Um ano para salvar o planeta Terra
Comunidade internacional foi «advertida», na abertura da conferência sobre alterações climáticas, na Polónia
A comunidade internacional foi esta segunda-feira advertida, na abertura da conferência sobre alterações climáticas, em Poznan, oeste da Polónia, de que dispõe de um ano para se reunir e salvar o Planeta de um aquecimento fatal, escreve a Lusa.
(…)
«Continuar assim provocaria ameaças de uma intensidade nunca vista: enormes secas e inundações, ciclones devastadores, pandemias de doenças tropicais (…) e mesmo conflitos armados e migrações sem precedentes», afirmou, aconselhando os negociadores a não «cederem aos obscuros interesses privados (quando) devemos modificar o perigoso rumo que a humanidade tomou».
(…)«O tempo voa»
«Têm um ano, de agora, até Copenhaga. O tempo voa. É preciso andar a uma velocidade superior», disse, admitindo que a crise financeira vai complicar a tarefa.
«A realidade é que mobilizar os recursos financeiros à escala necessária constituirá um verdadeiro desafio», disse.
Contudo, ressalvou, esta «crise não nos deve impedir de nos comprometermos no que diz respeito ao clima ou à redução da pobreza», considerou o primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen.
«Não nos podemos permitir abrandar o passo», afirmou, por sua vez, Brice Lalonde, embaixador de França para o clima, país que detém actualmente a Presidência rotativa da União Europeia.
Agência Lusa, artigo citado em diversos jornais, publicado em IOL Diário em 01.12.08.
Portanto, um ano. Um ano é o tempo que nos resta antes de que o “aquecimento global” escavaque radicalmente o planeta.
Isto significa que, se, no próximo dia 1 de Dezembro de 2009, ainda estivermos por cá e o Tejo não tiver inundado toda a Baixa de Lisboa e toda a Linha do Estoril – pelo menos -, então afinal é porque não houve nenhuma catástrofe “derivado ao” aquecimento global.
Mas isto assim é excelente! A gente fica a saber exactamente quando é o prazo-limite (fixem: 01.12.09) e, por conseguinte, podemos agora com toda a segurança marcar aquela viagem à volta do mundo que sempre quisemos fazer, apanhar a piela mais homérica de todos os tempos, enfardar toda a “junk food” que nos apetecer ou pura e simplesmente cagar de alto e fresco para todas as dívidas, encargos e responsabilidades. Enfim, agora sim, podemos gozar à fartazana os últimos 365 dias da nossa vida. É o paradigma QQSF (quero que se foda) em todo o seu esplendor.
A sério, companheiros. Esta de os apocalipsistas nos darem um “deadline” para a coisa, precisamente porque não estava no programa e ninguém esperava, é de facto algo de extraordinário. Se calhar, os gajos que tal disseram, de tão convencidos que estão, lá se foram adiantando na bebedeira gigantesca, ou então meteram-se em substâncias mais esquisitas do que o maldito álcool, quem sabe apanharam uma “moca” tremenda, e terá sido por isso que deixaram escapar tão espantosa revelação.
Mas antes assim, realmente. Já sabemos com o que podemos contar, agora que é oficial: se ainda houver alguém à superfície da Terra a fazer palhaçadas na passagem de ano de 2009 para 2010, isso significará que Al Gore não passa de uma besta e que o “aquecimento global” é um mito mais fajuto do que o leão de Rio Maior.
Caso contrário, o que seria uma grandessíssima porra, então pelo menos cá p’ra mim não me custaria nada admitir que a besta sou eu e, outrossim, que Rio Maior é uma savana pejada de grandes felídeos.
Infelizmente, a suceder este referido caso contrário, então eu já cá não estaria para dar a mão à palmatória, porque teria sido engolido — à semelhança de “bilhões” de outros seres-humanos — pelas águas do Atlântico, isto depois, é claro, de ter sido previamente esturricado por temperaturas de 50 graus à sombra, ou mais.
Mas ainda assim, e por uma questão de hombridade, mesmo não estando cá nessa altura para reconhecer pessoalmente o erro em que incorri, dado o meu futuro triste estado de torresmo encharcado, aqui fica o pleito, por extenso e com firma reconhecida: se, por alturas do Natal de 2009, andar tudo por aí com uma caloraça que não se pode, se estiver todo o litoral português inundado ou, ao menos, aqui no meu bairro a água me chegar às canelas, eu, JPG, reconheço que Sua Excelência o Senhor Al Gore é uma esplêndida cachola e que tinha Sua Excelência carradas de razão quanto ao “aquecimento global”; mais reconheço, sem quaisquer peneiras, que não apenas aquele Senhor como todos os outros que sempre nos alertaram para os perigos do CO2 são gente podre de fixe, tudo fino e do melhorio, colocando-me por conseguinte eu próprio na categoria de besta quadrada, teimoso empedernido, enfim, sou, ao contrário daquelas sumidades, um gajo do piorio. Desejo, profunda e sinceramente, que Deus lhes dê saúde e lhes reserve uns lugarzinhos altos e a seco, preservando-os por merecida excepção da catástrofe que tão altruística e argutamente previram.
E ainda, por minha fé, em realmente caindo por aí uma chuvada tesa e uma torreira insuportável, em sequência ou em alternativa, juro nem no Além tornar a chamar-lhes nomes, vigaristas, mentecaptos, cretinos ou assim.
So help me God, como diz o outro.
Pois…. os insectos já os temos em altos cargos, agora só falta mesmo o dilúvio! 😀