ILC contra o Acordo Ortográfico

(site original, 2010-2015)

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TshirtFVistaPrintQuando abracei a causa anti acordo, subscrevendo a ILC, divulgando-a e recolhendo outras subscrições – não estava à espera do que me estava reservado. Sendo uma causa nacional e tendo eu a noção exacta de que a vastíssima maioria da população era (é) contra, pensei que não seria difícil recolher os milhares de assinaturas exigidos por lei para que a mesma seja aceite, discutida e votada.

Apesar de igualmente saber que este povo é avesso a mexer-se e que espera sempre que outros tomem a dianteira e resolvam os assuntos que são de todos, tinha a ingénua esperança de que esta causa, que atinge inescrupulosamente a nossa cultura e identidade como nação adulterando de forma irremediável a nossa Língua, sem que haja um ganho palpável e inquestionável, tinha peso mais do que suficiente para rapidamente se chegar a bom porto.

Enganei-me. Entre a crise, a ausência de perspectivas e baixos níveis de auto-estima deste povo, esta questão pareceu perder interesse por parte de quem  a deveria defender acima de qualquer outra coisa.

Entretanto, os “acordistas” não dormiram na forma, ah não, muito pelo contrário, e não foi difícil percebê-lo. Sob a capa de “gente da cultura”, fizeram os possíveis e impossíveis para apresentar a situação como irrevogável, irremediavelmente aplicada e apta, enquanto e de caminho se apressavam para desacreditar a ILC, tentando desbaratar e dividir uma causa que é nacional – aliás, por isso mesmo – com um singular propósito: desgastar no tempo, preferencialmente até destruir pela raiz, a ILC, a única arma capaz de parar a atrocidade denominada de “acordo ortográfico”. Única porque constitucionalmente consagrada pelo que jurídica e obrigatoriamente exequível. E “eles” também o sabem!

Pois bem, falharam! Porque continuamos a não aceitar o abastardamento do português de Portugal, porque se comprovou no dia 28 de Fevereiro que a Assembleia da República não representa a vontade dos seus cidadãos, porque não é reconhecido qualquer valor linguístico ao acordo, porque não existe qualquer possibilidade de uniformização entre o que é diferente e  porque, à excepção dos que conseguem proventos à conta deste absurdo ortográfico, consideramos que Portugal nada ganha com ele, a ILC, o seu mentor, o seu núcleo duro e os vários voluntários como eu, continuamos na luta com a mesma convicção e força. Mas muito mais resolutos.

Juntem-se a nós, ainda estamos a tempo.

Graça Maciel Costa

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MAPA BRASIL-PORTUGALOrtografia é um conjunto de regras de uma língua sobre a maneira correta de escrever as palavras e de usar os sinais de acentuação e pontuação.

Desde criança sempre respeitei as regras válidas, corretas, no falar e escrever em língua portuguesa. Se cometi e ainda cometo algum erro é porque errar às vezes foge da vontade humana.

Li, recentemente, no jornal da Associação Brasileira de Imprensa, da qual sou colaborador, há muitos anos, a magnífica notícia de que o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em 2008, teve o seu prazo inicial adiado para o dia 31 de dezembro de 2015.

Sinceramente, fiquei muito feliz após ler a referida notícia e espero que o mencionado Acordo nunca seja cumprido pelo povo brasileiro. Eu, particularmente, não o cumprirei, pois não irei colocar no lixo o que já aprendi desde criança sobre a Língua Portuguesa e, em especial, as suas regras gramaticais. Nesse particular, prefiro ser chamado de desobediente, de incompetente, do que subordinado aos novos e poucos comandantes das regras gramaticais da Língua Portuguesa.

Aprendi as regras gramaticais da Língua Portuguesa lendo a Gramática da autoria de Napoleão Mendes de Almeida e em especial na década de 1960. E o que aprendi através de suas sábias lições não vale mais nada? Fico com ele e por ele sigo até morrer. A sua história revela a sua inteligência e a sua sabedoria. Não vou nunca abandonar o que aprendi lendo sempre, até hoje, as suas aulas.

Não somente no Brasil e em Portugal, fala-se também a Língua Portuguesa em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Tímor-Leste. Dentre estes qual o de maior população? O Brasil. Só por isso já merece atenção especial o seu povo, que não deve ser castigado e assim começar de novo a prender as novas regras gramaticais em atendimento ao imposto pela minoria.

O povo brasileiro, nesse particular, não deve mudar diante do que aprendeu sobre a Língua Portuguesa. Tem o direito de continuar falando e escrevendo o que aprendeu durante séculos. Assim, fez o seu passado, está fazendo o seu presente e poderá também fazer o seu futuro.

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PessoabrasileirosmallNão, não vou dissertar sobre o AO90. Penso que já tudo, ou quase, foi dito por outros e muito melhor do que eu o poderia fazer, venho com a alma em chamas pelo anúncio de Fernando Pessoa, na escrita de um seu pseudónimo, como pertencendo à literatura brasileira.

Não me venham falar na unificação da literatura lusófona, era só o que mais faltava. Não acredito que os fleumáticos britânicos concordassem em partilhar o nascimento de Shakespeare com outro qualquer país anglófono. Shakespeare é inglês, tal como Pessoa é português.

Conclui-se, portanto, que para além da estulta descaracterização da nossa Língua em nome duma unificação impossível, já o Brasil se apossa dos nossos maiores vultos literários — veja-se anúncio a edição da Amazon, Serviços de Varejo do Brasil, Lda.

Este é, portanto, o ano da segunda morte de Pessoa, sem que alguém com responsabilidade se manifeste sobre esta afronta ao nosso espólio cultural. Por este andar, um dia destes Camões “acorda” na Guiné Equatorial – e nós mais pobres, muito mais pobres.

[Imagem de Amazon (Brasil)]

 

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folhetoscomexpositorJá tinha explicado ao “chefe cá da banda”, meu marido, o que é o AO90 e no que consiste, não que tivesse acabado de aterrar vindo de Marte, mas porque é naturalmente despistado em relação a estas coisas – talvez porque a língua de trabalho dele seja o Inglês – e estava a explicar o que é a ILC AO, Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra a infeliz reforma ortográfica denominada de “acordo”.

Não foi preciso gastar muito Latim para que ele decidisse subscrevê-la, especialmente porque tive a ajuda inestimável do “herdeiro da banda”, meu filho, é claro, que assumiu o direito de a subscrever por já ser maior de idade e por se ver obrigado a escrever, na escola, nesse arrazoado de disparates que bestuntas cabeças criaram. Assim,  de uma assentada imprimimos, preenchemos, assinámos, digitalizámos e enviámos as três subscrições.

A partir daí a coisa tornou-se obrigatoriamente viral. Seguiram-se as explicações e devidas recolhas de subscrições da mãe, do padrasto, dos irmãos, das cunhadas, dos sobrinhos, das irmãs das cunhadas, dos maridos das irmãs das cunhadas, ou seja, da “banda” inteira, toda a família e… amigos.

Da minha experiência concluo que se os mais velhos vêm com a ladainha do “eu não escrevo e pronto”, como se viesse algum bem à língua por tão cómoda e apática posição, já os mais novos subscrevem mais rapidamente a ILC AO, porque a compreendem, porque se vêem obrigados a transfigurar a língua e, por isso mesmo, são visceralmente contra esta aberração linguística.

E é, também, na mão dos mais novos que está o futuro da nossa identidade como nação; a ILC AO é a arma, vocês serão o seu braço. Sigamos, pois, na nossa determinação, o tempo urge.

Graça Maciel Costa

[Nota: várias remessas nos têm chegado, em envelopes por vezes bastante volumosos, com subscrições da ILC de famílias inteiras, a julgar pelo facto de os apelidos serem os mesmos.]

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Comunicado do CSM – Notícias da comunicação social

Tendo sido veiculadas por alguns órgãos de comunicação social notícias que referem ter sido deliberado pelo Conselho Superior da Magistratura na passada terça-feira a instauração de um processo disciplinar ao Exmo. Senhor Juiz de Direito, Dr. Rui Teixeira, o Conselho Superior da Magistratura informa que a todos os Senhores Jornalistas que contactaram este órgão apenas foi prestada a informação de que havia sido tomada uma deliberação cujo teor somente seria tornado público após ser dado conhecimento da mesma aos interessados, lamentando o conteúdo de notícias que extrapolam o teor da informação prestada.

Mais informa que tal comunicação foi hoje enviada, podendo o seu teor ser tornado público na próxima segunda-feira, dia 11-11-2013.

Considerando o interesse revelado pela comunicação social na obtenção de tal informação, nesse dia será emitido pelo CSM novo comunicado informando do teor da deliberação tomada pelo Plenário.

Lisboa, 07 de Novembro de 2013. A Chefe de Gabinete de Apoio do Vice-Presidente do CSM, Albertina Pedroso.

[Transcrição de comunicado do Conselho Superior da Magistratura.]
[Imagem de RTCV.]
[Conhecimento deste comunicado via Francisco Miguel Valada.]

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Juiz de Portugal não aceita documentos escritos com base no novo acordo ortográfico e provoca polêmica 
Edição 2000 de 3 a 9 de novembro de 2013
Euler de França Belém

O acordo ortográfico entre os países de Língua Portuguesa pode fazer a “primeira” vítima em Portugal. O jornal “Público” divulgou com destaque na edição de terça-feira, 5, o título “No Tribunal de Torres Vedras um cágado não é algo malcheiroso embora haja quem conteste isso”. O texto é da repórter Ana Henriques. O Conselho Superior da Magistratura (espécie de Conselho Nacional de Justiça) vai discutir a conduta do juiz Rui Teixeira na lida “com documentos escritos ao abrigo do acordo ortográfico”. O magistrado recusa-se a aceitar documentos escritos com base no acordo ortográfico.

O “Público” relata que, em abril, o juiz Rui Teixeira “obrigou os serviços do Ministério da Justiça a reescreverem o relatório social de um detido, de forma a expurgá-lo das alterações introduzidas pelo acordo, sob pena de multa. Defendendo que os tribunais não estão obrigados a cumprir a resolução do Conselho de Ministros que determina a adopção das novas regras em todos os serviços da administração pública, Rui Teixeira escreveu na altura: ‘Nos tribunais, pelo menos neste, os factos não são fatos, as actas não são uma forma do verbo atar, os cágados continuam a ser animais e não algo malcheiroso e a Língua Portuguesa permanece inalterada até ordem em contrário’”.

As palavras do juiz Rui Teixeira irritaram o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Sá Gomes. Ele denunciou o magistrado ao Conselho Superior da Magistratura, acusando-o de ter cometido três crimes: “denegação de justiça, abuso de poder e coacção de funcionário”. Mesmo sob pressão, “o juiz recusou-se a apreciar o relatório social enquanto os ‘erros ortográficos’, como lhes chamou, não fosse emendados e ameaçou aplicar uma coima [multa]”, relata o “Público”.

Segundo o jornal, “Sá Gomes alega ainda que os seus funcionários foram coagidos a desobedecer à lei que os obriga a usar o português na sua nova forma”.

O Conselho Superior de Magistratura provavelmente não irá penalizar o juiz Rui Teixeira, pois, de acordo com o “Público”, seu “entendimento tem sido no sentido de os tribunais não estarem, por enquanto, vinculados à aplicação do acordo”. O jornal ironiza: “A ser aplicada uma pena de advertência ao juiz, resta saber se será no velho ou no novo português — se Rui Teixeira acederá a tomar dela conhecimento, caso lhe apareça escrita ao abrigo do acordo, uma vez que os conselheiros gozam de liberdade nessa matéria”.

Curiosamente, o jornal que revela e comenta a polêmica não aderiu ao acordo ortográfico.

[Transcrição integral (respeitando, evidentemente, a ortografia brasileira original), de notícia do “Jornal Opção”, do Brasil, de 05.11.13. “Links” adicionados por nós.]

Ver “post” inicial sobre este assunto.

[Imagem de http://www. brasilportugal.org.br]

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«Temos de fazer em Angola [com o português] o mesmo que o Brasil fez»

– Quem o diz, e defende, é a linguista angolana Amélia Mingas, em entrevista publicada no semanário Nova Gazeta de 10 de Outubro de 2013, referindo o desvio ao português de Portugal no seu país como um «elemento definidor da norma do português angolano». A versão mais desenvolvida da entrevista concedida ao jornalista Edno Pimentel, assente na problemática do ensino em Angola das suas línguas nacionais, pode ser lida na rubrica Diversidades, aqui.

ameliamingas

Como vê o português em Angola?
Com muita força, mas precisa de ser controlado na sua evolução. Se não ensinarmos as nossas línguas, se não houver quem se debruce sobre a evolução que está a sofrer, pode correr o risco de desaparecer enquanto língua e transformar-se num crioulo.
De qualquer maneira, como é a língua oficial, é a única que permite o nosso contacto com o exterior, há a necessidade de protegê-la através do ensino, que não tenha como objectivo de ensinar o português de Portugal, mas a investigar o português de Angola que se apresenta em termos de norma. Ensinamos o português segundo a norma portuguesa, mas esta não consegue explicar as especificidades do nosso português. Há hoje uma série de dados. Há necessidade do levantamento de todas essas marcas e daí começar a pensar na norma do português de Angola.

Já temos um português angolano?
Sim, temos um português específico. Há o caso da próclise pronominal que está instaladíssima e o dos complementos directo (o) e o indirecto (lhe). No português de Portugal, diz-se “eu convidei-o para jantar”. Em Angola diz-se “eu convidei-lhe para jantar”.

Isso não é um desvio à norma?
Desvio à do português de Portugal, mas é um elemento definidor da norma do português angolano. Temos de fazer em Angola o mesmo que o Brasil fez. Está certo que eles têm muito mais gente que nós, mas juntaram-se os linguistas, fizeram um levantamento das especificidades do português brasileiro. Temos de ver qual é o nosso modo de estar no português para criarmos uma norma.

O que falta para a criação de uma norma angolana do português?
Falta investigação. Voltamos à questão da falta de meios e de condições. É preciso recolher esses falares junto do povo e verificar o que está escrito. Para irmos recolher dados não podemos dar aulas, não podemos ficar nos gabinetes. Há uma série de marcas que precisam de ser estudadas do ponto de vista científico que caracterizam esta comunidade e o português aqui falado.

O Governo[angolano] tem conhecimento desta realidade?
Sim e tem sido receptivo. Houve um aumento no orçamento para a Cultura para 1,23 por cento, mas que serve para o vencimento, subsídios e tudo o resto, incluindo a investigação.

Angola deve ou não ratificar o Acordo Ortográfico (AO)?
Trata-se de um problema do país, em que há uma parte política e outra científica. Se for do ponto de vista científico, não há razão para Angola ratificar esse protocolo sobre o AO, porque não reflecte a realidade e a contribuição dos angolanos para o enriquecimento dessa língua. Por exemplo, temos pré-nasais nas nossas línguas que são muito importantes, como é o caso de mb-, mp-, nt-, nd-, que são elementos que nas nossas línguas contrastam com outras consoantes. Na língua Oio que é falada em Cabinda, se se disser mbuku tem um significado referente à origem de alguma coisa. Mas se disser buku tem outro, «cogumelo». Isso ocorre no português em que não se pode fazer confusão entre bata e pata. Há especificidades das nossas línguas que não estão presentes no AO. Para que o AO seja correcto, cada país deve inventariar os termos das suas línguas e culturas para se ver como deverão ser escritas em português.

 

[Transcrição integral de entrevista a Amélia Mingas publicada em 10.10.13 no semanário “Nova Gazeta”, de Angola, e reproduzida “online” pelo “Clube K”. Destaques nossos. Foto da agência de notícias angolana ANGOP.]

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feito por Graça Maciel Costa

AO90

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Para copiar e colar no seu “blog”, por exemplo, seleccione o código na caixa respectiva. Para aumentar ou diminuir a imagem, altere o número em “width”.

Se quiser usar uma destas imagens na sua página do Facebook, como imagem de topo (“cover photo”), deverá primeiro fazer “download” da mesma para o seu computador e depois “upload” para a sua conta de utilizador.

Autoria das imagens: Graça Maciel Costa.

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Eppur si muove!

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TshirtFVistaPrint«No princípio era o verbo» e o verbo apontava para uma petição. Uma petição. Pedir.

Ora, eu não sou pessoa de pedir, quando muito peço um copo de água e é preciso que esteja a morrer de sede, mas pela minha Língua peço, claro, até imploro se preciso for.  Assinei. Aliás, na época assinei tudo o que me passou pelas mãos ou vista. Lia ou, melhor, devorava tudo o que versava o mafarrico do absurdo ortográfico e foi lendo que cheguei à ILC, Iniciativa Legislativa de Cidadãos contra o Acordo Ortográfico. Eureca, é isto! – disse ao computador, mais do que habituado aos meus solilóquios.

Assinei, obviamente, e dei a assinar a todos quantos pululam este meu limitado universo. Arregacei mangas e tornei-me activista desta causa, justa e meritória, solenemente consciente de que era esta a única saída. Agora já não pedia, exigia. Exigia, no mínimo, que me e nos escutassem.

Mas este povo de curvada cerviz mostrou-me quanto era difícil reunir as trinta e cinco mil assinaturas.  “Porque dá trabalho, porque tenho de assinar, porque tenho de dar dados, porque me esqueci, porque perdi o papel”… e eu perdi a conta às desculpas que escutei.

Apesar de frustrante, este cenário nem é o que mais me irrita, sequer é a argumentação trôpega e infantil dos “acordistas”, o que verdadeiramente me irrita é perceber que há furões, saídos de uma qualquer toca abstrusa, cujo esforço parece ser liquidar a ILC. Sim, “eles andem aí”, como diria o outro, perguntando altivamente «quantas assinaturas há?» Porque, asseguram, «como signatário tenho o direito de o saber». E porque, garantem, «saber quantas há poderá ter um efeito mobilizador para a causa». Sim, claro, e eu moro num castelo e tenho os sete anões como caseiros.

Como signatária e activista, não sei nem quero saber quantas há, eu só sei que não há as suficientes e não é por causa de quem dá a cara, o couro e o cabelo pela ILC.  É por conta de um povo anestesiado, confuso e receoso da sua própria sombra, dos discursos embriagados de quem se vendeu a um acordo que o não é, das trampolinices de quem ontem afirmou categoricamente  uma coisa e hoje titubeia sem saber bem onde cair, das mil e uma petições e cartas abertas – meritórias pelo simbolismo mas prejudiciais pela manobra de diversão que encerram – com a prestimosa ajuda de quem se apresenta pela causa e acaba a prejudicá-la com a  altivez de capataz recém promovido mas sem obra.

Mais grave é quando alguns desses furões afirmam “por aí”, com todo o descaramento do mundo, que têm assinaturas da ILC em casa que simplesmente não entregam nem têm intenção de o fazer. Então, o que é que pretendem fazer com as assinaturas que irreflectidamente detêm e o que dirão àqueles que neles confiaram? E arvora-se esta gente em meirinho, juiz e carrasco de quem trabalha, vive e sente a causa da revogação deste absurdo ortográfico?!

«Eppur si muove»! Sim, apesar de tudo e contra tudo, pacientemente, uma a uma. Porque esta é, ou deveria ser, uma causa nacional, sem estigmas ou acabrunhamentos e sem medalhas no fim, porque a vitória será da Língua Portuguesa, não de qualquer um de nós. Então, porquê este correr atrás do vento? Fala-se em união de esforços. Façamo-lo, então, e comecemos por saber trabalhar juntos, pela causa e não contra ela.

Graça Maciel Costa

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Dada a sua extraordinária relevância, transcrevemos de seguida – a partir de gravação – as questões e observações colocadas pelos deputados durante a audição do Director da Porto Editora perante o Grupo de Trabalho Parlamentar sobre o AO90.

O depoimento de Vasco Teixeira já aqui foi anteriormente transcrito, bem como foi reproduzido o documento entregue pelo próprio na ocasião.

logoCECC

Perguntas dos deputados

[Gravação das intervenções dos/as deputados/as Miguel Tiago, Rosa Arezes, Gabriela Canavilhas e Carlos Enes.]
[audio: http://cedilha.net/ilcao/imagens/GTAO90VTdebate1.mp3]
[Atenção: entre os minutos 34:35 e 38:54 há um espaço “em branco” de 4 minutos e 20’ na gravação.]

GTAO90VTdep1

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