A posição do jornal e do provedor dos leitores é um sinal claro da importância de uma correcta citação das fontes; quer a nível jornalístico quer a nível académico. O plágio é uma irregularidade que os jovens estudantes de jornalismo devem negar e combater.
Blog Comunicar
Comentários: exacto.
Chama-se Clara Barata e parece que é jornalista. Além disso, é a grande protagonista do caso mais vergonhoso da imprensa portuguesa dos últimos tempos, logo a seguir ao da Clara Pinto Correia. (…)
Blog Boblog
Comentários: exacto.
Por recomendação do Abrupto, dei de caras com este episódio de plágio ocorrido na redacção do Público. A história acabou por ter um desenvolvimento azedo, revelando a polémica acesa que a situação gerou entre Rui Araújo, actual Provedor dos Leitores do diário, e a jornalista (com responsabilidades editoriais) Clara Barata.
Nela se revela o país avesso à crítica que bem conhecemos. De admirar a atitude do Provedor, bem como a publicação online da história pelo jornal, ao revelar algo que tradicionalmente fica “entre portas”.
Recomendo vivamente que percam alguns minutos de leitura com a troca de mensagens: pelo seu carácter exemplar, vale certamente mais do que todo o conteúdo curricular de algumas das licenciaturas de Jornalismo que povoam este país.
Blog Teoria da Suspiração
Comentários: exacto.
Rogério Santos tem uma crítica ao provedor do Público que é tanto mais corajosa quanto vai contra a corrente actual denominada de “quero os escalpes desses bandidos”. (…)
Ou seja: Rui Araújo não resistiu à tentação de dar um raspanete moral através de um ditame popular automático, paternalizando a jornalista – outra atitude muito perigosa caso faça “jurisprudência”, como calculo que algumas almas já antecipam.
Apesar de achar controversas algumas das decisões de Rui Araújo, aplaudi a sua coragem, que considerei uma mais valia que a função de provedor vinha merecendo. Da mesma forma, apesar de achar positivas algumas das suas decisões, pateio a sua atitude de juiz, que considero inadequada à função de provedor do leitor.(…)
Blog pauloquerido.net
Comentários: não há nenhuma corrente actual; sou só eu mesmo quem quer o escalpe desses bandidos; isto não vai fazer jurisprudência coisa nenhuma, a não ser, talvez, e isso deve ser do seu agrado, juris-imprudência; a única alma que antecipava tal coisa era, pelos vistos, eu próprio; pateie vc. à vontade aquilo que lhe der na real gana. Já agora, só por curiosidade: a propósito do título do seu post, qual é a coisa, qual é ela, que vc. acha mais “errada”, é a verdade ou é a moral?
Nunca entrei em nenhuma redação e não tenho interesse especial em entrar. Mesmo assim, arrogo-me do direito de criticar uma jornalista que me apresenta um texto da wikipedia sem fonte. Porquê? Porque sou consumidor. Paguei para ler o Público. Nunca cozinhei num restaurante, mas protesto se o me vendem gato por lebre.
Além disso, tenho, e temos todos, interesse em que existam jornais de qualidade em Portugal e não cópias simples da Wikipedia e da Wired. Um jornal não é uma simples coisa entre o jornalista e o leitor, mas uma instituição cujos actos afectam a todos. Todos devemos manter os olhos nos jornais de referência como o fazemos em relação a outras fontes de autoridade.
O argumento de quem não sabe, cala, desculpe, caro PPM, mas é de um corporativismo inaceitável. Os bloggers que protestaram, protestam com a autoridade que lhes for dada pela opinião pública e pela direcção do Público (a que cabe sempre qualquer decisão de punir a plagiadora).
Blog Rabbit’s blog
Comentários: exacto.
O Provedor do Público mostra que começa a existir, pela primeira vez na história recente da comunicação social portuguesa, um ambiente favorável à verificação da qualidade do trabalho jornalístico. Esse controlo deve vir dos pares e dos leitores, do debate público e do trabalho científico e não de qualquer regulação imposta pelo Estado. É o debate público a solução. Felizmente os tempos mudaram e hoje começam, ainda que de modo ténue, a ver-se os resultados e acima de tudo as vantagens. No caso português dois factores foram fundamentais: o trabalho de alguns Provedores dos Leitores e os blogues. O Provedor dos Leitores do Público não caiu nem na complacência corporativa nem no receio de ser mal visto pelos jornalistas da casa.
Blog Abrupto
Comentários: exacto.
O tema do plágio suscitado no jornal Público não deve morrer na edição de ontem daquele diário. Já devia ter sido suscitado há mais tempo, mas, já que foi dado o primeiro passo, sugiro que se faça o resto do caminho. Acho de menor relevância o “caso” que levou o provedor do jornal, Rui Araújo, a dar ênfase ao problema, grave, do plágio.(…)
Blog Observatório da Imprensa
Comentários: exacto. Isto é, mais ou menos.
Há algum tempo que o provedor dos leitores do jornal Público, Rui Araújo, se vem afirmando como uma verdadeira referência do bom jornalismo, reconhecido, aliás, por um vasto sector de opinião. A sua imparcialidade na análise, a forma como não hesita em afrontar o próprio jornal em nome de princípios éticos, a independência das suas opiniões que não vacilam perante nenhuma pressão, são exemplos que podem seguir-se nas crónicas que nos deixa todos os domingos.
Na passada semana deu provimento a uma carta de um leitor que chamava a atenção para o eventual plágio da jornalista Clara Barata, editora de Ciência do jornal. É uma acusação grave que, além do mais, não parecia oferecer qualquer dúvida. Estava em causa um artigo publicado em Setembro passado, cujo texto era feito, quase em absoluto, de cópias não assinaladas da revista New Scientist, a que se juntava uma caixa que transcreve um texto da Wikipedia, igualmente sem nenhuma referência. Deve acrescentar-se que esta última transcrição foi feita de forma tão grosseira, que uma parte do texto ficou por traduzir e foi publicado em inglês.
Blog Um Prego no Sapato
Comentários: exacto. Sem desprimor para os outros, vale a pena ler o resto desta entrada. Suculenta q.b. Sem sangue, porém.
Nota: comentários da responsabilidade do Apdeites (João Pedro Graça).