Dia: 28 de Dezembro, 2023

Novas palavras no porrtugueiss univérrsau

O Brasil acaba de rever o “vocabulário ortográfico” da “língua”; segundo afiançam os próprios, a começar pelo sumo pontífice da santa madre igreja da língua universáu, D. Bechara I, esta nova edição do seu VOLP “reflete” a “atualização”… da Língua Portuguesa. Assim, de chofre. Como um escarro.
[postNova edição do “Vocabulário Ortográfico” da língua brasileira“]

A afirmação do Supremo Tribunal Federal brasileiro é lapidar e mais uma vez se confirma: «apenas a União pode alterar as regras da Língua Portuguesa». Referindo-se “União”, como é evidente, à designação que institucionalmente naquele país se utiliza para referir a República Federativa do Brasil. No que respeita à expressão “língua portuguesa”, na mesma frase, é igualmente evidente que se trata de apropriação abusiva da designação para fins de promoção política da língua brasileira.
[postBrasileiro foi língua líder em exame de acesso a universidades dos EUA em 2023“]

As duas notícias agora transcritas, ambas brasileiras, referem-se aos mesmos “fatos” mas envergam fatos diferentes.

Na primeira, pretensamente mais informal, tenta-se fazer passar a ideia de que as novas “incorporações” são “mais de uma centena” — e citam nove casos específicos –, enquanto que o segundo texto refere expressamente tratar-se de «milhares de novas palavras que foram incorporadas à Língua Portuguesa», exemplificando com 15 dessas novas entradas no VOLP.

Apenas com má-fé poderá alguém persistir ainda na peregrina ideia de que estes novos ditames da ABL diferem seja em que medida for das imposições anteriores. A lógica subjacente ao #AO90 — o plano de terraplanagem cultural, linguística, histórica, identitária — está agora a revelar-se de uma forma absolutamente evidente… e é tudo. A apropriação da designação “língua portuguesa” (ou “português”) para fins político-económicos e geoestratégicos servem exclusivamente os interesses (neo-imperialistas) do Brasil e a ganância de meia dúzia de lacaios brasileiristas portadores de passaporte português.

A propalada “língua universau” não passa, afinal, da imposição a Portugal e PALOP do crioulo brasileiro, o que aliás seria mais do que previsível; bastaria para o efeito ter lido o texto do “acordo” de 1990, os seus pressupostos e “objetivos”, para com a maior das facilidades concluir esta ridiculamente comezinha evidência.

Apenas sucede que agora, julgando estar consumado o “fato” — sob o chicote da desinformação avençada e com a consequente aquiescência bovina das “massas” amorfas –, já nenhum acordista, nem os brasileiros nem os tugas ao serviço do Itamaraty, se dá ao trabalho de sequer tentar disfarçar, encobrir as sucessivas golpadas previstas no plano de anexação do 28.º Estado.

Estas “novas palavras que se tornaram oficiais” tornam-se automaticamente oficiais também no mais recente Estado da República Federativa do Brasil: a designação da língua é deles, portanto é deles a língua, logo, eles fazem com ela o que lhes der na real gana.

Veja algumas novas palavras que se tornaram oficiais na Língua Portuguesa

Por: Kimberly Caroline
www.terra.com.br, 21.12.23

A Academia Brasileira de Letras (ABL), que incluiu mais de uma centena de palavras ao dicionário oficial nos últimos tempos, atualizou novamente o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) com termos que estão em uso, mas não eram até os dias de hoje considerados oficiais, como é o caso de “deletar“.

O termo “deletar um arquivo de computador” não é mais um jargão de quem lida com informática. Agora, ele passa a ser aceito como uma palavra da língua portuguesa escrita no Brasil. “Deletar” faz parte de um conjunto de cerca de 6 mil novas palavras incluídas na recente edição do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.

Coworking foi outra palavra adicionada ao vocabulário e descreve a modalidade de trabalho estabelecida em um ambiente compartilhado por empresas, geralmente startups de tecnologia. É uma junção de “co”, de colaboração, e “working”, que significa trabalhar. Ou seja, é o modelo ou espaço físico compartilhado por empresas.

Além de reconhecidas, as novas palavras passam a ter uma grafia oficial definida. Agora é possível “deletar um arquivo” e “assistir a uma teleconferência”. Também foram incluídos termos como “Internet”, “scanear” e “mouse”, entre outros da informática.

Eles se somam às 400 mil palavras catalogadas na primeira edição do vocabulário, de 1982. Diferentemente de um dicionário, que se preocupa em explicar o significado de uma palavra, um vocabulário apenas lista as palavras. Seu objetivo é consolidar a grafia delas (o modo como são escritas), classificá-las segundo o gênero (masculino ou feminino) e categoria morfológica (substantivo, adjetivo etc.). É também um instrumento normatizador oficial, por ter sido feito pela Academia.

  1. Bibliosmia: atração pelo cheiro que o interior dos livros exala, especialmente os antigos. A palavra também pode significar apenas o ato de cheirar livros.
  2. Azeitólogo: pessoa especializada em azeites e na sua criação, com conhecimento científico e técnico do processo de criação das azeitonas até a produção do azeite. O especialista também tem conhecimento da conservação e dos sabores do produto.
  3. Etarismo: preconceito contra pessoas exclusivamente baseado em suas idades, especialmente praticado por pessoas mais novas em relação a idosos. Também chamado de idadismo, essa discriminação pode ser verbal e física.
  4. Feminicídio: crime de homicídio praticado contra mulher decorrente de violência doméstica, familiar, por motivo de menosprezo ou discriminação de gênero. A violência se caracteriza como feminicídio quando sua motivação seja a discriminação contra mulheres.
  5. Gordofobia: repúdio ou preconceito a pessoas gordas, que se manifesta em atitudes, falas e representações negativas. A palavra é utilizada na mídia há alguns anos, porém integrou formalmente a língua portuguesa somente em 2020.
  6. Logar: ato de se conectar a um site, sistema, programa de computador ou rede eletrônica. A palavra tem origem do inglês, de fazer login, que significa se conectar. O processo inclui informar o nome de usuário e a senha pessoal na máquina para ser concedido acesso.
  7. Nomofobia: se refere ao medo patológico ou transtorno psicológico ocasionado por ficar sem celular, ou dispositivos de tecnologia similares. A condição se manifesta na dificuldade de ficar distante ou desconectado dos aparelhos ao longo do dia.
  8. Poke: o prato de origem havaiana fez tanto sucesso no Brasil que ganhou um lugar no dicionário de português. A palavra, que significa “cortar” em um dos dialetos do Havaí, é usada por aqui para se referir à combinação de arroz japonês, peixe cru cortado em cubos, óleo de gergelim, cebolinha, cebola, frutas e outros ingredientes.
  9. Streaming: usada para designar a transmissão de filmes, séries, podcasts, músicas e jogos de um servidor principal para um dispositivo. A palavra passou a ser mais utilizada durante a pandemia e se tornou parte do vocabulário oficial brasileiro recentemente.

* Sob supervisão de Lilian Coelho

[Transcrição integral. Destaques e “links” meus.]

15 novas palavras que se tornaram oficiais na Língua Portuguesa

A edição mais recente do Volp, 6ª, reuniu milhares de novas palavras que foram incorporadas à Língua Portuguesa. Confira algumas delas em nossa matéria.

Por Bruno Destéfano
Concursos no Brasil
Publicado em 15/12/2023

A Língua Portuguesa, diferente do Latim, está viva e em constante movimento. Incorporamos novas palavras em nosso vocabulário de maneira orgânica, conforme novas tendências de comportamento aparecem e se consolidam no imaginário brasileiro. (mais…)