TweetDeck: Twitter+Facebook+Tools

o interface do TweetDeck

O TweetDeck é uma das (muitas) aplicações desktop (para “ambiente de trabalho”) dedicadas a quem utiliza o Twitter com frequência. A grande diferença entre esta e as aplicações similares surgiu agora mesmo, com uma nova versão que integra também as actualizações do Facebook. Ou seja, podemos assim, calmamente e sem andar a saltar páginas, “estar” no Twitter e no Facebook ao mesmo tempo.

Com ferramentas de busca e de organização muito intuitivas, incluindo “chat”, envio directo de imagens, compressão e tradução de mensagens e tendo ainda integrada a compressão automática de endereços longos, o TweetDeck será talvez a ferramenta de comunicação em redes sociais mais completa do momento.

“Download” da nova versão TweetDeck 0.24.1b AQUI. Para mais informações, consulte a página de apresentação.

Twitter com (bastante) mais do que 140 caracteres

Isto foi mais um exercício de lógica do que uma verdadeira tentativa para “estender” artificialmente o máximo de 140 caracteres permitido em cada mensagem no Twitter (ou em sistemas semelhantes).

Tratou-se apenas de juntar duas ferramentas básicas:

a) O comando “alert” (javascript), que permite visualizar mensagens enviadas a partir da linha de endereços do “browser”.
b) O serviço Tinyurl, que reduz a 25 caracteres qualquer endereço Web, por mais complexo que seja.

Sem necessidade de criação de qualquer página para alojar o texto a transmitir, esta sequência de operações muito simples permite enviar mensagens via Twitter sem o espartilho dos 140 caracteres:

1. Escrever directamente na linha de comando do “browser”, antecedendo e terminando o texto com o que se segue a vermelho: antes, javascript:alert(‘ e no fim ‘).
2. Copiar toda a linha de comando para o campo a converter, em Tinyurl, e click no botão “Make TinyURL!”.
3. Copiar o endereço gerado para pré-visualização (“Preview TinyURL”), colá-lo no espaço para mensagens do Twitter e enviar (“send” ou equivalente). Pode preceder esta TinyURL com uma mensagem curta (por exemplo, “urgente” ou o assunto do texto que irá abrir).

O conteúdo enviado por esta forma aparecerá na página de pré-visualização da TinyURL, incluindo as partes inicial e final com o comando, e em caixa de alerta (apenas o texto, sem comando) se for accionado o link “Proceed to this site”.

Claro que isto é muito mais rápido e fácil de fazer do que de explicar. E é ainda mais claro que as vantagens deste pequeno truque, em relação à alternativa (partir a mensagem grande em diversos “posts” de 140 caracteres), não são grande coisa. Mas pronto, ao menos fica a ideia… e a convicção de que, afinal, sempre se pôde ultrapassar mais um limite.

Enfim, pode ser que seja útil.

Disclaimer: esta solução é apresentada e apenas deverá ser utilizada “como está”, ou seja, sem quaisquer garantias de funcionamento ou de qualquer outro género, correndo a sua utilização por exclusiva conta e risco de quem o quiser fazer. Desconheço se existem e não me responsabilizo por quaisquer entraves que terceiros possam hipoteticamente vir a colocar em relação à sua utilização, abusiva ou não, por parte seja de quem for.

A única garantia que posso adiantar, sobre este método, é que o testei exaustivamente, com o IE7, o Firefox e o Google Chrome. E também que desta solução, por mais irrelevante que seja, ainda ninguém se tinha lembrado.

Facebook=passador?

Depois do “spyware” no Facebook, há uns dias, agora surge um “worm” de outro tipo no mesmo Facebook.

Ontem à noite, usando a janela de “chat” do FB, deparo com a seguinte mensagem: Some content in this message has been reported as abusive by Facebook users.

O conteúdo (aparentemente) “censurado” era a muito inocente expressão idiomática “gaba-te cesto“. Lançado o alerta via Twitter (com propagação automática no FB), algumas pessoas experimentaram escrever essa mesma expressão nas suas caixas de “chat” e outro tanto lhes sucedeu: foram também contempladas com a mensagem de “conteúdo abusivo”, e por conseguinte, a frase não chegava ao interlocutor.

Depois de testar dezenas de outras expressões, em Português e em Inglês, umas mais insultuosas, outras nem tanto, sempre sem qualquer resultado, e depois de verificar que o tal inocente “gaba-te cesto” tinha deixado de ser barrado, a Google deu – como de costume – conta do recado: trata-se de um “worm” do Windows chamado W32.Koobface.A. que, entre outras coisas nada engraçadas, é capaz de “raptar” a sessão (session hijacking) do utilizador no Facebook, enviando mensagens “piratas” a todos os seus “amigos” naquela rede.

A tal mensagem de “censura”, é claro, vem também como anexo deste “vírus”, de presente.

A Symantec (Norton Anti-Vírus, NAV), garante que a coisa é de baixo risco. Mas vai adiantando as formas de remoção segura deste vírus, mesmo sendo “pouco” perigoso. Para quem tiver outros programas anti-vírus (ou nenhum, porque ainda há disso), o site Precise Security providencia instruções gerais para eliminação deste “worm”.

Em conclusão: à média de um ataque generalizado por dia, ou pouco menos, o Facebook arrisca-se a ganhar a nada recomendável medalha de plataforma mais insegura (ou apetecível?) de todas as redes sociais virtuais, à escala global.

As referências técnicas (e links) neste “post” foram obtidas no blog de Chris Shiflett.

Segurança e privacidade nas “redes sociais” – Facebook

Este é um diálogo, através de “wall to wall”, entre dois utilizadores* do Facebook. Para melhor comprender a sequência, é conveniente ler as entradas de baixo para cima, seguindo a cronologia assinalada pela hora de gravação.


Catarina Campos wrote
at 2:33pm
Estive a ver. Mas é o sindroma da avestruz. Não acontece senão aos outros. as pessoas não querem saber.
João Pedro Graça wrote
at 2:29pm
Mas há tanta coisa sobre isto, valha-me Deus!

Por exemplo: http://www.thestudentroom.co.uk/showthread.php?t=793898

Uma frase: "It's just asking for child rapists."

Catarina Campos wrote
at 2:25pm
Esses avisos caem sempre em saco roto…já dei para esse peditório anos a fio nos babyblogs. Sinceramente fez-me alguma aflição aterrar aqui e ver tudo, desde os números de telemóveis até às fotos dos filhos, das tags nas pics que colocam de outras pessoas, enfim. Mas como diz o JPT (Ma-schamba), as pessoas querem ser "amadas" pelos seus perfis e mostrarem que têm vidas lindas. Enquanto é só info pessoal do próprio, pois ok, se tiver chatices, paciência, mas envolver terceiros, acho uma inconsciência.
Acho que, quanto aos tarados, a rapaziada enfia a cabeça na areia, só acontece aos outros.
João Pedro Graça wrote
at 2:19pm
Estou farto de avisar toda a gente para não colocarem demasiadas fotos (demasiadamente) pessoais (principalmente de CRIANÇAS), mas parece que está tudo muito convencido de que o FB é "seguríssimo".

Que diabo, por alguma razão a FB baniu as fotos com imagens de mulheres a amamentar! Alguém presume que não há aqui tarados, fazendo-se passar por "amigos" de não sei quem?

Catarina Campos wrote
at 2:02pm
pois…deve ter apanhado uma data de informação. este FB é uma mina de ouro, toda a gente posta tudo e mais um par de botas.
João Pedro Graça wrote
at 1:56pm
Pelo que vejo, a aplicação "Error Check System" (um "worm") já foi apagada pelo staff da FB. Espero que já tenham também começado a tapar buracos na API. A extensão de "data grabbing" desta aplicação pirata ainda é desconhecida.
Catarina Campos wrote
at 1:38pm
obrigada eu pela causa e pelo aviso ontem do bug naquela aplicação.
João Pedro Graça wrote
at 1:37pm
Obrigado pela sua (recordista) participação na causa anti-acordista.

Estes simples recados, trocados entre dois dos mais de 80.000 utilizadores portugueses do Facebook, ilustram perfeitamente alguns dos maiores riscos e perigos que vão correndo e a que se vão sujeitando todos os membros (e seus familiares e amigos), não apenas desta como de todas as chamadas “redes sociais”.

1. A propagação inopinada e involuntária de diversas formas de pirataria informática, contrafacção, disseminação de “vírus”, destruição ou perturbação de sistemas.
2. A exposição de dados pessoais, próprios e alheios, à apropriação fraudulenta e/ou para fins não autorizados ou de alguma forma inconvenientes ou prejudiciais.
3. A divulgação de fotografias pessoais (próprias ou alheias) ou, principalmente, de imagens de crianças, que poderão ser utilizadas por terceiros para a prática de diversos crimes: pedofilia, rapto, assédio, perseguição, chantagem, assassinato.

Muita gente continua a acreditar, de facto, que as coisas mais desgraçadas “só acontecem aos outros”. E é realmente muito difícil convencer alguém de que não é bem assim, e pior ainda quando se trata de meios electrónicos e de redes virtuais. A insegurança dos dados varia, como é óbvio, na razão directa da facilidade e da velocidade com que se propaga, mas nem essa evidência parece suficiente para convencer os mais incautos a munir-se de alguma precaução, mantendo níveis mínimos de privacidade.

Quando é a segurança das crianças que está em causa, não há que ter medo das palavras: as fotografias dos vossos filhos podem ser usadas por redes pedófilas, manipuladas, alteradas, passadas de mão em mão (mesmo que ou principalmente de forma virtual).

Quando se trata da nossa própria imagem, também não há que ter medo de “chamar os bois pelos nomes”: qualquer um pode usá-las como entender e para o que quiser, fazer montagens com elas, distorcê-las ou até passar a usar a nossa cara como a sua própria “identificação”.

Os nossos dados pessoais, no Facebook e nas outras redes (hi5, MySpace, etc.), constituem verdadeiras minas para uma imensa panóplia de organizações e “serviços” nada recomendáveis: spamming, tele-marketing, clubes de férias, seitas diversas (catastrofistas ou não), agências de viagens e similares, vendedores de banha da cobra e de diplomas universitários sem estudar, farmacêuticas milagrosas de medicamentos manhosos, e assim por diante, até ao infinito ou até que se esgote a imaginação dos mercados, dos mercadores e dos traficantes em geral.

Por exemplo, quando um de nós morrer (alguém acha que vai ficar por cá eternamente?), qualquer jornalista, qualquer agência funerária, qualquer simples blogger poderá escarrapachar tudo o que a respeito do falecido encontrar na respectiva página de “perfil”.

E nessa altura, escusado será lembrar, já cá não estaremos para autorizar ou proibir seja o que for. A Internet não reconhece a morte nem, por mais caprichada que esteja na redacção, consegue identificar uma simples certidão de óbito.

* A transcrição deste diálogo foi autorizada pela minha interlocutora, na ocasião.

Impressos online

IRN

Por acaso nunca lhe aconteceu ter de ir a uma repartição pública e ficar na “bicha” só para comprar um mísero impresso? Ou, pior ainda, nunca teve o azar de ficar um monte de tempo à espera apenas para perguntar no “guichet” qual é o impresso adequado para determinado fim? E nunca teve o tremendo azar de se enganar a preencher um daqueles malditos papéis cheios de letras pequeninas?

Bem, se nunca se meteu em nenhuma destas alhadas, pode considerar-se uma pessoa cheia de sorte.

Mas existe uma alternativa à tradicional via sacra das repartições, pelo menos quanto a uma boa parte das papeladas, nesta área da burocracia. O Instituto dos Registos e Notariado (IRN) disponibiliza gratuitamente os seguintes

Modelos:

Ora aqui está uma boa maneira de evitar um montão de maçadas: filas de espera, faltas desnecessárias ao serviço, deslocações repetidas, erros no preenchimento dos impressos, etc., e isto para já não falar do custo de cada um deles e das despesas e perdas de tempo que os enganos por vezes acarretam.

Pode imprimir os documentos e preencher à mão (conforme indicações) ou preencher electronicamente (no seu computador) e depois imprimir tudo na versão final; pode ainda, é claro, guardar cópias dos seus documentos e imprimir quantos exemplares quiser.

Os documentos “para efeitos de Bilhete de Identidade” são os únicos, da gama disponibilizada pelo IRN, que servem apenas para efeitos de rascunho. Neste caso, já sabendo o(s) modelo(s) necessário(s), terá de comprá-los nos serviços respectivos.

Uma vantagem acessória mas nada desprezível deste sistema, este sim, verdadeiramente “simplex”, é tornar-se possível cada qual preencher impressos de familiares ou amigos que o não possam ou não saibam fazer, limitando-se estes a ir entregá-los já preenchidos, sem necessidade de recurso a qualquer entidade estranha.

Para outros esclarecimentos, recomenda-se vivamente a leitura integral da página do IRN, sendo ainda de toda a conveniência ler as instruções específicas de cada impresso, na respectiva página para “download”.

“Dica” recebida por e-mail.

Google Chrome: 20 valores

Google Chrome

Este é o “browser” ideal para todos, desde o “geek” mais parvinho até ao maior cromo dos cromos. Aquilo instala-se sozinho, arranca sozinho, importa tudo sozinho e só não navega sozinho porque ainda não se pode ter tudo e porque não pode adivinhar onde é que a gente quer ir.

Sem complicações ou trapalhadas técnicas, o Google Chrome é muito mais rápido do que todos os outros “browsers” e promete não empancar à mínima dificuldade, o que já não é pequena vantagem em relação à (agora obsoleta) concorrência. Tem controlo de falhas incorporado, histórico visual manuseável, desmontagem de código, registo de páginas mais visitadas, além de uma série de outras ferramentas absolutamente indispensáveis para quem anda “nisto dos blogs” ou para quem simplesmente “anda nisto”. Ainda mais importante, engloba a maior parte das características dos programas de navegação concorrentes, corrigindo os erros típicos, mais conhecidos e irritantes de qualquer deles.

Não precisa de desmontar o Internet Explorer, o Opera, o Firefox ou qualquer outro programa de navegação para instalar este, que, além do mais, é comparativamente pequeno (em tamanho físico, não em capacidades).

Vale a pena pelo menos experimentar o Google Chrome (para Windows Vista/XP), mas vai ver que ao fim de cinco minutos já não quer outra coisa.

Google Chrome

Um erro infantil

RegRunUm dos maiores perigos para quem anda “nisto” dos computadores é o excesso de confiança. Uma pequena distracção e pronto, está tudo lixado.

Para um tipo com mais de 20 anos “disto”, abrir um link sem olhar para o rodapé do écrã é um erro tão estúpido quanto imperdoável; aceitar uma actualização sem primeiro ver o código ou a proveniência, bem, isso então só à estalada, como diz a outra.

Foram portanto dois erros seguidos, fatais, que aqui o vosso amigo cometeu ontem: um muito inocente e-mail da CNN com alertas de notícias recentes; nada de mais normal; recebo disso quase todos os dias, também da RTP, do Expresso, do Canal História, etc.; uns por assinatura, outros não.

Claro que aquela porcaria era tanto da CNN como eu sou adepto do FêCêPê; assim que entrei na página (alojada algures na China, claro) já o mal estava feito, mas ainda fiz pior, aceitei a instalação de um “patch” do Adobe Flash Player.

Raios. Como dizia o eloquentíssimo Capitão Haddock, com cem mil milhões de macacos! Sacripantas! Ectoplasmas! Emplastros! Sapos do deserto! Vendedores de tapetes!

Ou seja, cá estive umas horas a rezar-lhes pela pele, a esses nojentos “criadores” de vírus, e durante esse tempo todo é claro que estive também entretido a minimizar os estragos, com a preciosa ajuda do RegRun Reanimator. A porcaria do Norton IS detectou o vírus, mas não o bloqueou na origem, deixou-o autoinstalar-se e começar a tomar conta do sistema; e pago eu 9 contos por ano (45 €) por aquele tremendo barrete!

Mas enfim, isso será outra história, quando terminar a licença deste ano, terei a oportunidade de relatar aqui a minha experiência (péssima) com o “maravilhoso” Norton (anti virus & internet security).

Esta minha tremenda “distracção” tem uma atenuante – ou agravante, depende da perspectiva -, a qual consiste em estar eu a falar ao telefone, com a mão esquerda, enquanto a direita manobrava o “rato”; não olhei para o link, pronto, acabou-se.

O presente que me tocou foi o cbevtsvc.exe (+ info), uma “maravilhosa” invenção dos biltres cibernéticos, geeks de meia-tijela, cujas funções e aspirações se resumem a lixar o sistema e a paciência de qualquer pessoa: entre outras belas coisinhas, começa por dar cabo do desktop, eliminando mesmo o directório de “temas” (wallpapers, screen savers), e depois começa a tentar ligar-se a um servidor remoto; felizmente, vá lá, ao menos isso o NAV conseguiu barrar. Mas a acção deste “troiano” em particular não se fica por aí; é necessário eliminá-lo imediatamente, não fazendo mais nada com o computador entretanto; quando não, uma das acções seguintes será o dito, sacana, malvado troiano desatar a reproduzir-se… no nosso aparelho, nos outros da rede local e até em aparelhos remotos, por vias diversas.

Aquilo infecta o Registry com diversas entradas, introduz-se nas rotinas de arranque do sistema e não deixa apagar manualmente os ficheiros que grava, dos quais pelo menos três ficam visíveis. Isto entre muitas outras mafeitorias, como é evidente, se lhe dermos tempo de “vida” suficiente.

Em casa de ferreiro, espeto de pau. Está visto.

São apenas duas as regras de ouro, que aqui o vosso amigo desta vez não cumpriu, no que diz respeito a evitar vírus por e-mail:

1. Nunca abrir um link de texto ou imagem sem olhar para o rodapé (status line) e verificar o endereço real desse link. Aproxime o “rato” do link (sem click nenhum, é claro) e verá aparecer o endereço no rodapé.
2. Nunca aceitar a instalação online de qualquer programa, “patch” (remendo), versão, plugin ou similar, seja do que for, de onde e de quando for, sem ter a certeza absoluta da sua necessidade, utilidade, genuinidade e fiabilidade. Se tiver a mais ínfima dúvida ou suspeita, não deixe instalar coisa nenhuma.

E nunca por nunca atenda uma chamada enquanto abre e-mails! Ou, talvez de forma mais simpática, nunca abra e-mails enquanto atende uma chamada!

OK. Eu agora vou ali um instante espetar umas chapadas em mim próprio. Com licença.

Chapéus há muitos, sistemas também

A propósito dos recentes problemas com o Sitemeter, que bloqueou o acesso dos utilizadores do Internet Explorer aos milhões de blogs que usam aquele contador de visitas, e aproveitando em parte um comentário que deixei no blog Art&Design de Isabel Filipe, seguem-se algumas indicações que poderão ajudar a prevenir este tipo de chatices.

1. Com o serviço gratuito Browsershots, podemos ver a(s) nossa(s) página(s) com os “olhos” de diversos browsers, em ambientes Linux, Windows, Mac Os e BSD (Unix). Basta indicar o endereço do seu blog ou página e esperar uns minutos pelos resultados. Pode seleccionar todas as 61 combinações de sistema/navegador ou apenas algumas delas.

São surpreendentes as diferenças de interpretação/leitura entre os diversos binómios S.O./navegador. O serviço Browsershots mostra imagens dos resultados devolvidos por cada um deles, permitindo assim detectar incompatibilidades e problemas diversos.

Poderá guardar as imagens (snapshots) resultantes e utilizá-las, por exemplo, como logótipo do seu blog, ou simplesmente como arquivo histórico.

2. Para validar e corrigir o código (HTML, XHTML, etc.), o W3C Markup Validation Service é a ferramenta universal e indispensável. Indique o endereço que lhe interessa e obtenha rapidamente uma lista de erros, com explicações e pistas para a respectiva solução; pode parametrizar e, de certa forma, condicionar o tipo de validação

Não existem sistemas perfeitos, como não existem programas de navegação à prova de falha. O erro, neste caso, foi da Sitemeter – e a “colisão” com o IE, que paralisou durante dois ou três dias uma enormidade de blogs e sites, ficou a dever-se aos (por vezes absurdos) níveis de segurança e de (in)tolerância ao erro deste browser, relativamente aos outros.

O ideal seria optar sempre ou o mais possível por código “crossbrowser” (transparente) mas, ainda assim, nem tudo estaria previsto; não existe código de betão, geral e permanente ou perene.

3. Sem stress.

Nisto dos computadores, tudo se torna obsoleto muito rapidamente. Não adianta nada ao utilizador comum, ou seja, aos 99% de pessoas que têm blogs e navegam na Internet, tomar partido por um programa de navegação (browser) ou por um sistema operativo; pode instalar mais do que um de cada, em alegre convivência, no mesmo aparelho. Não se rale com as “bocas” pseudo-ilustradas dos “geeks” mais coloridos que por aí pululam, aqueles que juram por todos os santinhos e pela saúde de suas respeitáveis mãezinhas que o Firefox é que é o supra-sumo dos browsers e que o Linux é a fina flor, o sistema dos sistemas operativos. Em informática, toda a flor viçosa se transforma rapidamente na mais pura e fina flor do entulho; aquilo que hoje é “o máximo”, amanhã não passa de sucata.

Ter alternativas é inteligente e prudente. Mas não vale a pena entrar em pânico por coisa tão pouca. Aliás, como agora se viu de novo, há muita gente cuja profissão é resolver problemas… e não inventá-los.

ANTES DE MEXER NO “TEMPLATE” DO SEU BLOG, GUARDE UMA CÓPIA DE SEGURANÇA!

Nota: curiosamente, há muito poucas referências ao Browsershots na Web portuguesa…

e-cigarros

cigarro electrónico

Não deita fumo, não produz cinza nem sobram beatas. Não está previsto na lei – logo, é legal – e não é crível que alguém se possa chatear por ter um “fumador” destes “e-cigarros” ao lado, mesmo num restaurante apinhado de gente.

Ou seja, e isso já não é nada mau, acabou-se de vez a proibição de fumar seja onde for, mesmo nos aviões, em plena coxia, ou até numa circunspecta e grave sala de audiências de qualquer tribunal. Quanto mais não seja pela inolvidável experiência (e pelo gozo que deve dar a cara desconsolada dos antitabagistas circunstantes), valerá a pena comprar um “gadget” destes. O prazer de fumar em plenas trombas dos puritanos macabros valerá com certeza o preço (80 €) – não muito convidativo, mas vale pela “causa” de os chatear mesmo, aos tais puritanos – e, ainda que não seja exactamente a mesma coisa que fumar um verdadeiro cigarro, até pode ser que ao menos se consiga com isto evitar os efeitos colaterais da abstinência prolongada.

Esta nova engenhoca fumadora implica no imediato uma espécie de pequena revolução nos costumes: liquidado na origem o pretexto (o fumo passivo) para a proibição, será curioso verificar agora o que mais será inventado para perseguir os novíssimos e-fumadores. Tenho um palpite sobre isto, e um palpite que não é nada de difícil digestão nem requer grandes dotes de adivinhação: deparando com o e-fumo, coisa que nunca tinha passado pela cabeça do mais macabro dos fundamentalistas, aqueles que extraordinariamente se preocupam com a saúde alheia hão-de alegar que ninguém tem o direito de dar cabo da própria saúde.

Nisto, sinceramente, até estou de acordo… para variar. De facto, não me custa absolutamente nada presumir que este “fumo electrónico” poderá vir a ter, a longo ou a médio prazo, consequências muito mais perniciosas para os “fumadores” do que o tabaco propriamente dito. Existe uma reacção química, envolvendo diversas substâncias, todas elas artificiais, que injecta uma certa dose de nicotina no organismo; portanto, pelo menos em teoria, o nicotinodependente poderá aplacar momentânea e transitoriamente a sua dependência. Porém, esta invenção é ainda muito recente e não há, por conseguinte, quaisquer termos de comparação nem estudos ou estatísticas que suportem ou contradigam a sua (relativa) inocuidade. Fumar cigarros (uma invenção de finais do século XVIII) é muito mais pernicioso do que fumar por cachimbo e este muito mais perigoso para a saúde do que os charutos; tudo depende do grau de industrialização, os processos de fabrico, as transformações e os aditivos químicos por que o produto passa, desde a plantação até ao acender do fósforo, e finalmente pela forma ou pelo dispositivo que se usa para inalar (ou não) o tabaco propriamente dito.

No caso dos e-cigarros pura e simplesmente não existe tabaco algum, apenas o seu “princípio activo”, por assim dizer, a nicotina. Ora, se o hábito de fumar se resumisse à nicotina, então seria facílimo deixar de fumar – o que, como sabemos, mesmo com injecções, pensos e substitutos diversos daquela substância, é praticamente impossível.

Sem força de vontade, nada feito. Quem quer deixar de fumar, tem de ter primeiro a vontade e depois a força. Só assim conseguirá largar de vez o vício.

Mas, para quem não quer, isto é, para aqueles que nunca tentaram nem querem tentar deixar de fumar, os e-cigarros podem ser uma boa forma de contornar a legislação nacional-socialista vigente.

Uma boa alternativa para os voos intercontinentais, para as longuíssimas, compridíssimas, chatérrimas viagens por via férrea ou por estrada, e também para aqueles eventos públicos onde toda a gente, tão saudável que até enjoa, devora comida até à náusea, emborca bebidas alcoólicas até ao vómito e debita parvoíces até ao infinito.

Fumemos aquela porcaria, pois, os e-cigarros. E que se danem os e-nazis.

Este post foi também publicado no blog Baforadas.