Conheço alguém que conhece alguém que conhece alguém que viu o seu diploma CNO ser recusado por determinado departamento do Estado português, num simples concurso de candidatura para um emprego.
A ser verdade, e há que ter muitíssimo cuidado com o diz-que-disse, isto significa que já está a ser posto em prática o “grandioso” plano que teoricamente representariam os Centros Novas Oportunidades: quem sai daquelas verdadeiras fábricas de estatísticas de habilitações com um canudo nas mãos bem pode limpar as mãos à parede; os “diplomas” CNO não valem o papel em que estão impressos, como se vê e comprova pelo facto de o próprio Estado – a entidade emissora e o verdadeiro patrão da indústria “formativa” – não lhes conferir validade alguma, valor algum ou sequer a mais ínfima credibilidade.
Isto, a ser verdade o tal diz-que-disse.
Caso porventura não seja, se tiver neste caso havido alguma espécie de mal-entendido ou exagero, então vale a liberdade de opinião que assiste a qualquer cidadão: é uma questão de tempo até os “diplomados” pelos CNO constatarem por si mesmos que nenhuma porta se lhes abrirá – muito pelo contrário – quando exibirem uma daquelas cartolinas cheias de letrinhas elegantes e de selos muito giros.
Nem novos empregos, nem promoções, nem raspas de coisa nenhuma.
E outro tanto sucederá, muito em breve, aos “felizes contemplados” com passagens administrativas (e compulsivas) no regime de “ensino” a que se convencionou chamar “oficial”: não valerá de todo a pena exibir, numa entrevista, um diploma do Secundário com data de conclusão posterior a 2007.
E em breve também de pouco servirá ter uma licenciatura posterior a 2008… Já começaram algumas Ordens profissionais a informar que vão recusar a inscrição a quem for “licenciado bolonha”!
Nessa história do Bolonha, apesar das licenciaturas serem de 3 anos, na regulamentação há umas quantas com regulamentação especial, como por exemplo Engenharia e Psicologia.
Talvez, a inscrição na ordem esteja dependente dessas “especialidades”, talvez.