Avis(ar) a malta

From: João Adélio M. Trocado Moreira [mailto:joao.adelio@mail.telepac.pt]
Sent: sábado, 3 de Novembro de 2007 13:53
To: João Adélio M. Trocado Moreira
Subject: Ajudem os habitantes de Avis – 2 de Novembro de 2007 – segundo crash da Internet que já dura há 3 dias…

(Nota: Peço desculpa pelo segundo envio, mas a situação torna-se intolerável.)

Apelo

Este mail é enviado (se chegar ao destino) de uma pequena comunidade rural do Alto Alentejo – vila e concelho de Avis, a sede com cerca de 2 000 habitantes, para muitos dos quais a Internet é um meio de comunicação por excelência, quer nas suas vertentes de lazer, profissional ou de serviço público.

A grande empresa que é a Telepac, com o SAPO, desde início de Outubro que mantém o serviço de Internet inoperacional ou melhor com uma operacionalidade que poderá rondar os 10%. Não será por negligência, nem por incúria, mas por certo, por desrespeito para com o interior do país, onde apenas existem centenas de assinantes e não milhares ou milhões como nas grandes cidades.

O subscritor, que trocou a cidade pelo campo há mais de 25 anos, e todos os outros habitantes de Avis, têm com a Internet, a vida ao seu lado.

Por favor, ajude-nos a que este apelo chegue aos ouvidos dos administradores da TELEPAC e ultrapasse a barreira do Call Center, verdadeiro empecilho quando o problema é regional e não localizado na nossa mesa de trabalho.

João Adélio Marinho Trocado Moreira (joao.adelio@mail.telepac.pt)

Médico de família e director do Centro de Saúde de Avis

P.S.
Podem ser acrescentados subscritores, se o desejarem.

P.S.
O objectivo é reenviarem para toda a lista de contactos, sempre em Bcc para que os endereços de e-mail não sejam usados para fins obscuros.

Via blog Médico Explica Medicina a Intelectuais


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O Artigo 30

«Artigo 30.º do Código Penal: na redacção da PPL 98/X (tendo sido inicialmente proposta oralmente pelo PS a eliminação do inciso final “salvo tratando-se da mesma vítima”, proposta que foi subsequentemente retirada, mantendo-se o texto da Proposta de Lei) – aprovado, com votos a favor do PS e contra do PSD, PCP, CDS/PP, BE e PEV; ficou prejudicada a votação da norma correspondente do PJL 353/X (BE);»

Excerto de texto em formato “.doc” (Word), da COMISSÃO DE ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS, DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS, ACTA N.º 73/X/2.ª, disponível no site da Assembleia da República.

Declinação de responsabilidade
Esta transcrição, sendo parcial e referindo-se a conteúdo já publicado em diversos órgãos de comunicação social convencionais e em alguns blogs portugueses, no todo ou em parte, não deve ser entendida nem pode ser considerada como publicação do conteúdo de uma acta da COMISSÃO DE ASSUNTOS CONSTITUCIONAIS, DIREITOS, LIBERDADES E GARANTIAS.
O Apdeites, enquanto ferramenta de ajuda aos bloggers nacionais, limita-se neste caso a parcialmente transcrever um conteúdo disponível na Internet, com o intuito de o tornar acessível ao maior número possível de utilizadores, referindo, como sempre o faz, a respectiva fonte (através de motor de busca interno do site da A.R.).
O facto de um documento, seja ele qual for, estar disponível na Internet, pressupõe a aceitação tácita da sua consulta, por parte da pessoa ou da entidade que o disponibilizou para o efeito. Caso se verifique, posteriormente, ter ocorrido um lapso naquela publicação, por parte dos responsáveis pelo site da A.R., e se para tal houver solicitação desses mesmos responsáveis, o conteúdo deste post será retirado.

Nota: ver notícia do DN sobre este assunto, citada no site do SMMP.

Por uma blogosfera arrojada

Vai por aí um chinfrim dos diabos. Um tal Pedro Arroja, do qual, por acaso, já muito tinha ouvido falar e absolutamente nada tinha lido, deu-se à maçada de presentear a humanidade com a sua verve (ou lá o que é).

Diz ele, entre outro palavreado de pretenso fino recorte, que

foi na Península Ibérica que os judeus foram melhor acolhidos e tratados ao longo de toda a sua longa história, por entre os múltiplos povos e lugares em que viveram. É claro que, mesmo aqui, acabaram por dar motivos para serem expulsos, primeiro de Espanha (1492), e depois de Portugal (1521). Mas isso foi o que eles fizeram em todos os países que os receberam durante a sua história de milénios. E que voltam agora a fazer em Espanha, mais de cinco séculos depois. Está-lhes literalmente na massa do sangue.

Lindo. Caiu-lhe o Carmo e a Trindade em cima, porrada da grossa, toda a gente a querer molhar a sopa em tão suculentos lombos, enfim, a coisa caiu que nem ginjas para quem aprecia polémicas finas.

Ora, a mim quer-me parecer que a coisa até não está assim tão mal escrita. Vá lá, esperava bem pior; a avaliar pela fama que precedia semelhante figurinha, está certo que bem melhor estaria se tivesse continuado a não lhe ler coisa nenhuma, mas pronto, assim ficamos esclarecidos: se aquilo é Português, eu vou ali e já venho.

Já vim. Ó caros, mas afinal qual é o problema? Então não é verdade que foi na Península Ibérica o sítio onde “os judeus” foram melhor acolhidos e tratados? Aliás, a dita península é famosa pela forma como trata e acolhe toda a gente, sempre assim foi e sempre assim será, até porque isso está na massa do sangue dos povos ibéricos. Pois não? E não é igualmente inegável que os mesmos “judeus” acabaram por dar motivos para serem expulsos, primeiro de Espanha (1492) e depois de Portugal (1521)? Ora vejamos: foi ou não foi rigorosamente assim? Então? Pois não é isso, andar por aí a expulsar as pessoas, uma característica ibérica, uma idiossincrasia própria dos portugueses e dos espanhóis? Não somos nós conhecidos precisamente por esta espécie de dicotomia, este acolhe e expulsa, este recebe e emponta, este contraditório e maniento hábito de muito bem receber e de melhor ainda pôr no olho da rua? Também isso nos está na massa do sangue, é o que é.

Ora, ora, essas coisas não interessam para nada. Nem vejo, sinceramente, onde é que está o motivo para tanto escândalo. O tal Arroja não estaria lá nos seus dias, por certo, mas enfim, releve-se a frasezinha mal construída, a putativa baralhação das ideias e tudo isso. O estilo é pobrezito, a redacção – sejamos condescendentes – estrondosamente primária, e tal, mas o importante é que a mensagem, seja ela qual for, realmente passou: qualquer um pode escrever aquilo que lhe der na bolha, nesta coisa dos blogs, sem que absolutamente nada de mais desagradável lhe possa suceder. Desde que, evidentemente, esse qualquer um não seja um qualquer. Note-se que a matéria de facto, jurídica e tudo, naquele post em particular, prefigura manifestação e difusão de ideias racistas e xenófobas, e nem por isso as autoridades – sempre atentas à menor mijadela fora do penico, em se tratando de mijão anónimo ou mesmo de irrelevante cagão – se chatearam um bocadinho com o assunto.

Fosse um outro idiota qualquer a publicar as mesmíssimas coisas, num dos milhares de blogs virtualmente anónimos que por aí fervilham, e por certo o gajo já estaria neste preciso momento com um processo às costas ou, quem sabe, devidamente engavetado para averiguações e apuramento de responsabilidades.

Assim, não. Como não é um palerma qualquer quem debitou aquelas palermices todas, é este, é o tal Pedro Nãoseidasquantas, esse Pedro que arroja pedras, bom, assim sendo não lhe sucede nada de chato (1), pelo contrário, à conta disso muito mais gente agora o conhece, e lê, e discute, e apoia, e até ataca. Um mimo.

Pois. Também isso nos está na massa do sangue: adoramos a nossa polemicazinha (2), idolatramos os nossos palerminhas, bebemos-lhes devotamente todas as enormidades. Seremos, porventura, uma cambada de necrófagos que adoram matéria escrita pútrida e em decomposição. Já não é apenas de massa de sangue que se trata, portanto; é também de veias, e órgãos e músculos e esqueleto. É dessa massa que somos feitos. Todos.

(1) A Blogger prevê o incitamento ao ódio, com base em raça, religião, etc., como motivo suficiente para o cancelamento de uma conta de utilizador. Até existe, em Portugal, um impresso para bufar situações destas.
(2) Sobre a questão ortográfica, essa sim, séria, da acentuação em étimos com sufixação em zinho e em mente, leia-se este excelente post do blog Língua à Portuguesa.

Categorias e tags nos modelos Blogger Classic

Vamos supor que, por qualquer razão, não lhe interessa “emigrar” para o “novo” Blogger. Tem o seu template à moda antiga, todo artilhado ou sem artilharia nenhuma, gosta dele como está e não quer meter-se em chatices, ter de alterar e corrigir tudo outra vez. Por outro lado, como saberá, apenas no “novo” Blogger é possível atribuir “tags” (etiquetas) aos posts e, assim, criar categorias, ou seja, dividir o seu blog por assuntos.

Então, como introduzir categorias no seu blog sem ter de “emigrar” para o novo modelo?

É muito simples. Vamos, para já assumir que todos os termos “categoria”, “etiqueta”, “tag” e “label” são uma e a mesma coisa; porque são, de facto, em termos práticos e em termos técnicos, se não quisermos baralhar as pessoas.

Portanto, siga.

Primeiro, sem mudar absolutamente nada, vamos atribuir “tags” a todos ou a apenas alguns posts.

1. Entre na sua conta de utilizador Blogger e seleccione o blog.
2. Em Painel de Controlo, siga as opções Envio de mensagens / Editar mensagens.
3. Assinale um post (ou diversos) aos quais irá atribuir uma “tag” (etiqueta).
4. Na caixa Acções de etiquetas, seleccione a opção Nova etiqueta.
5. Escreva a designação da etiqueta (categoria) e click em OK.
6. Repita o processo para criar novas etiquetas e atribuí-las a outros posts (ou aos mesmos).

O software “proprietário” (próprio) da Blogger irá introduzir automaticamente, no fim de cada post, a tag ou as tags criadas e respectivamente atribuídas.

Para criar uma lista de categorias, utilizando as etiquetas criadas, copie e cole no seu template (em princípio, numa barra lateral) o código que se segue.

Substituir “TagX” pela respectiva categoria/tag/label, em cada linha (duas vezes, uma no código do link, a outra no texto do link).

Para cada nova categoria criada, copiar uma das linhas existentes e adaptar em conformidade. Não existe código específico para inserção automática das categorias, nos templates Blogger Classic (os tais modelos “antigos”).

Claro que esta é mais uma daquelas coisas que são muito mais fáceis de fazer do que de explicar. Se porventura não entendeu bem a coisa, experimente reler este post. Vai ver que não custa nada.