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A língua brasileira explicada por uma cidadã brasileira

Clarice Ribeiro
12.02.2024

NO BRASIL, FALA-SE BRASILEIRO.

Em Pindorama, o nome indígena do Brasil, falava-se 1200 línguas, essas línguas não morreram, elas resistem e existem, elas estão vivas na língua brasileira.

O brasileiro é falado no Brasil e tem status na Guiana Francesa, Paraguai, Suriname, Uruguai, Colômbia e Venezuela.

O brasileiro é uma língua que tem em sua base a herança portuguesa colonial, no entanto, tem influência de línguas indígenas, especialmente do tupi antigo. Também tem influência de línguas africanas, italianas, alemães e espanholas, sendo o galego o idioma espanhol que mais influenciou a língua brasileira.

Há várias diferenças entre o português e o brasileiro, especialmente no vocabulário, pronúncia, sintaxe e variedades vernáculas. Vários campos da pesquisa linguística já reconhecem que não há como considerar o português de Portugal e do Brasil a mesma língua, são línguas diferentes, compartilharem o mesmo nome não faz sentido.

Segundo Faraco, após a independência, no século XIX, “passou-se a viver um longo período de incertezas, titubeios e ambiguidades, sendo a língua ora designada de língua brasileira, ora de língua nacional”, em 1935 houve projeto de lei para mudar o nome da língua oficial do país para “brasileiro”, mas não foi aprovado. Em 1946, houve outro projeto, mas também não foi aprovada. É uma questão de justiça e independência, falamos brasileiro.

Fontes:

FARACO, C. A. História sociopolítica da língua portuguesa. São Paulo: Parábola Editorial, 2016.

BAGNO, Marcos. Português ou brasileiro? um convite à pesquisa. Parábola Editorial. São Paulo: 2001.

BAGNO, Marcos. Preconceito Lingüístico. São Paulo: Edições Loyola, 1999.

CIPRO NETO, Pasquale. O dia-a-dia da nossa língua. Publifolha. São Paulo: 2002.

[Transcrição integral do “post” de Clarisse Ribeiro no Facebook. Destaques e “links” meus.]


[adenda 14.02.24, 17h:15m]

Isabel A. Ferreira

Concordo plenamente, com o que se diz na publicação da Clarice Ribeiro, transcrita mais abaixo.
Basta dizer que quando o Brasil deslusitanizou a Língua Portuguesa , que era a Língua oficial desta colónia de Portugal, e a americanizaram, castelhanizaram, italianizaram, afrancesaram e a ela acrescentaram os falares indígenas africanos e brasileiros, e de outros povos que se fixaram no Brasil, ela distanciou-se substancialmente do Português, na fonologia, na ortografia, no léxico, na morfologia, na sintaxe e na semântica, deixando de ser Portuguesa e passando a ser uma Variante Brasileira do Português, que cada vez mais é apenas e unicamente Brasileira.
Aprendi a ler e a escrever no Brasil uma Língua, que quando regressei a Portugal tive de abandonar, para aprender a ler e a escrever Português. De volta ao Brasil, fui obrigada novamente a escrever Brasileiro, para continuar os estudos. E quando regressei definitivamente a Portugal , lá tive eu de abandonar o Brasileiro, para ficar com o meu Português.
Alguns editores brasileiros, para editar as obras de Saramago ou mesmo um livro que escrevi a contestar umas mentiras sobre Dom João VI, no livro 1808 de Laurentino Gomes, propuseram que fossem traduzidas para BRASILEIRO.
E dizem que a Língua Brasileira não existe?
Existe e deve ser assumida de uma vez por todas, pelo Brasil.
Um País sul-americano, com a projecção que tem no mundo, não precisa da muleta portuguesa para impor a sua própria Língua. Cabo Verde já assumiu a Língua Cabo-Verdiana, oriunda da Língua Portuguesa, tal como a Língua Brasileira é oriunda da Língua Portuguesa, que, por sua vez é oriunda do Latim.
É assim o ciclo das Línguas. Começam por ser dialectos e depois seguem o seu caminho como Línguas autónomas.
Neste momento, o Brasil NÃO tem uma Língua autónoma.
Está na hora de a ter.

[Transcrição de comentário a partilha deste artigo do Apartado 53 na rede social Facebook.
Destaques e “links” meus.
]

(≤700000)+(≤300000)+468665=1468665 (≤1 milhão e quinhentos mil)

 

Importa realçar, pela enésima vez, que isto tem absolutamente tudo a ver com o #AO90. Sem essa patranha original (aliás, inédita a nível mundial), com a subsequente invenção da CPLB (1996), mais a assinatura em segredo do “Estatuto de Igualdade” (2000) e o “Acordo de Mobilidade” de sentido único (2021), a ponte aérea actualmente em curso não seria possível. Mais do que simples relação de causa e efeito, visto que aquela foi inventada para chegar a este, aplica-se aqui, em rigor, a máxima desde sempre utilizada pelos regimes totalitários: “os fins justificam os meios”.
[“F*deu: Portugal Acabou! Vai virar Brasil”]

O tema tem sido para aqui chamado porque importa entender se existe ou não um nexo de causalidade entre o #AO90 e a “ponte aérea” a que temos assistido desde 2009 e, cada vez com mais intensidade, principalmente nos últimos cinco anos.

Pois bem, os factos falam por si mesmos, não deixando qualquer margem para dúvidas.

Sem o “acordo” de imposição da cacografia brasileira, impingida desde 1990 como “unificadora”, não teria sido inventada em 1996 a CPLP, a capa e o pretexto político para a golpada, assim como não teria sido cozinhado — às escondidas da opinião pública — o “Estatuto de Igualdade” e não teria, por fim, sido promulgado o “Acordo de Mobilidade” (2021). Isto, bem entendido, incluindo ainda alguns passos intermédios: a “Declaração de Brasília” (2002), a Resolução CPLP “3 por 8” (2002), o II Protocolo Modificativo (2004), a “ratificação” do #AO90 (Brasil-2004, São Tomé-2005, Cabo Verde-2006), a revisão dos estatutos da CPLP (2007), a RAR 35/2008 e a consequente RCM 8/2011.

Um plano de anexação bem calculado e perfeitamente executado, há que reconhecê-lo, até porque não estamos nisto a lidar com amadores. Plano este que, evidentemente, pressupõe como um dos principais objectivos a alcançar aquilo que agora podemos verificar frequentemente: a dita “ponte aérea” está mesmo em curso.

Daí necessitar a “mão invisível” que o urdiu de activar os seus pasquins avençados para as correspondentes manobras de desinformação.

Os dados que aparecem na imprensa estão sempre atrasados e são tratados “cosmeticamente”, destacando por sistema os contingentes migratórios ultra-minoritários (4,9%, 3,1%, 1,6%) para disfarçar a percentagem esmagadora de brasileiros — mais de 80% — no total de imigrantes em Portugal. Parte integrante desta estratégia de desinformação é o realce que por aí se vai dando aos crimes cometidos por asiáticos ou africanos, tema a que a extrema-direita (tão brasileirista como o centrão e a extrema-esquerda) se atira com sofreguidão sanguinária; mantendo o enfoque sobre a minoria vai dando para que ao menos não se fale da maioria esmagadora.

Além disso, os números variam de forma alucinante (e alucinada), de jornal para jornal, de entidade para entidade, entre os canais de TV ou rádio e até nas redes anti-sociais: cada qual avança os “seus” totais e percentagens, contradizendo-se entre si — por vezes, até no mesmo conteúdo, de um parágrafo para o outro — e não poucas vezes inventando de raiz cifras de tal forma absurdas que nem os próprios autores acreditam nelas. Vale tudo, em suma.

Só que, para azar das eminências pardas (e das excelências parvas), lá calha algum jornalista, ou por não ter recebido ordens a tempo ou por simplesmente lhe fugir o teclado para a verdade, ter de repente um lapsus linguae e assim estragar o arranjinho ao patronato, aos brasileiristas, aos confrades do avental e aos coroas de Escrivá.

É o (espectacular) caso deste artigo do hiper-acordista “Expresso”.

Basta saber fazer contas (de somar) de cabeça. Bem, pronto, para determinar as percentagens correctas se calhar é melhor usar a calculadora.

Então vá.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras foi extinto e deu lugar à Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), que tem tido dificuldade em dar resposta aos pedidos de autorização de residência Tiago Miranda [legenda do/no original]

Portugal tem sido capaz de integrar os imigrantes na sociedade?

O Expresso e a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) juntam-se para debater as últimas cinco décadas de democracia em Portugal. Até Março, vamos escrever (no Expresso) e falar (na SIC Notícias) sobre 10 tópicos diferentes da sociedade à economia. Em Janeiro, o foco da análise recai sobre as migrações, os desafios e as oportunidades que representa para o país

Francisco de Almeida Fernandes – Jornalista

OS FACTOS

O número de imigrantes que elegeram Portugal como destino manteve-se estável na primeira década do século XXI, que oscilou entre os 400 e 450 mil residentes no país. Porém, entre 2010 e 2015 registou-se uma ligeira redução, que viria a inverter-se a partir de 2016. Em dez anos, o número de estrangeiros a viver em território nacional quase duplicou (90%) e entre 2018 e 2019 o aumento foi de mais de 110 mil pessoas.

De acordo com os últimos dados compilados pela Pordata, Portugal tem hoje quase 800 mil estrangeiros residentes, o que equivale a 7,6% da população. Ainda assim, o país está longe de ser aquele que, na União Europeia (UE), tem maior proporção de imigrantes – ocupa o 10º lugar numa lista liderada pelo Luxemburgo (47%) e Malta (21%)

A origem dos imigrantes tem-se alterado ao longo das últimas três décadas, conforme os movimentos migratórios, mas é a comunidade brasileira que tem maior representatividade (29,3%), seguida das pessoas com origem no Reino Unido (6%) e de Cabo Verde (4.9%). No ranking das nacionalidades com mais peso na imigração, destacam-se os países dos PALOP e juntam-se, a meio da tabela, os naturais do Nepal (3,1%) e, no final da tabela, do Bangladesh (1,6%). Destaque ainda para imigrantes da Europa do Leste, representados pela Roménia (4,1%) e pela Ucrânia (3,9%). Segundo o Eurostat, 76% da população estrangeira tem origem em países fora da UE.

Há outros dados relevantes que pintam o retrato da imigração em Portugal, nomeadamente no campo da educação. Números da Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) apontam que um terço dos alunos de doutoramento no país são estrangeiros.

31%
é a percentagem de imigrantes em Portugal que se encontra em situação de pobreza ou exclusão social, segundo dados do Eurostat

 

No que diz respeito às condições de vida, os dados são claros: a população estrangeira tem maiores dificuldades económicas e situações de emprego mais precárias. Aliás, os dados disponibilizados pela Pordata a propósito do Dia Internacional dos Migrantes, que se assinalou a 18 de Dezembro, dizem mesmo que 31% dos imigrantes residentes estão em situação de pobreza ou exclusão social – acima dos 19,8% da população portuguesa, segundo números do Eurostat. Vale a pena recordar, a este propósito, os valores da pobreza em Portugal neste artigo.

Em termos de integração na sociedade, nos últimos 15 anos a nacionalidade portuguesa foi atribuída a perto de meio milhão de pessoas (468.665).

COMO CHEGÁMOS AQUI

A migração não é um tema novo para Portugal, que desde o século XV tem atravessado sucessivos movimentos migratórios, ora de emigração, ora de imigração. Pedro Góis, sociólogo na Universidade de Coimbra e especialista nesta área, compara estes fluxos a “um carrocel tipo montanha-russa, em que a emigração e imigração se cruzam nas estatísticas e na realidade” conforme os períodos económicos. “Numa primeira vaga, [o país] acolheu imigrantes da Europa do Leste, pelos anos 2000, e actualmente de países tão longínquos como o Nepal, o Bangladesh ou o Siri Lanka”, explica.
(mais…)

A violência da “influência”

“Negócios”, 16 de Junho de 2016

O abjecto naco de prosa abaixo “fotografado” e cujo texto se reproduz é mais uma das peças paridas pela agremiação comercial cuja seita dirigente foi aqui referida em ocasiões diversas.

O título desta publicação numa “rede social” diz quase tudo sobre ao que vêm estes vendilhões e, caso ainda subsistam dúvidas, basta atender à repetição obsessiva de um — já não assim tanto — estranho substantivo feminino: influência.

A óbvia “mensagem” — ou ideia peregrina — que se pretende passar com esta radical menorização do papel de Portugal, da Língua Portuguesa e da nossa Cultura, é algo deste anedótico tipo: o Brasil sempre existiu, o Brasil é brasileiro desde muito antes das invasões bárbaras que houve na “terrinha”, já havia Brasil quando um tal Pedro Álvares Cabral, no ano 1500 da nossa era, resolveu ir a banhos para uma das edílicas praias do “gigante” sul-americano. Terá sido, portanto, devido àquele turista e a outros como ele (por exemplo, um tal Pero Vaz de Caminha, que tomou umas notas sobre as férias em Vera Cruz), que a “influência” portuguesa começou a “interagir” com a milenar cultura local, e daí o cavaquinho e o batuque e o “chorinho” (e porque não o samba e o pagode?) que os tugas copiaram indecentemente “compartilhando” a excelente barulheira sob a forma de fado, uma coisinha menor e sem História alguma.

A isso se resume a “influência” portuguesa na cultura brasileira, dizem estes novos “coroné”. É no cavaquinho e é no pão, vá. Daí o “seu Manoéu” padeiro e a sua Maria “dji bigodji”, os arquétipos com que os brasileiros, na sua imensa “cultura”, fazem o favor de carinhosamente carimbar na testa os portugueses.

A “influência” de Portugal no Brasil é assim uma coisa ao nível do Líbano (Houaïss era filho de emigrantes libaneses) ou da Alemanha ou da Itália. E não passa disso. Portugal é um penduricalho, um apêndice, uma excrescência.

Portanto, tugazinhos, reduzam-se lá à vossa insignificância e rendam-se, de uma vez por todas, à “inevitável” lei do mais forte: ah, e tal, eles são 220 milhões e nós somos só 10…

Não é o que dizem? Então… pronto. Tá légau?

Câmara Portuguesa de Comércio em São Paulo

December 28, 2023 at 12:01 PM

Portugal exerceu uma enorme influência cultural no Brasil, deixando marcas em diversos aspectos da nossa nação. Algumas áreas em que podemos ver a influência de forma mais clara são a arquitectura, a música e a gastronomia.

Na arquitectura, a influência do estilo barroco português é evidente, especialmente em cidades como Olinda, Salvador e Ouro Preto. Suas igrejas e casas coloniais encantam com seus detalhes ornamentados e cores vibrantes, semelhantes à diversas edificações no Porto e em cidades do interior português.

Na gastronomia, os países compartilham gostos em comum, como o alto consumo de frutos do mar e pães. Por conta do grande consumo de pães por parte dos portugueses, a tapioca passou a ser utilizada como substituta na dieta da comunidade portuguesa na capitania hereditária de Pernambuco.

Na música também há muitas semelhanças. Um exemplo é o chorinho, que compartilha muitas características com o fado português, trocando a guitarra portuguesa por instrumentos semelhantes como o bandolim e o cavaquinho. Há artistas multiculturais que podem representar a cultura de ambos os países, como Fafá de Belém e Roberto Leal.

A influência de Portugal na cultura brasileira é uma prova viva da força dos laços históricos entre os países.

#culturaportuguesa #culturaportugal #culturabrasileira #culturabrasil #comunidadeportuguesanobrasil #portuguesesnobrasil #portugalbrasil #brasilportugal #camaraportuguesasp

[Transcrição integral de “post” (público) no Facebook.
Cacografia brasileira corrigida automaticamente. Destaques meus.
A construção frásica em língua brasileira está conforme o original.]

❤ Portugal

Dear Portugal (a love letter)

By Carl Munson – 7th December 2023
www.portugalresident.com

Photo: Helder Burato Berto/Usplash

First of all, don’t worry, this is not a ‘Dear João’ break-up letter. It’s quite the opposite. It looks like things are actually getting a bit serious and it might be time to take our relationship to the ‘next level’. At this time, when we as foreigners, immigrants, are approaching about one in 10 of the country’s total population, it seems like a good time to have ‘the talk’.

If we were breaking up, I would be saying “it’s not you, it’s me”. But the thing is, it is you. After a few years now, I can safely say it’s not infatuation. I have fallen for you.

It’s love. Not a mushy, sentimental kind of love, but more the unconditional kind, based on a growing mutual respect and a shared sense of adventure, that you know so well in your own ocean-going soul. And I hope you won’t think me foolish or impetuous as I share with you my hopes for our future together.

First of all, I want to thank you so much for the warmth, kindness and openness that makes you so attractive and special. We turned up here, often speaking your language very badly (if at all) and the first thing you did was laugh. You laughed with us, not at us, and when we made an effort, you continued to smile while sharing your words of encouragement, or should I say encorajamento?

Devagar, se faz favor,” we implore, as you compassionately stoop to our rudimentary level and respond to any effort we might make to earnestly communicate in Portuguese. That knowing twinkle in your eye means so much.

As we know, good relationships are all about ‘give and take’, and whilst road tolls and IVA might look like a lot of taking at times, you have given far more than you have asked for. In return for mostly blue-sky, heart-warming days, grandmotherly, soul-nourishing food and a grandfatherly generosity with your cheerful wines, you seem to ask for so little in return – not even thinking, like we do, in our imported, transactional way.

But this can’t continue. Courtship and honeymoons have their place in any marriage, and it’s time we settled down. Albeit whilst raising each other up in a more reciprocal arrangement, where our obvious debt can be addressed, and repaid in kind, long into our future together.

How can we repay you? Let me count some, if not ‘the’, ways …

Specifically, dear Portuguese neighbours and colleagues, your profound courteousness and goodwill never fail to inspire and comfort us. We know that we will never out-gift you materially or culturally, but at least accept our tokens of Marmite and Peanut Butter, for example, as gestures of our intent to at least slightly balance the scales of hospitality.

To the local community associations, centres of cultural happenings and you valiant Bombeiros firefighters, how can we help? Beyond chucking a few coins or notes into a bucket, buying the annually-issued calendar and turning up for events (especially where there’s food, drink and dancing, i.e., most of them!), what else can we do to show we care and love what you do?

To the dear civil servants, thank you for your forbearance and patience as we see your systems pushed to capacity by our very presence, and long-promised pay rises come to little or naught. Know that, as we sometimes seem stressed in your company, it’s more a fear of the unknown or an inability to be understood than any ill will or bad feeling on our part. Perhaps one day you will let us speak of our experiences with you, and maybe even suggest improvements from our customer point of view, that might be win-win all-round.

For you, dear politicians, it looks like it’s been a tough few years, with a hard crowd to please, and cynicism at an all-time high. Know that many of us are delighted to invest in the country you serve, pay the taxes that make your society so relatively functional, and can be a resource to your aspirations rather than a scapegoat for your failings. Who among you will be the first to reach out and harness the gifts we estrangeiros bring in terms not only of money, but also expertise and insight that might add to Portugal’s entrepreneurial and progressive aims?

Portugal, be my Inês, and I will aspire to be your Pedro (apart from the glove-kissing bit).

Remember the words of your great poet Pessoa who said: “We never love anyone. What we love is the idea we have of someone”, and that’s good enough for me. An idea that became a reality, for which I will be eternally grateful.

“Love is a fire that burns unseen, a wound that aches yet isn’t felt,” uttered your legendary Camões, who so beautifully captured the subtle but powerful patriotism of Portugal that is so endearing to the newcomers, who can share in a national pride that stops short of xenophobia.

And let’s guess that that bright star who burned too fast, Florbela, would never have imagined her words being co-opted by new arrivals that might so aptly express their love for her country:

“The love I feel for you

Is so deep and runs so true

That I even love the longing

That I feel because of you.”

Inspired by your historical greats, dear Portugal, as I stand before you, heart in hand, let me, with great respect, add an ode of my own to their enduring works:

There once was a man from UK

Who came to Portugal to stay

He liked what he saw

And wanted some more

Now ‘amo-te’ is all he can say

Carl Munson

Carl Munson is host of the Good Morning Portugal! show every weekday on YouTube and creator of www.learnaboutportugal.com, where you can learn something new about Portugal every day!


[tradução]

Querido Portugal (uma carta de amor)

Antes de mais, não se preocupem, esta não é uma carta de despedida ao “Querido João”. É exactamente o contrário. Parece que as coisas estão a ficar sérias e talvez seja altura de levar a nossa relação para o “próximo nível”.

Nesta altura, em que nós, estrangeiros, imigrantes, nos aproximamos de cerca de um em cada 10 da população total do país, parece ser uma boa altura para ter “a tal conversa”.

Se nos estivéssemos a separar, eu diria “não és tu, sou eu”. Mas o que se passa é que és tu. Depois de alguns anos, posso dizer com segurança que não é paixão. Apaixonei-me por ti.
(mais…)

O unicórnio brasileiro

A expressão utilizada pelo actual presidente (“prefeito”, em brasileiro) da Câmara Municipal de Lisboa, no passado dia 2 de Novembro, em plena Web Summit, não foi “atrair brasileiros para Lisboa”, foi “atrair brasileiros para Portugal”.

Menos de um mês após proferir a bojarda, Moedas desloca-se a Brasília para assinar um acordo de geminação entre a capital portuguesa e a capital brasileira. Fez um acordo com esta, como já existiam acordos semelhantes com as capitais dos PALOP, mas “esqueceu-se” de “atrair para Portugal” (ou para Lisboa) os cidadãos destas outras, logo, dos respectivos países. Se há acordos de geminação com Luanda, Maputo, Bissau, Praia e São Tomé, então porque não pretenderá o “prefeito” alfacinha “atrair” angolanos, moçambicanos, guineenses e santomenses “para Portugal”? Porquê só brasileiros?

Na vida de cada qual, como é do senso comum, muito raramente há coincidências. Na política, nunca.

“Atrair brasileiros para Portugal é uma das prioridades”

eco.sapo.pt, 02.11.23
“Atrair brasileiros para Portugal é uma das minhas prioridades”, diz Carlos Moedas

A fábrica de unicórnios tem previsto um programa de softlanding, visando atrair empresas a se instalar em Lisboa.

“Atrair brasileiros para Portugal é uma das minhas prioridades”, afirmou Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na conferência de imprensa, na Web Summit, depois de ser conhecida a primeira scaleup a integrar a UnicornFactory Lisboa.

“Espero que a Web Summit no Brasil ajude a atrair mais pessoas para cá e não o contrário”, disse o autarca quando questionado sobre de que modo o ecossistema de startups brasileiro poderia beneficiar da Unicorn Factory Lisboa. Esta quarta-feira a Sensei foi anunciada como a primeira scaleup a integrar o programa de scaleups, com arranque previsto para 2023.

O projecto da fábrica de unicórnios tem ainda previsto um programa de softlanding, visando atrair empresas para se instalarem em Lisboa. Para estes dois programas, a CML e os privados têm alocado um total de 8 milhões de euros.

“Lisboa tem de ser uma cidade aberta”, reforçou Moedas, que aposta no projecto da fábrica unicórnios — uma promessa eleitoral — para atrair empresas de base tecnológica de todo o mundo para a cidade, uma forma, diz, de atrair jovens e criar emprego.

“A diversidade de pessoas é o que cria inovação”, reforça.

[Transcrição integral, incluindo destaque e “link”. Cacografia brasileira corrigida automaticamente]

Moedas assina acordo de geminação entre Lisboa e a capital do Brasil

Dinheiro Vivo/Lusa
dinheirovivo.pt, 23.11.23

O acordo tem como objectivo geral cimentar relações de amizade, intercâmbio e reforçar os laços históricos e culturais.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, que está no Brasil, assina esta quinta-feira em Brasília um acordo de geminação entre as capitais portuguesa e brasileira.

Durante um jantar de comemoração dos 111 anos da Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil, em São Paulo, Moedas disse à Lusa que o acordo está inserido numa tradição que Lisboa já mantém com várias capitais de países de língua portuguesa como Luanda, Maputo, Bissau, Praia e São Tomé.

“O acordo é mais uma ligação de cidades irmãs que, Lisboa, por tradição, tem com cidades que são capitais de países de língua portuguesa. Não tínhamos isso com o Brasil e eu gostava muito de deixar essa marca (…). Por isso, assinar este acordo é muito importante”, afirmou o autarca.

O acordo de geminação entre Lisboa e Brasília, que será assinado por Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal (que detém o controlo administrativo da cidade de Brasília), tem como objectivo geral cimentar relações de amizade, intercâmbio e reforçar os laços históricos e culturais.

De acordo com dados divulgados no site da Câmara Municipal de Lisboa, os acordos de geminação também simbolizam “um reconhecimento de interesse mútuo no comércio, indústria e educação.”

A capital portuguesa já assinou 13 acordos de geminação, que incluem cidades europeias, asiáticas e africanas como Madrid, Rabat, Malaca, Macau, Budapeste e Cachéu. No Brasil, Lisboa mantém acordos de geminação com as cidades do Rio de Janeiro e Salvador.

Moedas confirmou que participou na Assembleia-Geral da União das Cidades Capitais Luso-Afro-Americo-Asiáticas (UCCLA), no âmbito de uma visita ao Brasil que começou na segunda-feira.

“Sou presidente da UCCLA, dessa união das cidades que falam português, e foi uma reunião muito boa porque conseguimos juntar muitas cidades, mais de 40 cidades, à volta da mesa, em Fortaleza [capital do estado brasileiro do Ceará], para discutir os temas da língua portuguesa e aquilo que é a capacidade que temos como cidades capitais portuguesas de sermos centros de inovação e tecnologia”, explicou.

Depois de passar por Fortaleza, Moedas participou, na terça-feira, em São Paulo, na 20ª. Assembleia Geral da União das Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI), na qual autarcas de 18 cidades decidiram que o ano de 2024 será dedicado à língua portuguesa.

“Fui eleito vice-presidente da UCCI [no biénio 2024/2025]. Foi um prazer promover um impacto maior da língua portuguesa, não só o impacto que queremos ter entre as cidades de língua portuguesa, mas também nas cidades ibero-americanas, que por tradição usavam mais a língua espanhola a do que a língua portuguesa”, avaliou.

Moedas reuniu-se ainda com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e com o vice-governador do estado de São Paulo, Felicio Ramuth.

O autarca de Lisboa lembrou que assinou, há cerca de um ano, um acordo bilateral de colaboração com a maior cidade do Brasil, que engloba parcerias e troca de experiência em várias áreas como limpeza urbana, saúde, empreendedorismo, promoção de tecnologia, gestão administrativa e intercâmbio entre funcionários públicos.

Moedas disse que outro objectivo da visita ao Brasil é promover o projecto Fábrica de Unicórnios de Lisboa, que visa atrair investimentos de grandes empresas tecnológicas à capital de Portugal.

“Conseguimos num ano atrair mais de 54 empresas tecnológicas para Lisboa, entre elas [empresas] unicórnios, ou seja, que valem mais de mil milhões de euros (…). Hoje já temos um unicórnio brasileiro na nossa cidade, com escritórios, que é a Quinto Andar”, empresa de arrendamento de imóveis, disse o autarca

“Lisboa é um centro de atracção de talentos e é uma plataforma de inovação que hoje conta na Europa. Nós estamos pré-seleccionados para ser a capital da inovação da Europa. Acredito que Lisboa pode ganhar esse prémio porque tem realmente construído um ecossistema de tecnologia e inovação único na Europa. E, portanto, estou aqui também para falar com os investidores brasileiros“, concluiu.

[Transcrição integral. Cacografia brasileira corrigida automaticamente.
Destaques e “links” meus. Imagem de topo de: “Saddlery Direct“.]