Caravela

Quando eu fui peixe
Sonhava sem limites a existência

Quando eu fui pássaro
Sonhava em liberdade o infinito

Quando eu fui sapo
Defendia, gingando, o meu espaço

Quando eu fui borboleta
Saltitava, entontecida, de flor em flor

Hoje, os anos vão perdendo os rios
que não vivi

os beijos que ficaram por trocar

os sonhos que não soube celebrar

os versos que rasguei e que perdi.

Alda Queirós, 7 de Agosto de 2009

Parabéns, Mãe, pelo seu 82.º aniversário.

Um comentário em “Caravela”

  1. de facto o espirito n tem idade – é sempre jovem – renovado – é bonito ver que a criança (em algumas pessoas) nunca deixa de existir e de se surpreender.

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