LCANAUExpresso300310

1.«O catedrático que se jubilou em 2006 historia as divergências ortográficas entre Portugal e o Brasil desde o final do século XIX, quando, inspiradas em José de Alencar, algumas correntes de intelectuais defenderam, sem sucesso, a criação de uma língua brasileira: os acordos de 1911 (“foi feito à revelia do Brasil“), 1931 (“a primeira grande tentativa de uniformização”), 1943, 1945 (“quando se tentou convencer os brasileiros a reintroduzir as consoantes mudas, que tinham sido abolidas por necessidades de alfabetização”), 1975, 1986 (“quando se pretendeu uma reunificação completa da ortografia”).»

Malaca Casteleiro, académico português
[citação de http://www.dn.pt/gente/interior.aspx?content_id=1465295]

2. «Curiosamente, a despeito das inúmeras críticas que a reforma portuguesa recebera no Brasil, sua aceitação acabou sendo até maior do que aquela anteriormente realizada pelos acadêmicos brasileiros, pelo menos nos primeiros anos subseqüentes à mesma: em 1915, por exemplo, a própria Academia Brasileira de Letras acabaria aceitando um parecer de Silva Ramos (julho) que tornava oficial o sistema ortográfico lusitano, eliminando todas as divergências ortográficas entre Brasil e Portugal (novembro), apesar de que quatro anos depois (1919), a mesma academia voltaria atrás, renegando a proposta de Silva Ramos e abolindo a resolução de 1915.
O amor-próprio e o sentimento nacional brasileiros parecem ter, no final das contas, prevalecido.
»

Maurício Silva, ‘acadêmico’ brasileiro
[citação de http://www.filologia.org.br/revista/artigo/5(15)58-67.html]

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[Imagem de Luís Canau.]

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