1. We take responsibility for our own words and for the comments we allow on our blog.
We are committed to the “Civility Enforced” standard: we will not post unacceptable content, and we’ll delete comments that contain it.
We define unacceptable content as anything included or linked to that:
– is being used to abuse, harass, stalk, or threaten others
– is libelous, knowingly false, ad-hominem, or misrepresents another person,
– infringes upon a copyright or trademark
– violates an obligation of confidentiality
– violates the privacy of othersWe define and determine what is “unacceptable content” on a case-by-case basis, and our definitions are not limited to this list. If we delete a comment or link, we will say so and explain why. [We reserve the right to change these standards at any time with no notice.]
Este é apenas o ponto 1 (o primeiro, portanto) de uma espécie de documento que tem sido exaustivamente discutido, inclusivamente em Portugal. E é apenas o primeiro ponto que aqui cito porque, sinceramente, embatuquei logo neste, entupi, a bem dizer, e por conseguinte já nem dei grande atenção aos “mandamentos” restantes. Se isto é assim logo de entrada, teme-se o pior quanto ao resto.
Começa logo pela primeira linha: … and for the comments we allow on our blog.
Bem, ó Tim, pá, vá lá ver: isso quer dizer que temos todos de estar de guarda às nossas caixinhas de comentários, durante o tempo todo? Quer isso dizer que então ninguém pode ir de férias, por exemplo? Ou ausentar-se a gente por motivos de força maior, que sei eu, um funeral ou assim?
Um brincalhão, este Tim. É que não apenas não podemos fazer mais nada, se não estar sempre de rato pronto e engatilhado, apagando este e aquele comentário assim mais p’ró “coiso”, esquisito e tal, como – ainda por cima – somos compelidos a explicar pública e detalhadamente porque raio o apagamos, a este ou àquele: “If we delete a comment or link, we will say so and explain why.” Ah-ah-ah-ah (isto sou eu a rir, sem ofensa, é claro), ahahahahah (isto sou eu a continuar a rir, já meio zonzo e com lágrimas nos olhos), rha-ah-ah-ahahaha (aqui entramos na chamada barrigada de riso, um tipo vê-se à rasca para aguentar), hihihihi hohohoho, arf, ai, que eu arrebento, hihihi, parem lá com isso. Chuif. Ganda cromo.
Pronto. Já passou.
Então, mas serei eu porventura responsável por aquilo que se passa e se diz no elevador do meu prédio, por exemplo? Ou, quem diz elevador, diz escadas, diz pátio comum, diz garagem ou diz entrada, ou diz ainda, já agora, o passeio público em frente ao prédio?!
Se eu tiver um martelo em casa e alguém der com esse martelo na cabeça de uma pessoa qualquer, eu é que sou o responsável pela martelada? É a mim que o gajo com a cabeça partida deve vir pedir satisfações?
Indo um pouco mais longe, e apenas para demonstrar o absurdo da teoria: eu sou responsável por tudo aquilo que outrem fizer ou disser em minha casa, apenas porque a casa é minha? Ah, que giro.
Não brinquemos, ó Tim. Uma caixa de comentários é uma ferramenta que se disponibiliza, como qualquer martelo, saca-rolhas ou colher-de-pau, para quem a quiser utilizar; uma caixa de comentários (como o “chat” ou o fórum) é um espaço público no nosso domínio privado, como o elevador, o pátio ou as escadas e os corredores de um qualquer “condomínio”. É um extra, como qualquer outra ferramenta, função ou finalidade que acrescentemos às nossas páginas: valoriza o nosso espaço, e até por isso mesmo se destina a servir ou, no mínimo, a facilitar a vida aos demais, à comunidade, a quem nos visita.
Bens e espaços comuns, por definição, pertencem a todos – e a sua utilização é da responsabilidade de cada um. A responsabilidade individual não se extingue nem se transfere (por osmose?) em função dos meios e dos locais utilizados.
Assim como ninguém é obrigado a ler aquilo que escrevemos, não se pode forçar alguém a não fazer asneiras ou a não dizer disparates. A priori, de certeza – é tecnicamente impossível; a posteriori, bem, depende – pode ser que sim, pode ser que não. Depende do tempo, da disponibilidade, de estar para aí virado ou não. Mas uma coisa é certa: ninguém pode ou poderá jamais decretar aquilo que eu devo ou não devo, posso ou não posso fazer, e muito menos quando ou como, na minha própria casa. O mesmo é dizer, no meu próprio blog – o meu palacete virtual.
Minhas senhoras e meus senhores, aquilo, aquela espécie de “declaração de princípios” (virtuais), é de tal forma imbecil que, depois de passar a vontade de rir, até custa a articular as ideias. É que não tem mesmo ponta por onde se lhe pegue. Ó Tim! Ó gente!
Então? Mas esta coisa, esta parvoíce, nem merece conversa!
Nem troco. Acho que já falei de mais.
Chega.
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