Cem comentários

A chico espertice geral

Quarta-feira, Maio 23, 2007
Copiar é o nosso destino. Somos um povo de copistas de ideias alheias. Porém, creio que houve alturas em que não copiamos tanto e tenho saudades desse tempo, por esse motivo e porque nos devolve a memória de uma dignidade que já não temos.
Copiamos desgraçadamente em tudo e em todo o lado. Fazêmo-lo ainda com a desfaçatez da impunidade, porque quem copia sai sempre beneficiado. A cópia ri-se do original. E os basbaques complacentes, aplaudem.

No Google, procurei o sítio original onde terá vindo a mostra da cópia do genérico do Diz que é uma espécie de magazine, dos Gato Fedorento, a última mostra da nossa capacidade de copianço à larga e sem vergonha.
Fui dar aqui. O post é de 17 de Maio do corrente ano. No entanto, alguém deu por ela, no mesmo dia, mas nada disse do sítio onde viu primeiro e até mostrou admiração pela descoberta!! Outros seguiram e fizeram o mesmo. Apresentaram a “novidade” como descoberta própria, sem citar o descobridor. É assim, em Portugal, por isso não admira que tenhamos um primeiro ministro como temos e o país que temos: uma sítio de chicos espertos e pouco mais.

Transcrição integral de post do blog Grande Loja do Queijo Limiano

Notas, em 25 de Maio, às 16:00 horas
Entretanto, desde que o vizinho da Grande Loja publicou o post acima, em dois diazinhos apenas, já inúmeros bloggers “descobriram” a extraordinária novidade.
Uns escandalizam-se, por isto e por aquilo, principalmente por aquilo, outros nem por isso, e há ainda outros que não só mas também; porém, todos, mas absolutamente todos, se “esquecem” sistematicamente de referir de onde lhes chegou tão espantosa “cacha”; que se saiba, o primeiro blog a tocar no assunto foi o Chuinga.L, conforme aqui referido no passado dia 17.
Estamos, portanto, perante mais um caso paradigmático de síndroma copista aguda, aquele fenómeno blogsférico que se poderia talvez designar por esquecimento patológico ou, em linguagem corrente, a mania do “varreu-se-me completamente, faz de conta que fui eu”.