de vergonha na cara — ao menos isso — que falte a quem escarra no nosso país uma resposta adequada… como, pelo menos, devolver aos remetentes os seus insultos. Caso alguém mais exótico pretenda adornar a devolução com um presente, então poderá embrulhar um colete-de-forças com as seguintes instruções: “depois de enfiar os braços nas mangas, peça a alguém que lhe aperte os lacinhos das costas; mas com força“.
    [
    A vitimização como arma política – 3]

Dores, dificuldades e paixão: a vida dos brasileiros em Portugal

Comunidade formada por brasileiros é a maior entre os estrangeiros que vivem no país europeu. A xenofobia é crescente, mas há muitas oportunidades para quem deseja mudar de vida
Vicente Nunes — Correspondente
www.correiobraziliense.com.br, 12.11.23

 

Lisboa — A jovem Luíza Gonçalves Cunha nem bem havia começado o curso de direito no Brasil, mas os olhos e a cabeça estavam voltados para Portugal. Era muito comum dedicar horas do dia para estudar sobre o país europeu, que, na visão dela, poderia lhe propiciar um mundo novo, cheio de oportunidades de trabalho. Ela tinha em mente, desde sempre, advogar na área de direitos humanos e entendia que, no Brasil, teria pouco sucesso. Na Europa, porém, o tema sempre foi tratado com muita relevância, sobretudo em terras lusitanas. Não demorou muito para definir onde aportaria tão logo se formasse. A cabeça estava a mil.

Pouco meses depois de pegar o diploma e de acumular algumas decepções no Brasil no mercado de trabalho, Luíza, que completará 28 anos em dezembro, fez as malas e cruzou o Atlântico em busca de seus sonhos. Ao mesmo tempo em que faria um mestrado na área que escolheu, buscaria um emprego para reforçar o orçamento. Afinal, as despesas passariam a ser em euros. Não havia porque queimar rapidamente as reservas que poupou. Logo nas primeiras entrevistas, sentiu o tamanho da barreira que teria de enfrentar.

O fato de ser mulher e brasileira jogava contra ela. Não imaginava que um país integrante da União Europeia fosse tão arraigado a preconceitos. “Ouvia falar, no Brasil, que os portugueses nos viam como prostitutas. Para mim, isso não passava de uma fábula. Mas, tão logo pisei em Portugal, vi que era realidade. Levei um susto”, conta. Luíza, porém, não se deixou intimidar. Conquistado o primeiro emprego, tratou de procurar um imóvel para alugar. Mais uma vez, pesou o fato de ser mulher e brasileira. “Infelizmente, minhas propostas não foram aceitas”, diz. O jeito foi recorrer a uma república. Ali, com jovens portugueses, tinha a certeza de que seria acolhida, sem preconceitos, sem xenofobia. Deu certo.

Poucos meses depois, o mundo de Luíza desabou. Os colegas de república, que, até então, se mostravam acolhedores, colocaram para fora o que tinham de pior. Quando descobriram que a brasileira havia conhecido o namorado dela por meio de uma rede social, o Tinder, simplesmente decidiram expulsá-la da residência. Diante da forma violenta com que foi tratada, ela foi obrigada a chamar a polícia. “Foi terrível”, afirma. Apesar do desapontamento e da raiva, a jovem, em nenhum momento, pensou em abrir mão de seus objetivos e retornar para o Brasil. “Isso não passou pela minha cabeça. Tinha uma meta e os portugueses que me trataram muito mal teriam de me engolir.”

Luíza reconhece que o primeiro ano em Portugal foi terrível, pois enfrentou todo tipo de xenofobia. Agora, dois anos e meio depois de pisar em território luso, tem a certeza de que fez a coisa certa. Não só está muito bem empregada como pesquisadora e gestora de eventos em duas associações, como reabriu o coração para as experiências que a vida lhe tem proporcionado. “Depois de tudo o que passei, me fechei completamente. Agora, estabilizada, me abri para a vida e para as relações e tenho descoberto uma nova geração de portugueses que é muito acolhedora e defensora da diversidade”, ressalta. “Vivi as dores e, agora, saboreio as delícias de ser brasileira em Portugal.

[foto]
Luíza Gonçalves Cunha, advogada, moradora de Portugal.

Saúde pesou muito

A baiana Adélia Pauferro, 47, desembarcou em Lisboa há 20 anos certa de que ficaria um tempo curto na cidade, exatamente o tempo de duração do projeto decorrente de uma parceria entre os ministérios da Educação do Brasil e de Portugal. Pedagoga, tinha se proposto a estudar o impacto da cultura popular portuguesa nos países colonizados. A pesquisa, no entanto, foi interrompida antes do tempo previsto. Mas, em vez de retornar imediatamente para Salvador, prevaleceu a vontade de ficar na cidade que a acolheu tão bem. Foi um caso de amor carregado de desafios que ela se impôs. Tinha de dar certo a decisão que havia tomado.

Nos oito primeiros anos, Adélia fez de tudo um pouco. Começou trabalhando em uma loja de acessórios indianos até se tornar representante, em Portugal, de uma empresa alemã de produtos ortopédicos. Ela se deu tão bem nesse ramo que optou por abrir a própria loja para vender essas mercadorias. A partir daí, depois de tantas conquistas, a baiana sentiu o peso de ser imigrante. Em um exame de rotina, descobriu dois tumores, um na sequência do outro. “Logo me veio o questionamento: o que vou fazer em Portugal, longe da minha família, sem recursos financeiros suficientes para um tratamento que poderia ser muito caro?” A resposta dada pelo coração dela foi clara: fique e procure ajuda. E assim se deu.

Adélia recorreu à rede pública de saúde. E, para surpresa dela, fez todo o tratamento de graça, até que os médicos lhe dissessem que ela estava curada. “Me senti aliviada e feliz por, mesmo sendo estrangeira, ter recebido toda a atenção que precisava”, assinala. Saúde estabilizada, a baiana voltou à vida normal. E veio o grande baque. O brasileiro que tinha se tornado sócio dela na loja de produtos ortopédicos deu um golpe, saqueou o negócio e ainda deixou uma penca de dívidas. “Fiquei tão estressada, que desenvolvi uma doença autoimune. Foi tão sério que precisei ser internada por quatro meses e meio. Segurei as pontas e não comuniquei nada a minha família”, relata, sem esconder a emoção.
(mais…)

‘Follow the money’

Fechou-se o círculo. Agora, sim, qualquer pessoa pode parar de fingir que ainda não tinha percebido.

À concepção inicial do plano de anexação (1986), através da imposição da língua brasileira (#AO90) a Portugal e aos PALOP, seguiu-se a criação da CPLP (1996), uma invenção integralmente brasileira; conferindo uma aparência de legalidade à ponte aérea que mais tarde teve início, foi assinado um papel baptizado como “Estatuto de Igualdade“; e para garantir que tudo funcionaria sem qualquer engulho, isto é, sem oposição, foi garantida a aprovação sistemática de todos os “acordos” e acções subsequentes (2002); depois de assegurada a aprovação parlamentar (2008) da imposição, da invenção e da aparência de legalidade, ficou por fim lavrada uma coisa a que os acordistas, brasileiristas e vendidos (passe a redundância) chamaram “Acordo de Mobilidade” (2021) — de apenas um sentido — que veio facilitar ainda mais não apenas a dita ponte aérea, como também a operação de export/import em massa de advogados, médicos, dentistas e outros contingentes de pessoal (mais ou menos) especializado, incluindo até os “Bispos” e “Pastores” das inúmeras seitas brasileiras.

Só faltava o “retoque” final, um “fórum empresarial” para “negociar” quantias equivalentes a várias TAP por ano, o que aliás era mais do que previsível. Como reiterada e persistentemente este Apartado tem referido, sempre buscando muito para além das aparências e de forma sistematicamente documentada, a finalidade subjacente às movimentações brasileiristas jamais poderia ser outra que não a de que estamos perante um caso paradigmático de… pura ganância. Ou seja, o disfarce da “língua universau“, a capa da “lusofonia“, a sanha da lusofobia, tudo isso por junto serve apenas para que uns quantos brasileiros obscenamente ricos fiquem ainda mais obscenos e que alguns traidores tugas possam torrar em “putas e vinho verde”, como disse — e bem — Jeroen Dijsselbloem, aquilo que dos brasileiros escorrer como esmola.

Uns e outros pretenderão certamente ser os mais ricos do cemitério (bem, no caso dos tugas, só se forem os mais ricos do talhão), mas aquilo que a ambos os futuros defuntos se deseja é que desfrutem do tempo que lhes resta até que, mais tarde ou mais cedo, se engasguem com a fartura.

Lula participa do Fórum Empresarial Portugal-Brasil nesta segunda

Por O Dia, 23/04/2023
economia.ig.com.br, 23.04.23

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta segunda-feira, 24, do Fórum Empresarial Portugal-Brasil: Parcerias para a Inovação. O evento tem início a partir das 10h (horário local) em Matosinhos, na região do Porto, em Portugal. Lula será recebido pelo primeiro-ministro português, António Costa. Também estarão presentes a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, e o presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto.

As atividades vão reunir cerca de 200 de empresários, metade deles de cada um dos países, que estarão reunidos em seminário empresarial, rodadas de networking e visitas técnicas.

No sábado, 22, após reunir-se com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo, em Lisboa, o presidente Lula deu o tom da importância que uma maior aproximação entre empresários brasileiros e portugueses tem para o fortalecimento das relações comerciais das duas nações.

“Temos um potencial extraordinário para dobrar o fluxo de comércio exterior entre nossos países. Podemos ser mais ousados. Permitir que nossos empresários e ministros conversem mais. Discutam mais em busca de perspectivas de futuro no financiamento de nossas indústrias e produtos. O papel de um governante é abrir as portas, mas quem sabe fazer negócio e tem competência para isso são os empresários”, afirmou Lula.

Realizado no Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEiiA), o Fórum terá a participação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), coorganizadora do evento. Na abertura, o presidente da Apex, Jorge Viana, deixará uma mensagem aos participantes, que representam setores ligados à inovação em áreas como transição energética, saúde, mobilidade, além de startups. Haverá a assinatura de um Memorando de Entendimento entre a Apex e a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

O seminário, composto por quatro painéis ligados a esses campos, abordará as possibilidades de atração de investimentos bilaterais e debaterá os potenciais a serem explorados pelos dois países. Após o seminário, os cerca de 200 empresários integrarão rodadas de networking em uma programação que ainda terá visitas técnicas a centros de desenvolvimento tecnológico e a uma empresa do país anfitrião ligada à área de mobilidade para cidades inteligentes.

A presença da Embraer no Fórum é um dos destaques do Brasil. O projeto do avião KC-390 da Embraer, que acabou incorporado à Força Aérea Portuguesa, contou com a contribuição do Centro de Engenharia e Desenvolvimento (CEiiA), o que representou um novo paradigma entre os dois países no campo da cooperação empresarial.

Os investimentos realizados pela Embraer em Portugal, na OGMA (Indústria Aeronáutica de Portugal) e em duas fábricas no Parque Industrial de Évora, alcançam US$ 500 milhões, tendo gerado por volta de 2.500 empregos diretos e sete mil empregos indiretos, além da cooperação tecnológica em uma área estratégica. Um contrato entre a Embraer e o governo português prevê a entrega de cinco aeronaves KC-390 à Força Aérea Portuguesa. Uma por ano, a partir de 2023, pelo montante de 872 milhões de euros.

Neste Fórum, representantes da Embraer apresentarão algumas de suas inovações urbanas, como o projeto do veículo voador, além do compromisso da empresa com a descarbonização e a transição energética e a promoção de temas como a mobilidade urbana e regional.

Já na área da saúde, o Fórum terá a participação da Fiocruz, que teve a cooperação estreitada com instituições portuguesas durante a pandemia e assinou novos acordos de cooperação neste sábado, durante a Cimeira Brasil – Portugal, que resultou num total de 13 instrumentos de cooperação. Já o Banco do Brasil, que também integra o evento, destacará investimentos em novas fontes de energia, com destaque para energia eólica e o hidrogênio verde, dois campos com enorme potencial brasileiro.

[Transcrição integra, sem correcção automática (jornal brasileiro).
Destaques a “bold” e a vermelho meus. Inseri “línks” internos (a verde)
com as respectivas notas/citações.]

“Do que temos mesmo pena é de não falarmos com o vosso sotaque.»
«O Brasil pode sempre contar com Portugal como verdadeiro ponta-de-lança para trabalharmos para a conclusão tão rápida quanto possível do acordo entre a União Europeia e o Mercosul. E tenho registado a grande determinação do presidente Lula da Silva em tão rapidamente quanto possível podermos chegar a este acordo.» António Costa

Governo quer fechar acordo UE-Mercosul neste semestre, diz secretário

Secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Márcio Elias Rosa está na comitiva presidencial de Lula

Por Brasil Econômico, 23/04/2023

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Márcio Elias Rosa, disse neste domingo (23) que o governo federal espera chegar a um acordo comercial com a União Europeia (UE) até o fim do semestre.

“O acordo já evoluiu bastante e a expectativa é que fecha este ano. Nosso desejo (do Brasil) é fechar neste semestre”, disse Rosa, que integra a comitiva que participa da 13ª Cúpula Luso-Brasileira.

O bloco europeu exige contrapartidas na área ambiental do governo brasileiro, mas o secretário está confiante no desfecho nos próximos meses.

“Estas exigências nas questões ambientais, dá para superar, porque são fruto do desconhecimento do que já realizamos (neste governo) em termos de legislação ambiental (…) Estas questões ambientais, eu não posso dizer que são barreiras para impedir o acordo, mas muitas vezes são barreiras alfandegárias e aduaneiras. Na proteção agrícola, muito embora seja compreensível, todos querem proteger o seu, mas isso não se justifica quando vemos os dados”, disse Rosa.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu neste sábado (22), durante viagem oficial a Portugal, a validação do acordo comercial entre União Europeia e Mercosul.

Em declaração ao lado do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, durante a 13ª Cimeira Luso-Brasileira, o chefe do Executivo ressaltou que faltam “pequenos ajustes”, mas assegurou que o tratado será concluído.

“No que depender de mim, a gente vai fazer o acordo União Europeia e Mercosul. Faltam pequenos ajustes que temos condição de fazer”, disse Lula, pedindo também a conclusão de uma “discussão mais séria” para um pacto entre UE e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“Se depender de mim, a gente vai rearticular a unidade da América do Sul, porque a gente quer provar que juntos nós somos um grande bloco econômico e juntos temos muito mais chances de negociar em igualdade de condições com a União Europeia”, destacou Lula.

[Transcrição integra, sem correcção automática (jornal brasileiro).
Destaques a “bold” e a vermelho meus. Inseri “línks” internos (a verde)
com as respectivas notas/citações.]

Follow the money” is a catchphrase popularized by the 1976 docudrama film All the President’s Men, which suggests political corruption can be brought to light by examining money transfers between parties.” [Wikipedia]

5 de “maio” de 2023 [vídeo]

«O dia foi criado em 2005 durante uma reunião em Luanda, Angola, dos ministros da cultura de sete países lusófonos». [“Wikipédjia lusôfuna“]

Este “videoclip” surge por uma série de acasos, a começar pelo simpaticíssimo convite de uma “vizinha” do Facebook e a terminar no facto de ter tido de eliminar as referências iniciais ao dito convite, porque afinal — como aliás seria mais do que expectável — as minhas “considerações” sobre esta data são tudo menos elogiosas ou laudatórias; muito pelo contrário, está bem de ver, até por uma questão de coerência: aquilo que digo no vídeo não é mais do que uma tentativa de condensação do que sempre disse por escrito aqui no Apartado (desde 2015), no “site” da ILCAO (de 2010 a 2015), no Apdeites (2008/2009) e um pouco por todo o lado (como em desacordo.wikidot.com) antes disso.

Para quem tiver a paciência suficiente para ouvir, o que a suceder será merecedor dos mais rasgados elogios, dada a minha proverbial aversão a este tipo de registo (e respectiva, desgraçada falta de jeito), irá com certeza reconhecer algumas das menções mais vezes aqui reiteradas em texto, não apenas ao 5 de “maio” como à sucessão de acontecimentos que desde 1986 têm forçado a Língua Portuguesa a aproximar-se perigosamente do linguicídio.

Uma pequena amostra dos posts referidos no “depoimento”:

[5 de Maio: dia mundial da língua brasileira] – (…) mais uma manobra de contra-informação e de intoxicação da opinião pública sobre a inacreditável farsa com que hoje em dia se designa a língua brasileira veiculada pelo “acordo”, rebaptizado como “Língua Portuguesa” — uma palhaçada nojenta.

[5 de “maio”, dia da língua de vaca (e da cultura do feijão)] – O “Dia da Língua Portuguesa (e da Cultura Lusófona)” é uma patranha inventada em 14 de Maio de 2005 pelos acordistas de serviço, portugueses e brasileiros (com a presença folclórica de representantes dos PALOP), no intuito de revestir de uma aparência “tradicional” e “histórica” a colossal manobra de genocídio linguístico (e cultural) a que alguns mafiosos chamam “acordo ortográfico”.

[Lápis azul nas redes anti-sociais] – Trata-se, portanto e em suma, de deixar a quaisquer presentes ou futuras vítimas de censura ou represália por delito de opinião algumas pistas, caso ainda acreditem que também existe disso em Portugal, para que exerçam a sua prerrogativa mais básica e inalienável — o direito de legítima defesa.

(mais…)

“Piada de português” não é lusofobia? É lá agora!

«Marcelo Rebelo de Sousa diz que tudo entre Portugal e o Brasilé um problema de família“» (BrasilLusa, 03.07.22) [Lusofobia: causa(s) e efeito(s) – 4]

A vitimização brasileiresca, cada vez mais intensa e persistente, sempre contando com bajuladores, mercenários e vendidos tugas, ameaça já tornar-se na única face visível — ou seja, na máscara preferencial — do plano de linguicídio e extermínio cultural. [A vitimização como arma política – 3]

Com tantas “piadas de português”, não admira que o brasileiro “médio” julgue que o Português é uma piada e que, portanto, o “país-continente” pode não só troçar dele alarvemente como destruí-lo por completo, substituindo-o pela sua língua “universau”.

Sejamos magnânimos, porém. Se porventura alguém souber de uma única “anedota de brasileiro” é favor enviá-la por e-mail. Deve ter imensa piada, essa raridade inexistente.

Lusofobia, artigos publicados no Apartado 53

1 – Morder a Língua
2 – O rasgão

3 – Dar a outra face?

4 – Os brasileirófilos

5 – “Bombardear Portugal”

6 – Não sabe o que é a lusofobia? Então veja os “bonecos”…

 

Um pouco da genialidade de Chico

Posted by Juliano Alves Jorge on Tuesday, March 28, 2023


  • Por que o filho do português não faz a lição de casa?
    Porque ele mora em apartamento
  • O que o general português fez quando o inimigo enviou um avião de reconhecimento?
    Mandou uma carta de agradecimento
  • Por que o português não entra no ônibus quando esta chovendo?
    Porque o limpador de para-brisa fica dizendo “não”
  • Por que o português passou o dia repetindo “quarto, cozinha, banheiro” ?
    Porque a esposa o mandou decorar a casa
  • Por que o clube português foi totalmente destruído no incêndio?
    Os bombeiros não puderam entrar pois não eram sócios
  • Por que o português foi correndo consertar a buzina do carro?
    Porque o freio não estava bom
  • Por que o português não toma leite gelado?
    Porque a vaca não cabe na geladeira
  • Por que o português usa caneta atrás da orelha?
    Pra fazer conta de cabeça
  • Como você descobre que a padaria do português foi informatizada?
    Ele irá usar um mouse atrás da orelha
  • O que o português disse quando viu uma casca de banana no chão?
    Ai Jesus, vou ter que cair de novo!
  • Porque o português balança a cabeça quando vai raciocinar?
    É pra ver se pega no tranco
  • Por que os caminhões de gás com música não deram certo em Portugal?
    Porque logo na primeira esquina a orquestra caiu do caminhão
  • Como identificar um autêntico vinho português?
    Em baixo da garrafa está escrito: “a rolha é do outro lado”
  • Por que o português não molha a cabeça quando toma banho?
    Porque ele usa xampu para cabelo seco

[“Piadas de português” (excerto)]