Pois é! A bandeira içada ao contrário no 5 de Outubro já nos devia ter alertado para a nossa situação: estamos ocupados, invadidos, subjugados, no nosso próprio território! E a língua de Portugal, a começar pela sua ortografia, está agora à mercê das decisões negociadas e impostas de fora, para servir interesses alheios, com a conivência do poder político nacional, que entende não ter que dar satisfações aos cidadãos eleitores.
Dou a palavra ao linguista brasileiro Carlos Alberto Faraco: «Na ótica diplomática brasileira, a CPLP representa basicamente uma opção estratégica para articular, com base na língua comum, uma cooperação Sul-Sul (Brasil-Países africanos de língua oficial portuguesa-Timor) com a vantagem de ter um pé na União Europeia (Portugal)». Citado por Ivo Castro, que acrescenta este comentário:«Compreende-se o incómodo que pode causar, neste quadro, o nosso país aspirar a papel mais elevado que aquele que tão anatomicamente lhe é atribuído.»

«Felizmente, há ainda muita gente com inteligência, cultura e coluna vertebral em Portugal.» E com coragem para denunciar publicamente esta traição!