Condenada por la agresividad de su hijo
La Audiencia de Sevilla encuentra culpable a una madre por su “laxitud y tolerancia” a la actitud violenta de su vástago
EFE – Sevilla – 22/03/2008La Audiencia de Sevilla ha condenado a una mujer a pagar 14.000 euros de multa por una agresión de su hijo en el Instituto de Secundaria en el que estudia. El tribunal considera que la “laxitud y tolerancia” de la mujer a la hora de educar al menor han motivado el comportamiento violento del adolescente.
La multa pagará el tratamiento para recomponer los dientes de otro menor, compañero de Instituto Castilla de Castilleja de la Cuesta, Sevilla. En el juicio, la mujer intentó desviar la responsabilidad hacia el centro educativo por no hacer “labores suficientes de vigilancia” de los alumnos, pero la sentencia estima que los adolescentes no necesitan una vigilancia tan rígida, sino que “la brutalidad e intensidad” de la agresión evidencian “una falta de inculcación o asimilación de educación y moderación de costumbrse en el agresor para la convivencia en valores”.
La Audiencia confirma así el primer fallo judicial que hablaba de una “incorrecta educación”, que los jueces equiparan a aquellas situaciones en las que los progenitores “permiten o no se preocupan de controlar que sus hijos no lleven al centro escolar objetos que puedan resultar en sí mismos peligrosos”.
Isto é em Espanha. Por cá, neste baldio à beira mar esquecido, a mesma coisa faz-se de forma muito mais original e, por assim dizer, criativa: atira-se ao mensageiro. Descubra as diferenças
2008-04-11 21:06:25 DREN insurge-se contra uso público de vídeo de telemóveis
A Direcção Regional de Educação do Norte considera que as imagens exibidas por alguma imprensa são ilegais e violadoras da privacidade, pelo que fez uma queixa ao Ministério Público e à Entidade Reguladora da Comunicação Social.RTP (ver vídeo da notícia)
Estas coisas custam-me a entender, confesso.
Os telemóveis, que tanto abespinham a DREN (ou, digamos, alguém que de momento fala pela DREN), tornaram-se uma ferramenta pedagógica indispensável; um único destes aparelhos faz mais, dentro de uma sala de aula, do que um gorila, três capangas ou, vá lá, não exageremos, uma unidade completa da Polícia de Choque. É este, de facto, o admirável mundo novo de que falava o velho Huxley, já antecipando de certa forma o futuro que outro velho, George Orwell, profetizou com amargura e pessimismo em “1984”. Afinal, pelo que vemos, o que nos tocou não foi nem a vidinha super-organizada e catita do primeiro, nem a sociedade programada debaixo do terror obsidiante do Grande Irmão, do segundo. Não, nem uma coisa nem outra, muito pelo contrário, aquilo que temos é um engraçado misto de ambos os modelos: Orwell acertou na parte do Grande Irmão, mas falhou na programação; já o outro foi capaz de adivinhar com precisão o catitismo a que hoje em dia chegamos, mas espalhou-se ao comprido na mesma coisa, a maldita organização.
Portanto, como temos de viver com aquilo que temos, por mais que isso custe aos franco-pensadores do regime, o que sobra é uma coisa aborrecida a que se convencionou chamar “realidade”: a bandalheira total completamente vigiada ou, como dizem alguns mais realistas, o caos virtualmente controlado. Em suma, e há que aproveitar enquanto se pode, o que temos é uma sociedade que deixará para a posteridade todas as imagens e os registos mais completos das suas próprias decadência e anarquia.
É esta maravilha, é este prodígio de simbiose entre a evolução técnica e a mais completa estupidez, que pretendem liquidar à cabeça meia dúzia de pretensas sumidades, em especial as duas ou três ligadas ao chamado “fenómeno educativo” e mais especificamente a tal senhora da mencionada repartição pública. Onde já se viu, não é?