Nós? Pimba!

http://abnormal.imeem.com/music/KGBfW4zb/pimba_pimba/

O Apdeites, sempre atento a tudo aquilo que possa – de alguma forma – fazer falta seja a quem for, acaba de compilar uma extensa selecção de musiquinhas, não apenas muito engraçadas e maneirinhas, como a gosto da esmagadora maioria das nossas comunidades emigrantes. A dita selecção de musiquinhas, abrilhantada por artistas de renome mundial (e não só), tão conhecidos e conhecidas como Tony Carreira e Mónica Sintra, só para dar dois exemplos, encontra-se no facílimo de decorar endereço http://apdeites.imeem.com/playlist/nXe5tGNY/, e promete alguns displicentes e descontraídos momentos de desfrute internacional. Esta nossa nova caixa de música, não por mero acaso chamada de “Comunidades“, destina-se única e exclusivamente aos mais entendidos no género, ou seja, àqueles compatriotas que – espalhados pelo mundo – se mantêm absolutamente fieis a um determinado estilo sonoro, tão próprio e sui generis.

Aquilo que está ali em cima é apenas uma amostra, singela, a faixa mais conhecida de todas (e de todos), deste mundo aparte… tão perto e tão longe, tão próximo e distante, tão sincero e ligeirinho, tão coisa e tal, em suma.

Enfim. Divirtam-se.

Glubalização *

mas... mas... mas...

Eu próprio assisti à marcação de reuniões e de viagens de negócios”, revelou ontem o Presidente da República, em conferência de imprensa, depois de terminado a segunda edição do “Conselho para a Globalização”. Um encontro que reuniu, na Penha Longa, 20 líderes empresariais de 16 países do mundo com a nata dos gestores portugueses. Os problemas da economia global estiveram no centro do debate.

DN, 29.09.07

O Diário de Notícias, que é, como sabemos, um jornal sério, diz que terminou o “segundo” Conselho para a Globalização. Em Sintra, Portugal. Com a presença de Cavaco Silva. Esse que é, nem mais nem menos, o Presidente da República Portuguesa.

Então, e não há manifestações anti-globalização? Nem um só carro destruído ou uma única montra partida? Onde param os ecologistas do costume, quando a ecologia – ou lá o que é – precisa deles?

Ao que isto chegou. Já não se fazem convicções como antigamente. Nem uns insultozinhos nem nada, caramba.

* Glub: onomatopeia geralmente utilizada para figurar o acto de engolir (em seco).

O poder da força contra a força do Poder

a revolução cor-de-açafrão

Strength does not come from physical capacity. It comes from an indomitable will.
(A força não provém da capacidade física. Provém de uma determinação inabalável.)
Mohandas K. Ghandi

Citações de Ghandi: Quotations Page.
Fotografia copiada de The Buddhist Blog.
Mais fotos em Saffron Revolution.
Notícias e fotos sobre a Birmânia (Burma, em Inglês, ou Myanmar, nome oficial do país) no site Mizzima News.

To be or not to be

Hoje em dia, há muita gente que nem sabe o vem a ser isso de “newsgroups“. Com o surgimento dos “weblogs” e com a proliferação de “fóruns” on-line, entre 2001 e 2002, estes “grupos de discussão” rapidamente perderam relevância, levando à sua rápida extinção, se bem que ainda hoje existam alguns.

É raro alguém lembrar-se sequer de procurar ali seja o que for, mas ainda lá está, nos “newsgroups”, muita coisa, muita informação. Surpresas, até. Aquilo são coisas que, de tão esquecidas, servem quase como catacumbas, vestígios arqueológicos dos primórdios da Internet, locais obscuros onde se pode fazer alguma espeleologia virtual. É preciso procurar muito, mas encontra-se sempre algo de interessante.

E foi assim, munido de cordas, capacete e picareta, revirando cacos e escolhendo fragmentos, que tropecei há dias em algumas mensagens intrigantes. O que primeiro me chamou a atenção foi um pedaço de endereço com os dizeres “gerry.mcc”. Depois de saber qual era o endereço completo(*), fui ver as mensagens daquele utilizador e de que grupos fazia parte. Logo a seguir, encontrei os mesmos nome próprio e apelido(*), mas com outro fornecedor de e-mail.

Em 1997, “ele” diz que tem 25 anos. Ora, se em 2007 tem 39, então não é ele.

Pertencia a um grupo de apreciadores dos automóveis de marca Saab, que presumo não ter muitos adeptos em Inglaterra, mas não é possível saber se ele, o próprio, teria um carro desses, em 2001.

Em Abril do ano 2000, diz que vive na zona de Woking, perto de Londres, o que fica bastante longe da residência actual, em Rothley.

Portanto, tendo em consideração estes dados, e a impossibilidade prática de os confirmar ou infirmar, será de excluir a hipótese de que este Gerry seja o mesmo Gerry de que tanto se tem falado, recentemente.

Mas não deixa de ser uma espantosa coincidência.

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é só procurar...

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(*) Para ver os endereços: quando abrir a página, introduza os caracteres de controlo e click em OK.

Não bate a Ota com a perdigota

Qual a melhor escolha para o aeroporto de Lisboa?
Answers Votes Percent
1.
Alcochete 119 22%
2.
Montijo 17 3%
3.
Ota 96 18%
4.
Portela+1 236 43%
5.
Rio Frio 14 3%
6.
Outra 8 1%
7.
Nenhuma 58 11%
Total Votes: 548

Estes são os resultados finais da pequena sondagem que o Apdeites promoveu. Esta “poll” foi criada no dia 15 de Junho e esteve online, por conseguinte, durante 96 dias.

Existe um motivo, por sinal curioso, para que a “votação” seja agora dada por concluída, quando ainda está em curso a polémica e quando estamos muito longe de conhecer uma decisão oficial sobre o assunto. Mas enfim, salvas as devidas distâncias em relação a quaisquer assuntos sérios, é necessário parar já com esta coisa: é que, praticamente desde o início, a sondagem foi sabotada.

De facto, alguém se entreteve, ao longo destes três meses, a “votar” sistematicamente na opção Ota: os endereços de IP 80.251.167.7 e 85.139.194.76, por exemplo, “votaram” dezenas de vezes na Ota. Este “votante”, militante da Ota, com endereço dinâmico mas perfeitamente localizável, fez sempre o mesmo percurso: a partir de uma instituição pública, acedia a um conhecido site especializado em pesca, fazia click no link ao Apdeites, e vinha aqui “votar” na sua muito querida Ota; mesmo depois de banidos aqueles endereços (não é fácil banir endereços dinâmicos), houve uns dias de intervalo, mas tudo voltou à mesma em pouco tempo.

Ou seja, em resumo, daqueles 96 “votos” na Ota, fazendo assim um cálculo a “olhómetro”, digamos que devem ser considerados cerca de 10%: uns 9 ou 10.

Os resultados corrigidos serão, portanto, como segue.

Qual a melhor escolha para o aeroporto de Lisboa?
Respostas Votos Percent.
1.
Alcochete 119 26%
2.
Montijo 17 4%
3.
Ota 10 2%
4.
Portela+1 236 51%
5.
Rio Frio 14 3%
6.
Outra 8 2%
7.
Nenhuma 58 13%
Total Votos: 462

Uma sondagem deste género tem a importância que tem, isto é, nenhuma, mas ainda assim poderá ser um razoável indicador de tendências na opinião pública. No caso concreto desta “poll”, não apenas ficamos com uma ideia daquilo que a generalidade das pessoas julga ser a melhor localização para o novo aeroporto de Lisboa, como ficamos também a saber o que já se sabia: a opção pela Ota é uma manobra política, com interesses obscuros subjacentes, que apenas vingará, se vingar, à custa de trampolinices e vigarices de mercenários com interesses pessoais. É essa a ilação (e a lição) óbvia a retirar do comportamento do referido “votante militante” – cuja salva de tiros, como se vê, acaba de lhe (ou lhes) sair pela culatra. E que nem “votando” todos os dias, os próprios e os seus amigos e familiares, conseguiriam “democraticamente” passar de uma irrisória, ridícula minoria.

Enfim, nada de que se não suspeitasse já, mas é engraçado ver como ainda há quem adore espalhar-se ao comprido.

Tradução técnica

Extracto de transcrição do encontro Sócrates-Bush, em 17.09.07 (ver vídeo)

(…)
PRIME MINISTER SÓCRATES: Thank you, Mr. President. It was a very sympathetic conversation with you. And thank you for the invitation and the opportunity to present to you what are the priorities for Europe in the months ahead. In particular, we had the opportunity to discuss the transatlantic relation, and importance to Europe on the relation with the United States. As a matter of fact, I don’t see any strategic question for the world that don’t demand, require the most — better relations with Europe and United States.

And thank you also for the opportunity to discuss some of our more delicate matters in the international agenda, mainly the question of Kosovo and the Middle West [sic] problem. I had the opportunity to tell the President how Europe can see with good (inaudible*) the declaration on Middle East of President Bush, the nomination of Tony Blair. And we are feeling that the peace process is moving, and it’s very good for Middle East, of course, for Europe, and for the world.
(…)
The White House, site oficial do Presidente dos Estados Unidos da América

PRIMEIRO-MINISTRO SÓCRATES: Obrigado, senhor Presidente. Foi uma conversa muito complacente(**) consigo. E obrigado pelo convite e a oportunidade para lhe apresentar quais são as prioridades da Europa nos próximos meses. Em particular, tivemos a oportunidade de discutir a relação transatlântica e importância para a Europa na relação com os Estados Unidos. De facto, não vislumbro nenhuma questão estratégica para o mundo que não exija, necessite do mais (??) melhores relações com a Europa e Estados Unidos.

E agradeço-lhe também pela oportunidade de discutir algumas das matérias mais delicadas da agenda internacional, especialmente a questão do Kosovo e o problema do Médio-Ocidente [sic]. Tive a oportunidade de dizer ao Presidente como a Europa vê com bons (inaudível*) a declaração sobre o Médio-Oriente do Presidente Bush, a nomeação de Tony Blair. E estamos a sentir que o processo de paz está em movimento, e é muito bom para o Médio-Oriente, é claro, para a Europa e para o mundo.


* A palavra que se pode ouvir na gravação é “eyes”, ou seja, “olhos”. Da expressão idiomática do Português “ver com bons olhos”.

(**) “Sympathetic” pode significar “simpático/a” (ou ainda “compreensivo/a”, “irradiando simpatia”, etc.) mas, neste contexto, com esta finalidade discursiva e com esta construção frásica, o mais comum ou aplicável seria, por exemplo, “pleasant” ou, simplesmente “nice”. No entanto, ainda assim, nenhuma dessas formas seria a mais apropriada para a circunstância. A construção teria necessariamente de ser outra.

A 1ª Emenda


https://www.youtube.com/watch?v=AnxK5S7–w8

Seis para um. Ninguém se mexe. Ninguém se levanta. Apenas uma voz se levanta. Uma voz de mulher.

Um dos polícias diz: Shut Up!!!

(This is) The End.

Info
O “taser” é uma arma de imobilização por descarga de corrente eléctrica. Cada uma destas descargas pode atingir os 50.000 volts, dependendo do modelo. Nesta gravação vídeo, são audíveis três descargas sobre o corpo de Andrew Meyer.

Já circulam inúmeras teorias da conspiração sobre o caso; há quem aplauda e ache justificada a actuação da Polícia e há quem a abomine (acabo de pôr um indicador no ar), mas talvez seja bom ouvir o depoimento de uma testemunha presencial, colega de Andrew Meyer, que fez o favor de gravar em vídeo aquilo que viu e ouviu.