Edição de 18 de Janeiro de 2002  
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Timor-Leste procura reconciliar irmãos

Vieira de Mello acredita no trabalho da Comissão que vai procurar a verdade do país desde 1974

Dois religiosos, um integracionista e duas mulheres fazem parte do grupo de sete comissários nacionais que assumirão, na próxima segunda-feira, funções de chefia na Comissão de Acolhimento, Verdade e Reconciliação (CAVR), anunciou ontem Sérgio Vieira de Mello.

Anunciando a identidade dos sete timorenses, o brasileiro que chefia a Administração Transitória da ONU em Timor-Leste recordou que a estrutura tentará procurar a verdade, indagando sobre violações de direitos humanos cometidas no território entre 1974 e 1999,
fomentando reconciliação comunitária e relatando o seu trabalho ao Governo.
Os comissários ontem nomeados incluem Agostinho de Vasconcelos, 32 anos, natural de Kaiualita, Baucau, e pároco da Igreja Protestante de Díli desde 2000.
Considerado "um apoiante activo das actividades da juventude", Agostinho de Vasconcelos foi secretário do Departamento de Juventude da Igreja Protestante de Timor-Leste, participando em vários seminários e cursos de formação no âmbito da reconciliação em Timor
Ocidental e outras regiões da Indonésia.
Natural de Hatolia, distrito de Ermera, o padre católico Juvito de Araújo - que exerce funções em Díli desde 1996 - foi outro dos escolhidos, trazendo a experiência de um grande envolvimento em temas de direitos humanos.
Desde 1987, Juvito Araújo, 38 anos, foi um dos membros activos da organização juvenil da Resistência timorense (RENETIL), continuando hoje ligado à juventude.
Aniceto Guterres Lopes, 35 anos, director de uma das mais consagradas ONG timorenses, a "Yayasan HAK", e ex-membro do Conselho Nacional, o Parlamento transitório, e Olandina Caeiro, 46 anos, líder da ONG "ET WAVE" e candidata independente nas eleições de Agostoúltimo foram igualmente nomeados.
Jacinto Alves, 45 anos, coordenador desde 1999 da Associação de ex-prisioneiros políticos e um dos detidos depois do massacre de Santa Cruz em 1991 - altura em que foi condenado a 10 anos de cadeia, cumprindo sete - é outro dos nomeados.
A lista inclui ainda o integracionista José Estevão, um dos fundadores da organização pró-Jacarta FPDK, que abandonou o território depois da consulta popular estando em Bali até Outubro de 2000, altura em que regressou para ocupar um dos lugares no Parlamento transitório, o Conselho Nacional.
Conselheiro do comité de instalação da CAVR, José Estevão, 47 anos, ocupou várias funções durante a administração indonésia.
A lista inclui ainda a enfermeira Isabel Guterres, 44 anos, natural de Viqueque e que durante 15 anos residiu na Austrália.
Funcionária humanitária, Isabel Guterres regressou a Timor-Leste em Novembro de 1999 onde tem apoiado os Médicos Sem Fronteiras.
Sérgio Vieira de Mello realçou que os comissários não terão qualquer poder para conceder qualquer tipo de amnistia, podendo apenas conceder perdão a indivíduos que tenham já concluído o processo de reconciliação formal.

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